Império Etíope
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Império Etíope | |||||||||||||||||||||||||
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![]() Etiópia em 1952 | |||||||||||||||||||||||||
Capital |
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Países atuais | |||||||||||||||||||||||||
Língua oficial | Amárico | ||||||||||||||||||||||||
Religião | Cristianismo ortodoxo | ||||||||||||||||||||||||
Negus | |||||||||||||||||||||||||
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Período histórico | |||||||||||||||||||||||||
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O Império Etíope, também conhecido como Abissínia,[1] foi um império que ocupou os presentes territórios da Etiópia e da Eritreia, existindo de aproximadamente 1270 (início da dinastia salomónica) até 1974, quando a monarquia foi deposta por um golpe de estado. Foi na sua época o mais antigo estado do mundo, e, além da Libéria, o único cuja independência resistiu com sucesso à Partilha de África pelas potências coloniais do século XIX.
História[editar | editar código-fonte]
Em 1270, Iecuno-Amelaque depôs Ietbaraque, o último rei do Reino Zagué, e fundou o Império Etíope.[2] Afirmava ser da linhagem dos neguses (reis) do Império de Axum e por conseguinte da de Salomão (daí o nome). A dinastia nasceu e foi governada pelos abexins, dos quais o nome Abissínia deriva.[3]
Os abexins reinaram com poucas interrupções desde 1270 até finais do século XX. É sob esta dinastia que a maioria da história da Etiópia se forma. Durante esta época, o império, virtualmente conquistou e incorporou todos os povos da moderna Etiópia e Eritreia. Repeliram com sucesso exércitos Árabes e Turcos e estabeleceram contactos produtivos com potências Europeias.
A Partilha de África e a Modernização[editar | editar código-fonte]
A década de 80 do século XIX foi marcada pela Partilha de África e pela modernização da Etiópia. De conflitos com a Itália resultou a Batalha de Adwa em 1896, onde os Etíopes surpreenderam o mundo ao derrotar a potência colonial e ao permanecerem independentes sob o reinado de Menelique II. A Itália e a Etiópia assinaram um tratado de paz provisório a 26 de outubro de 1896.
Invasão Italiana e Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]
Em 1935, soldados Italianos comandados pelo Marechal Emilio De Bono, invadiram a Etiópia (Segunda guerra ítalo-etíope). A guerra durou sete meses, tendo sido ganha pela Itália. A invasão foi condenada pela Sociedade das Nações, embora, tal como o Incidente de Mukden, pouco foi feito para acabar com as hostilidades. A Etiópia tornou-se parte da África Oriental Italiana até à sua libertação em 1941 pelas forças Aliadas no Norte de África.
A Etiópia ficou com a Eritreia após o fim da Segunda Guerra Mundial, que manteve até depois da dissolução da monarquia até à separação em 1993.
Tomada da Dergue[editar | editar código-fonte]
Em 1974 uma junta militar pró-Soviética marxista-leninista, a Dergue, liderada por Mengistu Haile Mariam, depôs Haile Selassie e estabeleceu um estado socialista de partido único. Haile Selassie foi aprisionado, vindo a morrer em circunstâncias pouco claras, possivelmente por lhe ter sido negado tratamento médico. Boatos contam que teria sido sufocado com um travesseiro com éter.[4]
Referências
- ↑ Wallis Budge, E. A. A History of Ethiopia. Nubia and Abyssinia. [S.l.]: Routledge. p. 7. ISBN 9781317649151
- ↑ Tamrat 1972, p. 68, nota 1.
- ↑ Pankhurst, Richard (2001). The Ethiopians: A History. Oxford: Blackwell Publishing. p. 45. ISBN 978-0-631-22493-8
- ↑ Jack, Ian (2001). Necessary Journeys. [S.l.]: Granta. p. 124. ISBN 978-1-929001-03-3
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Tamrat, Taddesse (1972). Church and State in Ethiopia. Oxônia: Imprensa Clarendon. ISBN 0-19-821671-8