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Guerra de Mocorón

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Guerra de Mocorón
Data 14-23 de Maio de 1957
Local Gracias a Dios, Honduras
Desfecho Vitoria hondurenha
  • Retirada nicaraguense
  • Descontento social na Nicarágua
Comandantes
Roque Jacinto Rodríguez Herrera

Arnaldo Gómez Alas

Efraín Sanabria Rubio
Luis Somoza Debayle
Forças
77 soldados hondurenhos 100 soldados nicaraguenses
Baixas
2 mortos 35 mortos

A Guerra de Mocorón foi uma campanha militar do governo nicaraguense de Luis Somoza Debayle contra a República de Honduras para consolidar o poder e superar a crise após a execução de seu pai.[1][2]

Após a saída do ditador Anastasio Somoza, sentia-se um descontentamento social na Nicarágua, o que foi uma das principais preocupações do governo de Luis Somoza, filho do ditador, que procurou uma forma de desviar a atenção do público em geral, buscando enaltecer o nacionalismo nicaraguense. O mandatário da Nicarágua encontrou o pretexto ao rechaçar o Laudo Arbitral del Rey Alfonso XIII de España, de 23 de dezembro de 1906, assinado por ambos os países para estabelecer suas fronteiras.[3]

Princípios e operações

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Antes da eclosão da guerra, os militares hondurenhos estavam modernizando o exército, adquiriram três Vought F4U Corsair, uma das aeronaves que estiveram operacionais na Segunda Guerra Mundial.[4] Em 7 de março de 1957, a Junta Militar de Honduras enviou tropas do acampamento de Ahuas até a aldeia de Mocorón, perto da fronteira com a Nicarágua. O governo de Luis Somoza tentou fazer com que a OEA detivesse esse movimento de tropas, mas não teve sucesso. Em resposta, Somoza enviou 100 soldados das tropas de elite da Guarda Nacional que ocuparam a referida aldeia.

As autoridades hondurenhas declararam estado de emergência e denunciaram que as tropas nicaraguenses haviam invadido o território de Honduras. A mesma denúncia, mas em sentido contrário, foi feita por Luis Somoza em 1 de maio, data de sua posse, e seu primeiro ato de governo foi declarar guerra a Honduras.[5]

Em 27 de abril de 1957, o governo hondurenho enviou um contingente de 75 soldados sob o comando do capitão Arnaldo Gómez Alas e do subtenente Efraín Sanabria Rubio, para recuperar Morocón. Em 30 de abril de 1957, soldados hondurenhos cercaram os nicaragüenses e, após uma curta batalha, conseguiram desalojá-los. Um papel fundamental foi desempenhado pelas aeronaves recém-adquiridas da Força Aérea Hondurenha (FAH).

Segundo relatos jornalísticos da época, houve dois soldados hondurenhos mortos: o sargento Longino Sánchez Díaz e o cabo Gregorio Hernández, o sargento José Ovidio Palacios ficou ferido.[6] Por outro lado, a morte de 35 soldados nicaraguenses por hondurenhos nunca pôde ser confirmada. Fala-se de uma guerra de 23 dias, de 1 a 23 de maio, embora afirme-se que houve apenas um combate onde os dois exércitos trocaram tiros, com o lado hondurenho exultando como vencedor da referida contenda.[7]

Consequências

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O nacionalismo reacionário eclodiu em Honduras e na Nicarágua. As rádios, principal meio de comunicação, exacerbaram os sentimentos de guerra. Voluntários se alistaram para ir à guerra na fronteira. Ao mesmo tempo, ocorre a destruição da embaixada de Honduras em Manágua.[5]

Referências

  1. «GUERRA DE MOCORÓN». FUERZAS ARMADAS DE HONDURAS (em espanhol). Consultado em 11 de maio de 2022 
  2. «🛦 Honduras derrotó en "La Batalla de la Mosquitia" a Nicaragua, año de 1957». edu-honduras.info. Consultado em 12 de maio de 2022 
  3. «CENTROAMÉRICA.- La "guerra de Mocorón" en 1957 y la división de la nacion misquita». elsoca.org (em espanhol). Consultado em 11 de maio de 2022 
  4. revistadegira (28 de setembro de 2016). «La Guerra de Mocorón en 1957 [Capítulo 70]» (em espanhol). Consultado em 12 de maio de 2022 
  5. a b «Aggravation du conflit entre le Nicaragua et le Honduras» (em francês). Le Monde. 4 de maio de 1957. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2024 
  6. «Año De 1957 "La Batalla De La Mosquitia"». edu-honduras.info 
  7. «La guerra que nunca ocurrió». Magazine - La Prensa Nicaragua (em espanhol). 8 de julho de 2012. Consultado em 12 de maio de 2022