Ifigénia: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Giovanni Battista Tiepolo 043.jpg|thumb|300px|''O sacrifício de Ifigênia'' de [[Tiepolo]].]] |
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[[Ficheiro:Anger of achilles.jpg|thumb|Aquiles furioso defendendo Ifigênia e Clitemnestra]] |
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[[Ficheiro:William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) - The Remorse of Orestes (1862).jpg|thumb|Orestes atormentado pelas Fúrias por ter matado sua mãe por William-Adolphe (1862)]] |
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{{PEPB|Ifigénia|Ifigênia}} (em [[língua grega antiga|grego antigo]]: Ἰφιγένεια) era, na [[mitologia grega]], a filha mais velha de [[Agamemnon]] e [[Clitemnestra]], irmã de [[Orestes]] e [[Electra]] e sobrinha de [[Menelau]] e [[Helena]]. Princesa de [[Micenas]] e símbolo de auto-sacrifício feminino. Seu nome significa "forte desde o nascimento".<ref>http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0057%3Aentry%3D%2351428&redirect=true</ref> [[Eurípedes]] morreu sem concluir as peças, então várias versões existem na tentativa de concluí-la seguindo as inteções originais do autor. Acredita-se que [[Eurípedes, o jovem]], filho ou sobrinho de Eurípedes, concluiu a peça e a apresentou 400a.C onde ganhou o primeiro lugar pela obra. |
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Segundo [[Eurípedes]], antes de partir para Tróia, Agamemnon irritou Ártemis ao caçar um cervo em uma floresta sagrada e se gabar de ser o melhor caçador. Como punição os ventos no porto de [[Áulis]] pararam e Agamenon deveria sacrificar sua filha em um altar a [[Ártemis]], para que a [[deusa]] fizesse soprar bons ventos para a partida dos [[exército]]s [[Grécia antiga|gregos]] a [[Tróia]]. Agamemnon manda uma carta a sua esposa, Clitemnestra, para que traga a filha com a promessa que ela se casaria com [[Aquiles]]. Depois se arrepende e tenta mandar uma nova carta, que é lida por Menelau que briga com o irmão. Mas já é tarde demais e Clitemnestra, Orestes e Ifigênia já haviam chegado a Áulis. <ref name=Aulis></ref> |
Segundo [[Eurípedes]], antes de partir para Tróia, Agamemnon irritou Ártemis ao caçar um cervo em uma floresta sagrada e se gabar de ser o melhor caçador. Como punição os ventos no porto de [[Áulis]] pararam e Agamenon deveria sacrificar sua filha em um altar a [[Ártemis]], para que a [[deusa]] fizesse soprar bons ventos para a partida dos [[exército]]s [[Grécia antiga|gregos]] a [[Tróia]]. Agamemnon manda uma carta a sua esposa, Clitemnestra, para que traga a filha com a promessa que ela se casaria com [[Aquiles]]. Depois se arrepende e tenta mandar uma nova carta, que é lida por Menelau que briga com o irmão. Mas já é tarde demais e Clitemnestra, Orestes e Ifigênia já haviam chegado a Áulis. <ref name=Aulis></ref> |
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Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos [[mirmidões]]. Ifigênia decide se sacrificar e |
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos [[mirmidões]]. Ifigênia decide se sacrificar para impedir que a revolta continue, para que Aquiles não seja ferido em vão e para ajudar os gregos a seguirem para Tróia. Para admiração de Aquiles ela segue para o altar ignorando as súplicas da mãe que se desespera com seu destino cruel. No último momento, [[Ártemis]] substituiu a [[princesa]] por uma [[corça]], e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para [[Táurida]]. <ref name=Aulis>Ifigênia em Áulis de Eurípedes http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0045</ref> Em outra versão ela é realmente sacrificada mas que sua alma é resgatada e imortalizada pelos deuses. |
