Tubulina

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Tubulina AB heterodimer, Bos taurus.

A tubulina é um dos vários membros de uma pequena família de proteínas globulares. Os membros mais usuais da família da tubulina são a α-tubulina e a β-tubulina, que são as proteínas que compõem os microtúbulos. Cada uma delas tem um peso molecular de aproximadamente 55 kDa. Os microtúbulos são formados por dímeros de α- e β-tubulin. Estas subunidades são ligeiramente acídicas, com um ponto isoeléctrico entre 5,2 e 5,8.

Desde há muito se julgava que a tubulina era específica dos eucariotas. No entanto, foi demonstrado recentemente que a proteína FtsZ que participa no processo de divisão celular procariótico tem relação evolutiva com a tubulina.

α-tubulina e β-tubulina[editar | editar código-fonte]

Para se formarem os microtúbulos, os dímeros de α- e β-tubulina ligam-se ao GTP e agregam-se na extremidade (+) dos microtúbulos, enquanto ainda ligados ao GTP. Após a incorporação, a molécula de GTP é hidrolisada em GDP

Apesar de ambas as subunidades se ligarem as GTP, apenas a subunidade β tem actividade de GTPase, isto é, a β-tubulina pode hidrolisar o GTP em GDP, enquanto que a α-tubulina não o consegue fazer. O facto de a β-tubulina estar ligada ao GTP ou ao GDP, influencia a estabilidade do dímero no microtúbulo.

Os dímeros ligados ao GTP tendem a agregar-se em microtúbulos, enquanto que dímeros ligados ao GDP tendem a se desagregar. Por este motivo, este ciclo é essencial para a instabilidade dinâmica na formação dos microtúbulos.

γ-tubulina[editar | editar código-fonte]

γ-tubulina, outro dos membros da família das tubulinas, constitui estruturas em formato de anéis localizado no centrossomo. Cada anel serve como sítio de nucleação para o crescimento de um microtúbulo .

δ e ε tubulina[editar | editar código-fonte]

A delta (δ) e a ípsilon (ε) tubulina localizam-se nos centríolos e poderão desempenhar um papel na formação do aparelho mitótico, durante a mitose. Estas duas variantes de tubulina não são tão estudadas com as variantes α-tubulina e β-tubulina.

Farmacologia[editar | editar código-fonte]

As tubulinas são alvo do taxol (droga anticancerígena) e de outras drogas como a vimblastina e a vincristina. A colchicina, droga anti-reumática, liga-se à tubulina, inibindo desta forma a formação dos microtúbulos, dificultando a motilidade dos neutrófilos e assim diminuindo as inflamações.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]