A guerra de fronteira etíope-somali de 1964 foi um conflito fronteiriço ocorrido entre os meses de fevereiro a abril de 1964, na região de Ogaden.[2][3]
Em 16 de junho de 1963, os guerrilheiros somalis iniciaram uma pequena insurgência em Hodayo, no leste da Etiópia, um local de irrigação ao norte de Werder, depois que o imperador etíope Haile Selassie rejeitou sua demanda por autogoverno no Ogaden. Inicialmente, o governo da Somália recusou-se a apoiar as forças guerrilheiras, que posteriormente chegariam a cerca de 3.000 homens. No entanto, em janeiro de 1964, depois que a Etiópia enviou reforços para Ogaden, as forças somalis iniciaram ataques terrestres e aéreos através da fronteira e começaram a prestar assistência aos guerrilheiros, mas pouco ou nenhum avanço foi feito e a guerra se tornou um conflito fronteiriço menor. A Força Aérea da Etiópia deu inicio a ataques punitivos em toda a sua fronteira sudoeste contra Feerfeer, a nordeste de Beledweyne e Galkacyo. Em 6 de abril de 1964, a Somália e a Etiópia concordaram com um cessar-fogo. No final do mês, os dois lados assinaram um acordo em Cartum, no Sudão, concordando em retirar suas tropas da fronteira, cessar a propaganda hostil e iniciar negociações de paz.[4]