Fúlvia Plaucila: diferenças entre revisões

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'''Fúlvia Plautila''' ({{lang-la|''Publia Fulvia Plautilla''}}) ou apenas '''Plautila''' foi uma [[imperatriz-consorte romana]], única esposa do [[imperador romano|imperador]] [[Caracala]], de quem era também prima em segundo grau pelo lado paterno.
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== Nascimento e família ==
== Nascimento e família ==
Plautila nasceu e foi criada em [[Roma]]. Ela era parte da ''[[gens Fulvia]]'', ativa na política romana desde a época da [[República Romana|República]] e que tinha origem plebeia na região de [[Túsculo]]. Sua mãe se chamava Hortência e seu pai era [[Caio Fúlvio Plautiano]], o comandante da [[guarda pretoriana]], [[cônsul]], primo de primeiro grau e aliado próximo do imperador [[Sétimo Severo]], o pai de Caracala.
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Severo e Plautiano planejaram para que o casamento entre Plautila e Caracala ocorresse numa luxuosa cerimônia em abril de 202. O [[casamento forçado]] se mostrou extremamente infeliz, pois Caracala desprezava a esposa. Segundo [[Dião Cássio]], Plautila era [[:wikt:perdulário|perdulária]].
Severo e Plauciano planejaram para que o casamento entre Plaucila e Caracala ocorresse numa luxuosa cerimônia em abril de 202. O [[casamento forçado]] se mostrou extremamente infeliz, pois Caracala desprezava a esposa. Segundo [[Dião Cássio]], Plaucila era [[:wikt:perdulário|perdulária]].


Pelas evidências [[numismática]]s, Plautila deu a Caracala uma filha de nome desconhecido em 204. No mesmo ano, seu sogro ordenou a construção do [[Arco de Sétimo Severo]] e honra a si mesmo e sua família, incluindo sua esposa, [[Júlia Domna]], Caracala, Plautila e o cunhado [[Geta]].
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== Exílio ==
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Em 22 de janeiro de 205, Caio Fúlvio Plautiano foi executado por traição e suas propriedades foram confiscadas. Plautila e a filha foram exiladas por Caracala para a [[Sicília (província romana)|Sicília]] e, posteriormente, para [[Lipari]]. Elas foram tratadas brutalmente e terminaram estranguladas por ordem do imperador depois da morte de Sétimo Severo em 4 de fevereiro de 211.
Em 22 de janeiro de 205, Caio Fúlvio Plauciano foi executado por traição e suas propriedades foram confiscadas. Plaucila e a filha foram exiladas por Caracala para a [[Sicília (província romana)|Sicília]] e, posteriormente, para [[Lipari]]. Elas foram tratadas brutalmente e terminaram estranguladas por ordem do imperador depois da morte de Sétimo Severo em 4 de fevereiro de 211.


== Representações ==
== Representações ==
Moedas com a imagem de Plautila que sobreviveram são majoritariamente do reinado do sogro dela e trazem a inscrição <small>''PLAUTILLA AUGUSTA''</small> ou <small>''PLAUTILLA AUGUSTAE''</small>. Existe também um busto dela no [[Louvre]]<ref>''History of Rome and of the Roman people (from its origin to the invasion of the barbarians)'', Victor Duruy and John Pentland Mahaffey, C.F. Jewett Publishing Company, 1883, pg. 535.</ref>.
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''Solinjanka'' ou ''Salonitanka'' ("mulher de [[Solin]]", a antiga cidade de [[Salona]]) é um dos mais importantes retratos romanos já encontrados na [[Croácia]] e, acredita-se, representa Plautila<ref>{{citar web| url = http://www.amz.hr/home/departments/collections/the-greek-and-roman-collection.aspx| título = Coleção Greco-Romana| publicado = Museu Arqueológico de Zagreb| língua = croata| acessodata = 27/07/2013}}</ref> <ref>{{citar periódico| url = http://hrcak.srce.hr/file/58311| título = Plautilla and the Fate of a Princess| jornal = Archaeologia Adriatica| número = 11| ano = 2008| páginas = 473-488| língua = croata| acessodata = 27/07/2013}}</ref> quando jovem. Em mármore, esta peça foi encontrada em Salona e está preservada atualmente no Museu Arqueológico de [[Zagreb]].
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== Ver também ==
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Revisão das 23h42min de 17 de agosto de 2013

