Sidônio Apolinário: diferenças entre revisões

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'''Gaius Sollius Modestus Sidonius Apollinaris''' (c. [[430]]-c. [[480]]), poeta, diplomata, bispo, é "o autor individual sobrevivente mais importante da [[Gália]] do quinto século" de acordo com Eric Goldberg.
'''Gaius Sollius Modestus Sidonius Apollinaris''' (c. [[430]]-c. [[480]]), poeta, diplomata, bispo, é "o autor individual sobrevivente mais importante da [[Gália]] do quinto século" de acordo com Eric Goldberg.


Ele nasceu em [[Lugdunum]], a moderna [[Lyon]], por volta de 430. Era de descendência nobre, com seu paí e avô sendo cristãos e prefeitos do pretório da Gália. Casou-se por volta de [[452]] com Papianilla, filha de [[Avito]], que era então cônsul e depois foi proclamado [[lista de imperadores romanos|imperador romano]] do Ocidente em [[455]], que ergueu no Fórum de Trajano uma estátua de seu genro e deu-lhe o título de conde. Em [[457]], ele caiu nas mão de [[Majoriano]], que havia privado Avito do império e tomado a cidade de Lyon. A reputação de seu conhecimento levou Majoriano a tratá-lo com imenso respeito. Em troca Apolinário compôs um panegírico em sua honra (que ele havia feito previamente para Avito). Em [[467]] o imperador [[Antêmio]] o recompesou pelo panegírico que ele havia escrito em sua honra elevando-o ao posto de prefeito urbano de [[Roma]], e em seguida à dignidade de patrício e senador. Em [[472]], mais por sua habilidades políticas que teológicas, ele foi escolhido para suceder Epárquio no bispado de Arverni (hoje [[Clermont-Ferrand]]). A maior parte dos detentores prévios do posto foram feitos santos da [[Igreja Católica Romana]], inclusive seu recente predecessor, São Namácio (bispo 446-462), que iniciou as fundações de uma catedral adequada. Sidônio Apolinário não era um homem religioso; sua eleição foi provavelmente devido mais aos seus contatos influentes, e aos seus incansáveis esforços na preservação de seu pedaço da Gália para o [[Império Romano]].
Ele nasceu em [[Lugdunum]], a moderna Lyon, por volta de 430. Era de descendência nobre, com seu paí e avô sendo cristãos e prefeitos do pretório da Gália. Casou-se por volta de [[452]] com Papianilla, filha de [[Avito]], que era então cônsul e depois foi proclamado [[lista de imperadores romanos|imperador romano]] do Ocidente em [[455]], que ergueu no Fórum de Trajano uma estátua de seu genro e deu-lhe o título de conde. Em [[457]], ele caiu nas mão de [[Majoriano]], que havia privado Avito do império e tomado a cidade de Lyon. A reputação de seu conhecimento levou Majoriano a tratá-lo com imenso respeito. Em troca Apolinário compôs um panegírico em sua honra (que ele havia feito previamente para Avito). Em [[467]] o imperador [[Antêmio]] o recompesou pelo panegírico que ele havia escrito em sua honra elevando-o ao posto de prefeito urbano de [[Roma]], e em seguida à dignidade de patrício e senador. Em [[472]], mais por sua habilidades políticas que teológicas, ele foi escolhido para suceder Epárquio no bispado de Arverni (hoje [[Clermont-Ferrand]]). A maior parte dos detentores prévios do posto foram feitos santos da [[Igreja Católica Romana]], inclusive seu recente predecessor, São Namácio (bispo 446-462), que iniciou as fundações de uma catedral adequada. Sidônio Apolinário não era um homem religioso; sua eleição foi provavelmente devido mais aos seus contatos influentes, e aos seus incansáveis esforços na preservação de seu pedaço da Gália para o [[Império Romano]].


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Revisão das 17h22min de 10 de setembro de 2006

Gaius Sollius Modestus Sidonius Apollinaris (c. 430-c. 480), poeta, diplomata, bispo, é "o autor individual sobrevivente mais importante da Gália do quinto século" de acordo com Eric Goldberg.

Ele nasceu em Lugdunum, a moderna Lyon, por volta de 430. Era de descendência nobre, com seu paí e avô sendo cristãos e prefeitos do pretório da Gália. Casou-se por volta de 452 com Papianilla, filha de Avito, que era então cônsul e depois foi proclamado imperador romano do Ocidente em 455, que ergueu no Fórum de Trajano uma estátua de seu genro e deu-lhe o título de conde. Em 457, ele caiu nas mão de Majoriano, que havia privado Avito do império e tomado a cidade de Lyon. A reputação de seu conhecimento levou Majoriano a tratá-lo com imenso respeito. Em troca Apolinário compôs um panegírico em sua honra (que ele havia feito previamente para Avito). Em 467 o imperador Antêmio o recompesou pelo panegírico que ele havia escrito em sua honra elevando-o ao posto de prefeito urbano de Roma, e em seguida à dignidade de patrício e senador. Em 472, mais por sua habilidades políticas que teológicas, ele foi escolhido para suceder Epárquio no bispado de Arverni (hoje Clermont-Ferrand). A maior parte dos detentores prévios do posto foram feitos santos da Igreja Católica Romana, inclusive seu recente predecessor, São Namácio (bispo 446-462), que iniciou as fundações de uma catedral adequada. Sidônio Apolinário não era um homem religioso; sua eleição foi provavelmente devido mais aos seus contatos influentes, e aos seus incansáveis esforços na preservação de seu pedaço da Gália para o Império Romano.