Estaleiros Navais de Viana do Castelo: diferenças entre revisões

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Em 28 de Agosto de 2011, a empresa detinha dívidas acumuladas de 240 milhões de euros e tinha como única actividade a produção de navios militares como as encomendas pelo estado português dos navios da [[classe Viana do Castelo]]<ref>{{cite news|title=Entrada de grupo europeu pode "salvar" Estaleiros de Viana|publisher=Rádio Renascença|url=http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1128&did=170336|date=2011-08-28}}</ref>.
Em 28 de Agosto de 2011, a empresa detinha dívidas acumuladas de 240 milhões de euros e tinha como única actividade a produção de navios militares como as encomendas pelo estado português dos navios da [[classe Viana do Castelo]]<ref>{{cite news|title=Entrada de grupo europeu pode "salvar" Estaleiros de Viana|publisher=Rádio Renascença|url=http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1128&did=170336|date=2011-08-28}}</ref>.

A 13 de Setembro de 2012 o [[XIX Governo Constitucional de Portugal|governo]] revogou encomenda de construção para a Marinha de seis navios patrulha oceânica da [[classe Viana do Castelo]] e cinco lanchas de fiscalização costeira.<ref>{{cite news
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}}</ref> De acordo com fonte governamental, a revogação "pretende salvaguardar o interesse do Estado" no processo de reprivatização dos estaleiros.


Em novembro de 2013, foi anunciado que o grupo [[Martifer]] vai assumir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros de Viana, pela qual vai pagar anualmente 415 mil euros, prevendo criar 400 postos de trabalho durante três anos.
Em novembro de 2013, foi anunciado que o grupo [[Martifer]] vai assumir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros de Viana, pela qual vai pagar anualmente 415 mil euros, prevendo criar 400 postos de trabalho durante três anos.

Revisão das 20h00min de 14 de dezembro de 2013

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) são uma sociedade anónima, actualmente de capitais maioritarimente públicos, vocacionada para a construção e reparação naval.

Infraestruturas

Os ENVC estão instalados na área portuária de Viana do Castelo. Presentemente, as suas infraestruturas principais incluem:

  • Cais de amarração de 300 m
  • 2 cais de aprestamentos, cada um com 190 m
  • Doca seca de 127 X 18 m
  • Doca seca de 203 X 30 m
  • Plataforma de construção de 140 X 30 m
  • Carreira de lançamento de 120 x 40 m

História

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram criados em Junho de 1944, por incentivo do Governo, que pretendia um desenvolvimento e modernização da frota de pesca portuguesa de longo alcance. Os primeiros sócios foram técnicos de construção naval do Porto de Lisboa associados a empresas do ramo da pesca do bacalhau.

Os ENVC começaram pois por se dedicar essencialmente à construção de navios de pesca de longo curso. Posteriormente o seu leque de construções foi-se alargando para navios de outro tipo, incluindo desde ferry-boats a navios de guerra.

Em 1975 os estaleiros foram nacionalizados, passando a ser uma empresa pública. Em 1991, os ENVC são transformados em sociedade anónima, mas mantendo-se o Estado como seu principal accionista.

Em 28 de Agosto de 2011, a empresa detinha dívidas acumuladas de 240 milhões de euros e tinha como única actividade a produção de navios militares como as encomendas pelo estado português dos navios da classe Viana do Castelo[1].

A 13 de Setembro de 2012 o governo revogou encomenda de construção para a Marinha de seis navios patrulha oceânica da classe Viana do Castelo e cinco lanchas de fiscalização costeira.[2] De acordo com fonte governamental, a revogação "pretende salvaguardar o interesse do Estado" no processo de reprivatização dos estaleiros.

Em novembro de 2013, foi anunciado que o grupo Martifer vai assumir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros de Viana, pela qual vai pagar anualmente 415 mil euros, prevendo criar 400 postos de trabalho durante três anos.

No âmbito do concurso público internacional lançado em Agosto "foi adjudicada" à Martifer Energy Systems e à Navalria (Aveiro), subsidiárias da Martifer, a subconcessão da utilização privativa do domínio público e das áreas afectas à concessão dominial atribuída aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo .

Pela subconcessão, que vigorará até 2031 o grupo pagará 415 mil euros por ano, envolvendo a mesma "única e exclusivamente", a utilização dos terrenos, edifícios, infra-estruturas e alguns equipamentos afectos.

Neste processo, contudo, ainda não é conhecido o destino dos trabalhadores dos estaleiros, sendo expectável o recrutamento de parte dos actuais 620[3].

O Estado deverá receber um total de 7,05 milhões de euros em rendas que serão pagas pela Martifer para utilizar os terrenos e o equipamento dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo até 2031. Mas muito antes disso, o Estado terá de pagar até janeiro de 2014 cerca de 30 milhões de euros para despedir os 609 trabalhadores dos estaleiros.

Navios construídos

Ao longo da sua história, os ENVC construiram mais de 200 navios de todos os tipos. Dos mais recentes, ou ainda em construção, destacam-se:

  • Navios de Cruzeiro Fluvial e Costeiro de 90 t Algarve Cruiser e Douro Queen
  • Ferry de Passageiros de 800 t Lobo Marinho
  • Navios de Patrulha Oceânica de 1600 t da Classe Viana do Castelo: NRP Viana do Castelo
  • Porta-contentores de 8 000 t Industrial Diamond
  • Navios Reefer (transporte de contentores + porão frigorífico) de 15 000 t Carmel Ecofrech e Carmel Bio-Top

Referências

Ligações externas