Fúlvia Plaucila
Imperatriz-consorte romana

Busto de Fúlvia Plaucila.
Reinado abril de 202-22 de janeiro de 205
Consorte Caracala
Antecessor(a) Júlia Domna
Sucessor(a) Júlia Domna
Nascimento Entre 185 e c. 188/189
  Roma
Morte 212
Nome completo Publia Fulvia Plautilla
Dinastia Severa
Pai Cáio Fúlvio Plauciano
Mãe Hortência
Filho(s) Uma filha de nome desconhecido

Fúlvia Plaucila (em latim: Publia Fulvia Plautilla) ou apenas Plaucila foi uma imperatriz-consorte romana, única esposa do imperador Caracala, de quem era também prima em segundo grau pelo lado paterno.

Nascimento e família

Plaucila nasceu e foi criada em Roma. Ela era parte da gens Fulvia, ativa na política romana desde a época da República e que tinha origem plebeia na região de Túsculo. Sua mãe se chamava Hortência e seu pai era Caio Fúlvio Plauciano, o comandante da guarda pretoriana, cônsul, primo de primeiro grau e aliado próximo do imperador Sétimo Severo, o pai de Caracala.

Severo e Plauciano planejaram para que o casamento entre Plaucila e Caracala ocorresse numa luxuosa cerimônia em abril de 202. O casamento forçado se mostrou extremamente infeliz, pois Caracala desprezava a esposa. Segundo Dião Cássio, Plaucila era perdulária.

Pelas evidências numismáticas, Plaucila deu a Caracala uma filha de nome desconhecido em 204. No mesmo ano, seu sogro ordenou a construção do Arco de Sétimo Severo e honra a si mesmo e sua família, incluindo sua esposa, Júlia Domna, Caracala, Plaucila e o cunhado Geta.

Exílio

Em 22 de janeiro de 205, Caio Fúlvio Plauciano foi executado por traição e suas propriedades foram confiscadas. Plaucila e a filha foram exiladas por Caracala para a Sicília e, posteriormente, para Lipari. Elas foram tratadas brutalmente e terminaram estranguladas por ordem do imperador depois da morte de Sétimo Severo em 4 de fevereiro de 211.

Representações

Moedas com a imagem de Plaucila que sobreviveram são majoritariamente do reinado do sogro dela e trazem a inscrição PLAUTILLA AUGUSTA ou PLAUTILLA AUGUSTAE. Existe também um busto dela no Louvre[1].

Solinjanka ou Salonitanka ("mulher de Solin", a antiga cidade de Salona) é um dos mais importantes retratos romanos já encontrados na Croácia e, acredita-se, representa Plaucila[2] [3] quando jovem. Em mármore, esta peça foi encontrada em Salona e está preservada atualmente no Museu Arqueológico de Zagreb.

Ver também

Fúlvia Plaucila
Nascimento: 170 Morte: 212
Títulos reais
Precedido por:
Júlia Domna
Imperatriz-consorte romana
202–205
com Júlia Domna (202–205)
Sucedido por:
Júlia Domna

Referências

  1. History of Rome and of the Roman people (from its origin to the invasion of the barbarians), Victor Duruy and John Pentland Mahaffey, C.F. Jewett Publishing Company, 1883, pg. 535.
  2. «Coleção Greco-Romana» (em croata). Museu Arqueológico de Zagreb. Consultado em 27 de julho de 2013 
  3. «Plautilla and the Fate of a Princess». Archaeologia Adriatica (em croata) (11): 473-488. 2008. Consultado em 27 de julho de 2013 

Ligações externas

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