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== Orestes e as fúrias == |
== Orestes e as fúrias == |
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Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do [[palácio]]. [[Orestes]], irmão de Ifigênia, por pressão de [[Electra]], sua irmã mais nova, |
Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do [[palácio]]. Sete anos depois, quando [[Orestes]], irmão de Ifigênia, retorna a Micenas e descobre o que havia ocorrido, por pressão de [[Electra]], sua irmã mais nova, mata sua mãe e o amante dela na tentativa de vingar a morte de seu pai. Por ter cometido matricídeo passou a ser castigado pelas [[Fúrias]] com chicotadas e tochas até enlouquecer. Seu melhor amigo desde a infância, Pílades, o acompanha tentando mantê-lo são. |
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== Ifigênia em Táurida == |
== Ifigênia em Táurida == |
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Orestes procurou o [[Oráculo de Delfos]] para descobrir como se livrar das chicotadas das [[Fúrias]]. O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por [[Athenas]] por sua coragem. Para que não seja identificado Athenas Quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Fúrias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.<ref name=Mito></ref> |
Orestes procurou o [[Oráculo de Delfos]] para descobrir como se livrar das chicotadas das [[Fúrias]]. O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por [[Athenas]] por sua coragem. Para que não seja identificado Athenas Quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Fúrias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.<ref name=Mito></ref> |
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Ifigênia e Orestes não se reconhecem imediatamente, mas durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes. Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar. Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para [[Micenas]] |
Ifigênia e Orestes não se reconhecem imediatamente, mas durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes. Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar. Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para [[Micenas]] e derrotar quem os perseguia. Quando chegam ao palácio, Electra reencontra Ifigênia que conta o ocorrido. Quando menciona que deveria sacrificar o irmão Electra ameaça matar sua irmã, mas Orestes se revela e a salva do mal entendido. Orestes recupera sua sanidade e se torna rei, casando-se com sua prima [[Hermione]]. Ifigênia se casa com Pílades e segue como sacerdotisa de Ártemis onde vivem em paz.<ref name=Mito>Robert Graves. O grande livro dos mitos gregos. Ifigênia em Táurida.</ref> O destino da estátua de Ártemis ainda é disputado por mais de cinco cidades diferentes. Existem relatos de que por muitos anos diversos rituais onde eram aplicadas chicotadas em jovens até cobrir a estátua de sangue foram feitos diante dessas estátuas na tentativa de agradar a deusa. |
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Revisão das 08h05min de 18 de junho de 2011
Ifigénia (português europeu) ou Ifigênia (português brasileiro) (em grego antigo: Ἰφιγένεια) era, na mitologia grega, a filha mais velha de Agamemnon e Clitemnestra, irmã de Orestes e Electra e sobrinha de Menelau e Helena. Princesa de Micenas e símbolo de auto-sacrifício feminino. Seu nome significa "forte desde o nascimento".[1] Eurípedes morreu sem concluir as peças, então várias versões existem na tentativa de concluí-la seguindo as inteções originais do autor. Acredita-se que Eurípedes, o jovem, filho ou sobrinho de Eurípedes, concluiu a peça e a apresentou 400a.C onde ganhou o primeiro lugar pela obra.
