Crioulo da Guiné-Bissau: diferenças entre revisões

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'''Kriol''' ('''''crioulo''''') é a Língua Franca e o idioma de 60% da população da [[Guiné-Bissau]], sendo falado também no [[Senegal]]. 160 mil pessoas usam Crioulo como primeiro idioma na Guiné Bissau e mais 600 mil como segunda linguagem, enquanto que cerca de 13% da população fala a [[Língua Portuguesa]].
Língua crioula de [[Crioulo_de_base_portuguesa|base portuguesa]] falada na [[Guiné-Bissau]]

É também conhecido também como “Crioulo da Guiné ou “Kriulo”.
Foi o primeiro idioma Crioulo nascido com base na [[Língua Portuguesa]]. Originou-se no “Kriol” falado no século XVI nas cidades portuárias de primeira colonização portuguesa no Senegal e em [[Serra Leoa]], tais como [[Cacheu]], [[Ziguinchor]].

Há quarto principais dialetos no Crioulo da Guiné-Bissau e do Senegal:
*“Bissau e Bolama",
*"Bafata"
*"Cacheu-Ziguinchor"

Esses Dialetos foram influenciados por idiomas de povos próximos como Mandingas, Manjacos, Pepéis; Porém, 80% do Léxico Crioulo da Guiné-Bissau vêm do Português.

Mercadores portugueses e o pessoal assentado na região se miscigenaram aos nativos, conforme o hábito dos exploradores portugueses que causou a existência de muitos idiomas Crioulos de origem lusitana em todo o mundo. Um pequeno grupo de assentamentos, dos chamados ''Lançados'' facilitou a intermediação no contato entre os europeus e os nativos, através da influência Portuguesa via língua e outros aspectos culturais.
O Dialeto Ziguinchor, similar ao falado em Cachéu, sofreu influências do [[Francês]], sendo falado em [[Casamance]]; É falado tanto pelos “Fijus di Terra” (nativos), como pelos “Fijus di Fidalgu” (descendentes de portugueses); Esses são chamados de ''Portuguis'', têm hábitos europeus, são católicos, falam o Português Crioulo e a maioria tem sobrenomes portugueses, sendo filhos de homens europeus e mulheres Africanas.

A palavra Ziguinchor data do século XVII e vem de “Cheguei e Choram”, pois os nativos entendiam que os portugueses vieram para escravizá-los. Os portugueses aí estabeleceram bases para o comércio e passaram a casar-se com mulheres negras. O antigo reino Casamance fez aliança com os portugueses, o Rei passou a ter um modo de vida Europeu, havendo portugueses na sua Corte.

Em 1899 Casamance foi cedida aos Franceses e em meados do século XX sua língua ja se espalhara nessa região Senegalesa. Com a independência do Senegal, os falantes desse idioma Crioulo passaram a ser vistos como “amigos dos franceses” e discriminados pelos mais numerosos falantes de [[Wolof]] ao norte. Com isso Casamance buscou desde 1982 separar-se do Senegal.

Agora, mesmo havendo ainda divergências, a situação vem melhorando, com o aprendizado do Português se popularizando no Senegal, como um vínculo com o passado da região.

Cerca de 47 mil (1998) pessoas no Senegal têm o Crioulo como primeiro idioma em Ziguinchor e em outras cidades de Casamance, bem como em [[Gâmbia]].


== Referências ==
== Referências ==

Revisão das 23h24min de 4 de dezembro de 2007

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Crioulo da Guiné-Bissau
Falado(a) em: Guiné-Bissau e em comunidades emigradas em diversos países.
Total de falantes: 600.000 (falantes como segunda língua) [1]
Família: Línguas Crioulas
 Crioulo de base portuguesa
  Crioulos Afro-portugueses
   Crioulos da Alta-Guiné
    Crioulo da Guiné-Bissau
Estatuto oficial
Língua oficial de: Nenhum Estado.
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: pov

Kriol (crioulo) é a Língua Franca e o idioma de 60% da população da Guiné-Bissau, sendo falado também no Senegal. 160 mil pessoas usam Crioulo como primeiro idioma na Guiné Bissau e mais 600 mil como segunda linguagem, enquanto que cerca de 13% da população fala a Língua Portuguesa.

É também conhecido também como “Crioulo da Guiné ou “Kriulo”. Foi o primeiro idioma Crioulo nascido com base na Língua Portuguesa. Originou-se no “Kriol” falado no século XVI nas cidades portuárias de primeira colonização portuguesa no Senegal e em Serra Leoa, tais como Cacheu, Ziguinchor.

Há quarto principais dialetos no Crioulo da Guiné-Bissau e do Senegal:

  • “Bissau e Bolama",
  • "Bafata"
  • "Cacheu-Ziguinchor"

Esses Dialetos foram influenciados por idiomas de povos próximos como Mandingas, Manjacos, Pepéis; Porém, 80% do Léxico Crioulo da Guiné-Bissau vêm do Português.

Mercadores portugueses e o pessoal assentado na região se miscigenaram aos nativos, conforme o hábito dos exploradores portugueses que causou a existência de muitos idiomas Crioulos de origem lusitana em todo o mundo. Um pequeno grupo de assentamentos, dos chamados Lançados facilitou a intermediação no contato entre os europeus e os nativos, através da influência Portuguesa via língua e outros aspectos culturais. O Dialeto Ziguinchor, similar ao falado em Cachéu, sofreu influências do Francês, sendo falado em Casamance; É falado tanto pelos “Fijus di Terra” (nativos), como pelos “Fijus di Fidalgu” (descendentes de portugueses); Esses são chamados de Portuguis, têm hábitos europeus, são católicos, falam o Português Crioulo e a maioria tem sobrenomes portugueses, sendo filhos de homens europeus e mulheres Africanas.

A palavra Ziguinchor data do século XVII e vem de “Cheguei e Choram”, pois os nativos entendiam que os portugueses vieram para escravizá-los. Os portugueses aí estabeleceram bases para o comércio e passaram a casar-se com mulheres negras. O antigo reino Casamance fez aliança com os portugueses, o Rei passou a ter um modo de vida Europeu, havendo portugueses na sua Corte.

Em 1899 Casamance foi cedida aos Franceses e em meados do século XX sua língua ja se espalhara nessa região Senegalesa. Com a independência do Senegal, os falantes desse idioma Crioulo passaram a ser vistos como “amigos dos franceses” e discriminados pelos mais numerosos falantes de Wolof ao norte. Com isso Casamance buscou desde 1982 separar-se do Senegal.

Agora, mesmo havendo ainda divergências, a situação vem melhorando, com o aprendizado do Português se popularizando no Senegal, como um vínculo com o passado da região.

Cerca de 47 mil (1998) pessoas no Senegal têm o Crioulo como primeiro idioma em Ziguinchor e em outras cidades de Casamance, bem como em Gâmbia.

Referências