Partido Reformista (Monarquia): diferenças entre revisões

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O '''Partido Reformista''', que começa por receber o vago nome de "'''partido popular'''"<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>, foi um [[Lista de partidos políticos de Portugal|partido político]] [[Portugal|português]] do tempo da [[Monarquia constitucional (Portugal)|Monarquia Constitucional]], fundado oficialmente no verão de [[1870]], resultante de divisões existentes no [[Partido Histórico]] desde pelo menos [[1862]] e agravadas em [[1868]] na sequência da [[Janeirinha]]. Constitui uma cisão do [[Partido Histórico]] com cujo dirigente, o [[Duque de Loulé]], entraram em ruptura entre outros o [[Marquês de Sá da Bandeira]] ([[Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo]]).
O '''Partido Reformista''', que começa por receber o vago nome de "'''partido popular'''"<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>, foi um [[Lista de partidos políticos de Portugal|partido político]] [[Portugal|português]] do tempo da [[Monarquia constitucional (Portugal)|Monarquia Constitucional]], fundado oficialmente no verão de [[1870]], resultante de divisões existentes no [[Partido Histórico]] desde pelo menos [[1862]] e agravadas em [[1868]] na sequência da [[Janeirinha]]. Constitui uma cisão do [[Partido Histórico]] com cujo dirigente, o [[Duque de Loulé]], entraram em ruptura entre outros o [[Marquês de Sá da Bandeira]] ([[Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo]]).


Muitos dos "reformistas" são apoiantes do movimento da [[Janeirinha]] e são mobilizados pelo governo de [[António José de Ávila]], de 4 de Janeiro a 22 de Julho de [[1868]], por onde passam [[António Luís de Seabra]], [[José Dias Ferreira]], [[José Maria Rodrigues Magalhães]], [[José Rodrigues Coelho do Amaral]] e [[Sebastião do Canto e Castro Magalhães]]. Mas é com o governo de Sá da Bandeira, a partir de 22 de Julho de 1868 até 11 de Agosto de 1869, que surge o reformismo propriamente dito, dizendo querer fazer reformas e economias<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>.
Muitos dos "reformistas" são apoiantes do movimento da [[Janeirinha]] e são mobilizados pelo governo de [[António José de Ávila]], de 4 de Janeiro a 22 de Julho de [[1868]], por onde passam [[António Luís de Seabra]], [[José Dias Ferreira]], [[José Maria Rodrigues Magalhães]], [[José Rodrigues Coelho do Amaral]] e [[Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas]]<ref>[http://www.iscsp.ulisboa.pt/~cepp/governos_portugueses/fusao/avila_1868.htm Governo de Ávila], entro de Estudos do Pensamento Político, ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa</ref>. Mas é com o governo de Sá da Bandeira, a partir de 22 de Julho de 1868 até 11 de Agosto de 1869, que surge o reformismo propriamente dito, dizendo querer fazer reformas e economias<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>.


Encontra-mo-lo, ao partido, nessa altura até [[1869]], a ser dirigido por um dos seus fundadores<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>, o [[bispo de Viseu]], o [[liberal]] e [[jornalista]] D. [[António Alves Martins]]. Este foi eleito deputado pela primeira vez em 1870<ref>[http://www.infopedia.pt/$d.-antonio-alves-martins D. António Alves Martins, Infopédia (em linha), Porto: Porto Editora, 2003-2014. (Consult. 2014-03-31).]</ref>
Encontra-mo-lo, ao partido, nessa altura até [[1869]], a ser dirigido por um dos seus fundadores<ref>[http://maltez.info/respublica/topicos/aaletrap/partido_reformista.htm Partido Reformista, 1867, José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004]</ref>, o [[bispo de Viseu]], o [[liberal]] e [[jornalista]] D. [[António Alves Martins]]. Este foi eleito deputado pela primeira vez em 1870<ref>[http://www.infopedia.pt/$d.-antonio-alves-martins D. António Alves Martins, Infopédia (em linha), Porto: Porto Editora, 2003-2014. (Consult. 2014-03-31).]</ref>

