Mahavira: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Tirthankaras.jpg|thumb|Estátuas de dois [[Tirthankara]]s: o Mahavira (à direita) e Rishabhadeva (à esquerda)]]
[[Ficheiro:Mahavir.jpg|thumb|Estátua de Mahavira no [[Rajastão]]]]


'''Vardhamana''', mais conhecido como '''Mahavira''' (traduzido do [[sânscrito]], significa "Grande Herói") foi o último dos 24 [[Tirthankara]]s do [[jainismo]]. Numa perspectiva histórica, é considerado o fundador ou reformador deste sistema religioso. Segundo a tradição jaina, teria nascido em 599 a.C. em [[Kshatriyakundagrama]], na [[Índia]] e falecido no ano de 527 a.C., em [[Pavapuri]], embora alguns académicos considerem que as datas 540 a.C - 470 a.C. sejam mais correctas.
'''Vardhamana''', mais conhecido como '''Mahavira''' (traduzido do [[sânscrito]], significa "Grande Herói") foi o último dos 24 [[Tirthankara]]s do [[jainismo]]. Numa perspectiva histórica, é considerado o fundador ou reformador deste sistema religioso. Segundo a tradição jaina, teria nascido em 599 a.C. em [[Kshatriyakundagrama]], na [[Índia]] e falecido no ano de 527 a.C., em [[Pavapuri]], embora alguns académicos considerem que as datas 540 a.C - 470 a.C. sejam mais correctas.

Revisão das 18h14min de 22 de março de 2018

Estátua de Mahavira no Rajastão

Vardhamana, mais conhecido como Mahavira (traduzido do sânscrito, significa "Grande Herói") foi o último dos 24 Tirthankaras do jainismo. Numa perspectiva histórica, é considerado o fundador ou reformador deste sistema religioso. Segundo a tradição jaina, teria nascido em 599 a.C. em Kshatriyakundagrama, na Índia e falecido no ano de 527 a.C., em Pavapuri, embora alguns académicos considerem que as datas 540 a.C - 470 a.C. sejam mais correctas.

Biografia

Mahavira pertencia à casta guerreira (xátria), sendo o seu pai, Sidarta, o líder de um clã e a sua mãe, Devananda, pertencente à casta dos brâmanes; outras tradições apresentam outros nomes para a sua mãe, como Trishala, Videhadinna ou Priyakarini, colocando-a na casta guerreira.

A narrativa afirma que o Mahavira vivia num ambiente de luxo que mais tarde abandonou, num relato que se assemelha ao da vida do Buda, do qual se julga ter sido contemporâneo. Estes dois homens viveram numa época em que as práticas religiosas tradicionais começavam a entrar em crise; em particular, o sacrifício de animais e o sistema de castas eram postos em causa e quer o Mahavira, quer o Buda, rejeitaram-nos.

Por volta dos trinta anos, Mahavira deixou a sua vida confortável para se entregar a práticas ascéticas na esperança de alcançar a iluminação espiritual. Durante um ano, usou roupa, mas, depois, passou a andar nu, deixou que insetos o atacassem, sofreu ataques físicos e verbais, dormiu em locais inóspitos, praticou jejuns extremos, num período total de doze anos. Teve, também, particular cuidado em não fazer mal a qualquer forma de vida, desenvolvendo, assim, a teoria do ahimsa ou não violência. O Mahavira dedicou as seguintes décadas da sua vida a ensinar às pessoas as suas doutrinas.

Ensinamentos

Mahavira ensinou que os humanos podem libertar-se das partículas que se agregam às suas almas, uma crença do jainismo atual, seguindo uma vida de ascetismo extremo. A tradição afirma que ele recomendou aos seus adeptos que tomassem cinco votos (mahavratas), que são os seguintes:

  1. Ahimsa - não causar mal ou sofrimento a qualquer ser (não violência);
  2. Satya - evitar a mentira;
  3. Asteya - não se apropriar do que não foi dado;
  4. Brahmacharya - não faltar à castidade;
  5. Aparigraha - não se apegar às posses materiais, não ter apego pelas coisas mundanas.

O Mahavira faleceu aos 72 anos, tendo os seus seguidores organizado a religião jaina nos seus moldes actuais.

Referências

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