Febre Romana

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 Nota: Este artigo é sobre o conto. Para a doença, veja Febre Romana (doença).
Roman Fever
Febre Romana
Autor(es) Edith Wharton
Idioma inglês
País  Estados Unidos
Gênero Conto
Série The World Over
Lançamento 1934
Páginas 144
ISBN 978-1907429293

Roman Fever (br/pt: Febre Romana) é um conto da escritora americana Edith Wharton. Foi publicado pela primeira vez na revista Liberty, em 1934, e posteriormente foi incluído na última coleção de contos de Wharton, The World Over.[1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

As protagonistas são Grace Ansley e Alida Slade, duas mulheres americanas de meia-idade que estão visitando Roma, com suas filhas, Barbara Ansley e Jenny Slade. As senhoras cresceram em Manhattan, Nova York, e são amigas de infância. Uma juvenil e romântica rivalidade levou a Sra. Slade a nutrir sentimentos de inveja e ódio contra a Sra. Ansley.

Nas páginas de abertura da história, as duas mulheres comparam suas filhas e refletem sobre a vida uma da outra. Eventualmente, Sra. Slade revela um segredo sobre uma carta escrita à Sra. Ansley em uma visita a Roma, há muitos anos. A carta era supostamente do noivo da Sra. Slade, Delphin, convidando a Sra. Ansley para um encontro no Coliseu. Na verdade, a própria Sra. Slade tinha escrito a carta, em uma tentativa de tirar a Sra. Ansley do caminho de seu noivado por desapontá-la com a ausência do Delphin (e, fica implícito, deixar a Sra. Ansley doente com febre romana). A Sra. Ansley fica chateado com essa revelação, mas revela que ela não foi deixada sozinha no Coliseu—ela respondeu à carta, e Delphin veio encontrá-la. A Sra. Slade eventualmente afirma que a Sra. Ansley não deve sentir pena dela, porque "eu o tive [Delphin] por 25 anos", enquanto a Sra. Ansley não teve "nada além de uma carta que ele não escreveu." A Sra. Ansley responde, na última frase da história: "Eu tive a Barbara".

Tempo e espaço[editar | editar código-fonte]

A configuração da história se passa no período da tarde, na cidade de Roma. Duas ricas viúvas de meia-idade estão visitando Roma, com suas duas filhas solteiras. O cenário exótico ilustra o poder e a classe da qual as mulheres proveem, mas o contexto da Roma Antiga, como o Coliseu, insinua intriga ao estilo Império Romano.

Temas[editar | editar código-fonte]

Luta pelo poder entre aqueles das classes superiores: A Sra. Slade e a Sra. Ansley disputam noivado com o Sr. Slade. A eventual Sra. Slade tenta remover a Sra. Ansley de cena com uma falsa carta convidando-a para um encontro noturno. Enquanto o plano sai pela culatra para a Sra. Slade porque seu eventual marido, de fato encontra-se com a Sra. Ansley, Mrs. Slade ainda se casa com seu namorado, mas parece que a futura Sra. Ansley realmente dá a luz à filha do Sr. Slade, Barbara. Traição e enganaçao: As duas personagens principais usam subterfúgios e maquinação a fim de melhorar as suas perspectivas de noivado como quando jovens. Rancores: E na meia-idade, a Sra. Slade e a Sra. Ansley introduzem surpresas com décadas de idade, inesperado em personagens tão semelhantes em proximidade, idade e classe.

Representação das relações femininas[editar | editar código-fonte]

A Sra. Ansley e a Sra. Slade têm uma relação agridoce cheia de inveja, traição e competição. Elas comparam sua batalha ao longo da vida por um homem, Delphin Slade, e agora disputam a respeito de quem tem a filha mais impressionante, ambas as quais, ironicamente, têm o mesmo pai.

Recepção crítica[editar | editar código-fonte]

Embora os críticos deram especial atenção a "Romam Fever" imediatamente após World Over ser publicado, a história tem recebido relativamente pouca atenção da crítica desde então. Mas a surpresa revelada por Grace na última linha é incitante.

Adaptações[editar | editar código-fonte]

A adaptação em um único ato de "Roman Fever" feita por Hugh Leonard foi encenada pela primeira vez em Dublin, em 1983.[2] A ópera de Robert Ward Roman Fever, que estreou em 1993 na Universidade de Duke é baseada neste trabalho. [3] A ópera do compositor húngaro Gyula Fekete Roman Fever estreou em 1996 no Merlin Theatre em Budapeste. Em setembro de 1964, a rádio KPFA transmitiu uma adaptação para o rádio de Roman Fever, com Pat Franklin e Shirley Medina, adaptada e dirigida por Erik Bauersfeld, e produção técnica de John Whiting.[4]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Roman Fever» (em inglês). eNotes. Consultado em 25 de julho de 2014 
  2. «Irish Playography entry for Roman Fever by Hugh Leonard» (em inglês). irishplayography.com. Consultado em 27 de julho de 2014 
  3. Henry Fogel (24 de junho de 2008). «Donald Portnoy: WARD Roman Fever on ARSIS» (em inglês). Revista Fanfare Magazine. Consultado em 27 de julho de 2014 
  4. Erik Bauersfeld (1964). «Roman Fever» (mp3) (em inglês). KPFA. Consultado em 17 de julho de 2014