Revisão das 01h00min de 20 de novembro de 2017

O Partido Reformista, que começa por receber o vago nome de "partido popular"[1], foi um partido político português do tempo da Monarquia Constitucional, fundado oficialmente no verão de 1870, resultante de divisões existentes no Partido Histórico desde pelo menos 1862 e agravadas em 1868 na sequência da Janeirinha. Constitui uma cisão do Partido Histórico com cujo dirigente, o Duque de Loulé, entraram em ruptura entre outros o Marquês de Sá da Bandeira (Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo).

Muitos dos "reformistas" são apoiantes do movimento da Janeirinha e são mobilizados pelo governo de António José de Ávila, de 4 de Janeiro a 22 de Julho de 1868, por onde passam António Luís de Seabra, José Dias Ferreira, José Maria Rodrigues Magalhães, José Rodrigues Coelho do Amaral e Sebastião do Canto e Castro Mascarenhas[2]. Mas é com o governo de Sá da Bandeira, a partir de 22 de Julho de 1868 até 11 de Agosto de 1869, que surge o reformismo propriamente dito, dizendo querer fazer reformas e economias[3].

Encontra-mo-lo, ao partido, nessa altura até 1869, a ser dirigido por um dos seus fundadores[4], o bispo de Viseu, o liberal e jornalista D. António Alves Martins. Este foi eleito deputado pela primeira vez em 1870[5]

Ainda em conjunto com os avilistas, vencem as eleições de 22 de Março de 1868, com 142 deputados contra 22 fusionistas, a aliança de históricos e regeneradores. Pelo governo passam Alves Martins, José Maria Latino Coelho, Carlos Bento da Silva, Sebastião Lopes de Calheiros e Meneses, Conde de Samodães, António Pequito Seixas de Andrade, João José de Mendonça Cortês. Voltam a vencer as eleições de 11 de Abril de 1869, com 79 deputados, depois dos círculos terem sido reduzidos de 156 para 92[6].

Nas eleições de 13 de Março de 1870, já sob o governo de Loulé, o terceiro governo histórico, conseguem apenas quinze deputados[7].

Voltam ao governo, depois da Saldanhada, novamente sob a presidência de Sá da Bandeira, de 29 de Agosto a 29 de Outubro de 1870, com Alves Martins, António José de Ávila e Carlos Bento da Silva, mas é durante este governo que se agravam as relações entre reformistas propriamente ditos e avilistas. E nas eleições de 4 de Setembro de 1870, enquanto os reformistas conseguem cinquenta e dois deputados, os avilistas são dezasseis[8].

Nas eleições de 9 de Julho de 1871, já sob o governo de Ávila, conseguem apenas quatorze deputados.

Porém, morto Sá-Nogueira em 1876 pouco tempo o partido lhe sobreviveu, tendo no mesmo ano acabado por se fundir de novo com os Históricos, em resultado do Pacto da Granja, para constituir o novo Partido Progressista, que viria a ser uma das duas forças do «rotativismo» em Portugal até ao fim da Monarquia Constitucional.

Resultados eleitorais

Eleições legislativas

Data Votos % +/- Deputados +/- Status
1868 N/D 68 (1.º) Governo
1869 N/D 80 (1.º) Aumento12 Governo
1870
(Março)
N/D 15 (2.º) Baixa65
15 / 107
Governo
1870
(Setembro)
N/D 52 (1.º) Aumento37
68 / 107
Aumento53 Governo
1871 N/D 14 (4.º) Baixa38
14 / 107
Baixa54 Governo
1874 N/D (3.º)
8 / 107
Baixa6 Oposição

Referências

Referências

  • Carlos Guimarães da Cunha, A «Janeirinha» e o Partido Reformista. Da Revolução de Janeiro de 1868 ao Pacto da Granja, Edições Colibri, Lisboa, 2003 (ISBN 972-772-429-9).

Ligações externas

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