Bula da Cruzada: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Fontes
Fonte adicional e aditamentos
Linha 3: Linha 3:
Inicialmente criada no tempo da [[Reconquista Cristã]] no território português, permitia a concessão de indulgências a quem ajudasse com os seus bens na luta contra os [[sarrace­no]]s, nos mesmos termos que eram concedidas a quem apoiasse as [[cruzada]]s na [[Terra Santa]].
Inicialmente criada no tempo da [[Reconquista Cristã]] no território português, permitia a concessão de indulgências a quem ajudasse com os seus bens na luta contra os [[sarrace­no]]s, nos mesmos termos que eram concedidas a quem apoiasse as [[cruzada]]s na [[Terra Santa]].


Terminada a re­con­quis­ta, a concessão de indulgências contra pagamento para a Bula da Cruzada manteve-se, passando os rendimentos obtidos a ser aplicados na ma­nu­ten­ção das ordens militares, nas conquistas ultramarinas e no resgate de cativos.
Terminada a re­con­quis­ta, a concessão de indulgências contra pagamento para a Bula da Cruzada manteve-se, passando os rendimentos obtidos a ser aplicados na ma­nu­ten­ção das ordens militares, nas conquistas ultramarinas e no resgate de cativos<ref>Cf. [http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=4206562 Tribunal da Junta da Bula da Santa Cruzada].</ref>.


A Bula da Cruzada foi extinta a [[31 de dezembro]] de [[1914]], pelo [[papa Bento XV]], que a substituiu pelos Indultos Pontifícios<ref>Que popularmente continuaram a ser chamados «bula».</ref>, cujos rendimentos eram utilizados para a fundação e manutenção de [[seminário]]s.
A Bula da Cruzada foi extinta a [[31 de dezembro]] de [[1914]], pelo [[papa Bento XV]], que a substituiu pelos Indultos Pontifícios<ref>Que popularmente continuaram a ser chamados «bula».</ref>, cujos rendimentos eram utilizados para a fundação e manutenção de [[seminário]]s.


Estes indultos foram extintos em [[1966]] com a disciplina penitencial decretada pela Constituição Apostólica ''Poenitemini''<ref>{{harvnb|Azevedo|2000|pp=176-177 s. v. «Bula da Cruzada»}}.</ref>.
Estes indultos foram extintos em [[1966]] com a disciplina penitencial decretada pela Constituição Apostólica ''Poenitemini''<ref>{{harvnb|Azevedo|2000|pp=176-177 s. v. «Bula da Cruzada»}}.</ref>.

==A Bula da Santa Cruzada na literatura==
Em 1647, o [[Padre António Vieira]] proferiu na [[Sé de Lisboa|Catedral de Lisboa]] um [[sermão]] sobre a Bula da Santa Cruzada<ref>VIEIRA, António. ''[http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/_documents/0043-02155.html Sermão da Bula da Santa Cruzada na Catedral de Lisboa]''</ref>.


==Bibliografia==
==Bibliografia==

Revisão das 09h47min de 2 de março de 2013

Bula da Cruzada, ou Bula da Santa Cruzada, foi a designação dada às sucessivas concessões de indulgências aos fiéis da Igreja Católica em Portugal e suas possessões que contribuíssem com os seus bens para fins considerados como de interesse para a expansão do Catolicismo.

Inicialmente criada no tempo da Reconquista Cristã no território português, permitia a concessão de indulgências a quem ajudasse com os seus bens na luta contra os sarrace­nos, nos mesmos termos que eram concedidas a quem apoiasse as cruzadas na Terra Santa.

Terminada a re­con­quis­ta, a concessão de indulgências contra pagamento para a Bula da Cruzada manteve-se, passando os rendimentos obtidos a ser aplicados na ma­nu­ten­ção das ordens militares, nas conquistas ultramarinas e no resgate de cativos[1].

A Bula da Cruzada foi extinta a 31 de dezembro de 1914, pelo papa Bento XV, que a substituiu pelos Indultos Pontifícios[2], cujos rendimentos eram utilizados para a fundação e manutenção de seminários.

Estes indultos foram extintos em 1966 com a disciplina penitencial decretada pela Constituição Apostólica Poenitemini[3].

A Bula da Santa Cruzada na literatura

Em 1647, o Padre António Vieira proferiu na Catedral de Lisboa um sermão sobre a Bula da Santa Cruzada[4].

Bibliografia

Azevedo, Carlos Moreira (dir.) (2000). Dicionário de História Religiosa de Portugal. I. Lisboa: Círculo de Leitores, S. A.; Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa. ISBN 972-42-2313-2 

Referências

  1. Cf. Tribunal da Junta da Bula da Santa Cruzada.
  2. Que popularmente continuaram a ser chamados «bula».
  3. Azevedo 2000, pp. 176-177 s. v. «Bula da Cruzada».
  4. VIEIRA, António. Sermão da Bula da Santa Cruzada na Catedral de Lisboa
Ícone de esboço Este artigo sobre catolicismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.