Exército Britânico
Exército Britânico | |
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![]() Bandeira do Exército Britânico | |
País | ![]() |
Corporação | Exército |
Subordinação | Forças Armadas do Reino Unido |
Denominação | British Army |
Criação | 1707 |
Patrono | Monarquia do Reino Unido |
Logística | |
Efetivo | 81 500 militares (29 940 reservistas ativos) |
Comando | |
Chefe do Estado-maior | General Patrick Sanders |
Vice-Chefe do Estado-maior | Tenente-general Sharon Nesmith |

O Exército Britânico (em inglês: British Army) é o ramo de guerra terrestre das Forças Armadas do Reino Unido. Surgiu com a unificação dos reinos da Inglaterra e Escócia para formar o Reino da Grã-Bretanha em 1707. O novo exército britânico incorporou regimentos que já existiam na Inglaterra e na Escócia, e eram administrados pelo Departamento de Guerra de Londres. Tem sido gerenciado pelo Ministério da Defesa desde 1964.
Desde 2011, emprega 110 210 regulares (que inclui 3 860 da Brigada de Gurkhas) e 33 100 territoriais para um componente de força combinada de 143 310 soldados. Além disso, há 121 800 reservas regulares do exército britânico.[1][2]
O elemento de tempo integral do exército britânico também tem sido referido como Exército Regular (em inglês: Regular Army) desde a criação da Força Territorial de reservistas em 1908. O Exército Britânico está implantado em muitas das zonas de guerra do mundo, como parte de ambas as Forças Expedicionárias e Forças de manutenção da paz das Nações Unidas. O Exército Britânico está atualmente implantado no Kosovo, Chipre, Alemanha, Afeganistão, Iraque e muitos outros lugares.
Todos os membros do exército juram (ou afirmam) fidelidade ao monarca como comandante em chefe. No entanto, a Declaração de Direitos de 1689 (em inglês: Bill of Rights of 1689) exige o consentimento do parlamento para a Coroa manter um exército permanente, em tempos de paz. Assim, o parlamento aprova anualmente a existência contínua do exército.
Em contraste com a Royal Navy, Royal Marines e Royal Air Force, o exército britânico não inclui o termo Royal ("Real") em seu título. Muitos dos regimentos e corpos constituintes do exército obtiveram o termo "Real" e tem membros da família real ocupando posições sênior dentro de alguns regimentos.[3]
História[editar | editar código-fonte]


O Exército Britânico surgiu com a fusão do Exército Escocês e do Exército Inglês, após a unificação do Reino da Inglaterra e do Reino da Escócia, resultando no Reino da Grã-Bretanha em 1707. O novo Exército Britânico incorporou regimentos ingleses e escoceses existentes, e era controlado a partir de Londres.[4] Durante esse período, o exército britânico ficou conhecido principalmente como Casacas Vermelhas, devido à cor da roupa de seus soldados, extremamente treinados e bem armados, que tinha sido vitorioso nos cinco continentes. Esse modelo foi adotado até o final do século XIX, com a modernização do exército britânico. Desde o fim da Guerra dos Sete Anos em 1763, a Grã-Bretanha e seu sucessor, o Reino Unido, tem sido uma das principais potências militares e econômicas do mundo.[5]
Era pós-colonial[editar | editar código-fonte]

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Exército Britânico foi reduzido significativamente de tamanho, embora o Serviço Nacional tenha continuado até 1960.[6] Este período também viu o processo de descolonização começar com o fim da Índia Britânica, e a independência de outras colônias na África e Ásia. Consequentemente, a força do Exército foi ainda mais reduzida, em reconhecimento à reduzida participação Britânica nos assuntos mundiais, delineadas no Defense White Paper, em 1957.[7] Isto ocorreu, apesar de importantes ações como a Guerra da Coreia em 1950,[6] e a Guerra do Suez em 1956.[8] Um grande contingente de tropas britânicas também permaneceu na Alemanha, enfrentando a ameaça de invasão soviética.[9] O Exército Britânico do Reno foi a formação de guarnição da Alemanha, com a força de combate principal sendo o I Corpo. A Guerra Fria viu avanços tecnológicos significativos na guerra e o Exército viu sistemas de armas tecnologicamente mais avançados entrarem em serviço.[10]
Apesar do declínio do Império Britânico, o Exército ainda estava implantado em todo o mundo, lutando contra as guerras coloniais em Áden,[11] Chipre,[11] Quênia[11] e Malásia.[12] Em 1982, o Exército Britânico, ao lado dos Royal Marines, ajudou a recuperar as Ilhas Falklands durante a guerra contra a Argentina.[13]
Nas três décadas seguintes de 1969, o exército foi fortemente implantado na Irlanda do Norte, para apoiar o Royal Ulster Constabulary (mais tarde Serviço de Polícia da Irlanda do Norte), em seu conflito com grupos paramilitares republicanos, chamada Operação Banner.[14] O Regimento de Defesa Ulster de recrutados localmente foi formado, mais tarde tornando-se o Regimento Real Irlandês, em 1992. Mais de 700 soldados foram mortos durante os conflitos. Após o cessar-fogo do IRA, entre 1994 e 1996 e, desde 1997, a desmilitarização ocorreu como parte do processo de paz, reduzindo a presença militar de 30 mil para 5 mil soldados.[15] Em 25 de junho de 2007, o Segundo Batalhão Princesa de Gales do Regimento Real desocupou o complexo do Exército na Bessbrook Mill, em Armagh. Isto foi parte da "normalização" programada na Irlanda do Norte, em resposta ao fim declarado do IRA às suas atividades.[16]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «Table 2 - Strength of UK Armed Forces1 - full time trained and untrained personnel». Consultado em 7 de setembro de 2011. Arquivado do original em 6 de dezembro de 2011
- ↑ «Table 2.15 Strength of the Reserve Forces1, at 1 April each year». Consultado em 7 de setembro de 2011. Arquivado do original em 20 de novembro de 2012
- ↑ «FAQ: Oldest Regiment in the British Army». Consultado em 13 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2008
- ↑ The Union of the Parliaments 1707 Arquivado em 2 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. Learning and Teaching Scotland, accessed 2 September 2010
- ↑ Aptheker, Herbert (1960). The American Revolution, 1763-1783: a history of the American people: an interpretation. Col: History of the American people. 2. [S.l.]: International Publishers Co. p. 26. ISBN 0717800059
- ↑ a b Mallinson, p. 384
- ↑ Merged regiments and new brigading – many famous units to lose separate identity, The Times, 25 July 1957
- ↑ Mallinson, p. 407
- ↑ Mallinson, p. 440
- ↑ Mallinson, p. 442
- ↑ a b c Mallinson, p. 401
- ↑ Mallinson, p. 402
- ↑ «Falklands Surrender Document». Britains-smallwars.com. 14 de junho de 1982. Consultado em 28 de março de 2011. Arquivado do original em 1 de maio de 2011
- ↑ Mallinson, p. 411
- ↑ Army ending its operation in NI BBC News, 31 July 2007
- ↑ Troops pull out of Bessbrook Arquivado em 30 de setembro de 2011, no Wayback Machine. Operation Banner News, 25 June 2007