Ifigênia em Áulis
Segundo Eurípedes, antes de partir para Tróia, Agamemnon irritou Ártemis ao caçar um cervo em uma floresta sagrada e se gabar de ser o melhor caçador. Como punição os ventos no porto de Áulis pararam e Agamenon deveria sacrificar sua filha em um altar a Ártemis, para que a deusa fizesse soprar bons ventos para a partida dos exércitos gregos a Tróia. Agamemnon manda uma carta a sua esposa, Clitemnestra, para que traga a filha com a promessa que ela se casaria com Aquiles. Depois se arrepende e tenta mandar uma nova carta, que é lida por Menelau que briga com o irmão. Mas já é tarde demais e Clitemnestra, Orestes e Ifigênia já haviam chegado a Áulis. [2]
Agamemnon tenta convencer Clitemnestra voltar para Micenas mas ela se recusa a não participar do casamento da filha. Quando encontra Aquiles, que desconhece a trama, ambos descobre a verdade sobre o cruel destino que espera a filha e que foi enganada pelo marido. O exército se revolta com a demora, mas Aquiles defende Ifigênia mesmo da raiva dos mirmidões. Ifigênia decide se sacrificar para impedir que a revolta continue, para que Aquiles não seja ferido em vão e para ajudar os gregos a seguirem para Tróia. Para admiração de Aquiles ela segue para o altar ignorando as súplicas da mãe que se desespera com seu destino cruel. No último momento, Ártemis substituiu a princesa por uma corça, e a fez sua suma sacerdotisa, levando-a para Táurida. [2] Em outra versão ela é realmente sacrificada mas que sua alma é resgatada e imortalizada pelos deuses.
Orestes e as fúrias
Clitemnestra não admitiu Agamemnon, sacrificar sua própria filha, e por isso matou-o quando ele estava na piscina do palácio. Sete anos depois, quando Orestes, irmão de Ifigênia, retorna a Micenas e descobre o que havia ocorrido, por pressão de Electra, sua irmã mais nova, mata sua mãe e o amante dela na tentativa de vingar a morte de seu pai. Por ter cometido matricídeo passou a ser castigado pelas Fúrias com chicotadas e tochas até enlouquecer. Seu melhor amigo desde a infância, Pílades, o acompanha tentando mantê-lo são.
Ifigênia em Táurida
Orestes procurou o Oráculo de Delfos para descobrir como se livrar das chicotadas das Fúrias. O oráculo revelou que ele só seria libertado caso conseguisse se apossar de uma estátua de Ártemis em Táurida. Seu amigo Pílades o acompanha nessa viagem e ambos são protegidos por Athenas por sua coragem. Para que não seja identificado Athenas Quando chegam, Orestes tem um ataque de loucura e tenta matar os bezerros dos camponeses acreditando que eles são as Fúrias que o atormentam. Ambos são capturados e levados para serem sacrificados pela suma sacerdotisa virgem no templo de Ártemis.[3]
Ifigênia e Orestes não se reconhecem imediatamente, mas durante os ritos pré-sacrifício, ao descobrir que ele é de Micenas, questina-o se Orestes ainda está vivo. Ele diz que sim, então ela propõe que poupará sua vida caso ele entregue uma carta a Orestes. Orestes pede a seu amigo que retorne a Micenas para entregar a carta deixando lá para ser sacrificado sozinho, mas este se recusa e revela a identidade de Orestes. Após esclarecimentos, Ifigênia planeja uma fuga com sua sagacidade e engana os outros sacerdotes dizendo que o estrangeiro não serve como sacrifício por ser um matricida e por seu amigo ser cumplice e que agora deverá levar a estátua maculada para ser purificada no mar. Com a ajuda de Atenas os três conseguem fugir de volta para Micenas e derrotar quem os perseguia. Quando chegam ao palácio, Electra reencontra Ifigênia que conta o ocorrido. Quando menciona que deveria sacrificar o irmão Electra ameaça matar sua irmã, mas Orestes se revela e a salva do mal entendido. Orestes recupera sua sanidade e se torna rei, casando-se com sua prima Hermione. Ifigênia se casa com Pílades e segue como sacerdotisa de Ártemis onde vivem em paz.[3] O destino da estátua de Ártemis ainda é disputado por mais de cinco cidades diferentes. Existem relatos de que por muitos anos diversos rituais onde eram aplicadas chicotadas em jovens até cobrir a estátua de sangue foram feitos diante dessas estátuas na tentativa de agradar a deusa.
Referências
- ↑ http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0057%3Aentry%3D%2351428&redirect=true
- ↑ a b Ifigênia em Áulis de Eurípedes http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0045
- ↑ a b Robert Graves. O grande livro dos mitos gregos. Ifigênia em Táurida.