Tratado de Nerchinsk: diferenças entre revisões
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As condições de Nerchinsk mantiveram-se até à assinatura dos tratados de [[Tratado de Aigun|Aigun]] ([[1858]]) e [[Tratado de Pequim (1860)|Pequim]] ([[1860]]), quando Rússia forçou à enfraquecida Dinastia Qing a ceder-lhe importantes territórios na zona do [[rio Amur]] e [[Ásia Central]] em troca de praticamente nada. Estes últimos tratados estabeleceram a maioria das atuais fronteiras da China e [[Mongólia]]. |
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== Ligações Externas == |
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* [http://www.chinaforeignrelations.net/node/200 Texto (em inglês)] |
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Revisão das 21h24min de 1 de fevereiro de 2015
O Tratado de Nerchinsk, assinado a 27 de agosto de 1689, foi o primeiro subscrito pela China com uma potência da Europa, neste caso o Czarado da Rússia. O tratado delimitava as fronteiras entre China e Rússia e punha fim a uma série de conflitos entre as tropas chinesas estacionadas em Manchúria e diversas colônias russas como Albazin e Nerchinsk, povoadas no seu maior parte por cossacos.
Por meio deste tratado, Rússia renunciava a qualquer reclamação sobre a região do rio Amur, que até então fora a sua via de saída para o mar de Okhotsk, e reconhecia os limites do seu império na cordilheira de Stanovoi e o rio Argun. Em consequência, Albazin, que ficava em território chinês, foi destruída e abandonada. Pedro o Grande conseguia como contrapartida uma paz duradoura com o Imperador Kangxi e os seus descentes, ademais de privilegiadas relações comerciais com o Império Qing. Na assinatura do tratado foram de vital importância os missionários jesuítas da Corte de Kangxi, nomeadamente Jean-François Gerbillon e Tomás Pereira, que serviram como tradutores do chinês para o latim, idioma que os oficiais russos conheciam.
As condições de Nerchinsk mantiveram-se até à assinatura dos tratados de Aigun (1858) e Pequim (1860), quando Rússia forçou à enfraquecida Dinastia Qing a ceder-lhe importantes territórios na zona do rio Amur e Ásia Central em troca de praticamente nada. Estes últimos tratados estabeleceram a maioria das atuais fronteiras da China e Mongólia.