Golpe de Estado na Bolívia em 1971
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Golpe de Estado na Bolívia em 1971 | |||
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Operação Condor (Guerra Fria) | |||
O presidente deposto JJ Torres e militares | |||
Data | 19 de agosto - 21 de agosto de 1971 | ||
Local | Bolívia | ||
Desfecho |
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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O Golpe de Estado na Bolívia em 1971 foi um golpe militar na Bolívia encabeçado pelo coronel Hugo Banzer, que em agosto de 1971 derrubou o governo de esquerda de Juan José Torres, iniciando um regime autoritário de 7 anos conhecido como Banzerato.[1]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Após a repentina morte de René Barrientos em 1969, ascende uma crise política na Bolívia. Seu vice, Siles Salinas foi deposto por Alfredo Ovando. Um ano depois, Ovando foi derrocado por um golpe e o general Juan José Torres foi nomeado presidente.[2]
O governo de Torres tomou uma postura "antiimperialista" e se aliou com setores de esquerda.[2] Uma tentativa de golpe contra o regime Torres ocorreu em janeiro de 1971, liderada pelo coronel Hugo Banzer, que após isso foi exilado para a Argentina.[3]
Golpe
[editar | editar código-fonte]Em 18 de agosto, o coronel Hugo Banzer retorna clandestinamente à Bolívia, mas é detido junto de 30 pessoas por "subversão"; sendo conduzido para La Paz.[4][3]
No dia seguinte, 19 de agosto, eclode uma rebelião em Santa Cruz impulsada pela Frente Popular Nacionalista, movimento composto por militares e os partidos Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) e a Falange Socialista Boliviana (FSB).[5] Os insurgentes alegadamente libertam Banzer da prisão e tomam estações de rádio, proclamando Banzer como o novo presidente. Em retaliação, o presidente Torres manda seus partidários reprimirem a rebelião.[4]
Os aliados militares de Torres desertaram de seu lado, o único que permaneceu leal até o final sendo o major Rubén Sánchez.[6] Em 21 de agosto, Torres é forçado a fugir e os rebeldes tomam o palácio presidencial. Assume o poder uma junta militar composta por Jaime Florentino Mendieta, Andrés Selich e Hugo Banzer. Em 22 de agosto a junta empossa formalmente Banzer como presidente, tendo o apoio do MNR e FSB.[7][3]
Foi concedido exílio a Torres e membros de seu governo, com Torres primeiramente optando pelo exílio no Peru.[8] Posteriormente, se exilou na Argentina onde viveu até ser assassinado em junho de 1976, no contexto da Operação Condor.
Envolvimento estrangeiro
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- DE TORRES A BANZER, DIEZ MESES DE EMERGENCIA EN BOLIVIA; Lozada Gallardo; Jorge; Ediciones Periferia, Buenos Aires, 1973
- REBELIÓN EN LAS VENAS, LA LUCHA POLITICA EN BOLIVIA 1952-1982; Dunkerley, James; Biblioteca del Bicentenario de Bolivia, Plural Editores, La Paz, 2016
- UN SIGLO DE INTERVENCIÓN DE EEUU EN BOLIVIA; VOL. V; Varios Autores; Coord. Juan Ramón Quintana; Ministerio de la Presidencia del Estado Plurinacional de Bolivia; La Paz, 2016
Referências
- ↑ «El golpe de Banzer recuerda la veleidad de la clase política boliviana». El Potosí
- ↑ a b «Medio siglo del golpe de Banzer: ¿Cómo se lo vivió en Sucre?». Correo del Sur
- ↑ a b c «A 50 años del golpe de Banzer». Fundación Solón
- ↑ a b «Miners and Peasants Move Against Rebels in Bolivia». The New York Times
- ↑ «El Golpe». La Publica!
- ↑ «Crónica de un golpe de estado». APCBOLIVIA
- ↑ «REBELS IN BOLIVIA CRUSH RESISTANCE AND INSTALL CHIEF». The New York Times
- ↑ «TORRES AND 31 FLY TO PERU AND EXILE». The New York Times