Mostrar código-fonte de Guiana

{{ver desambiguação}}
{{Coord|display=title|06|48||N|58|05||W|type=}}
{{Info/País
 |nome_nativo                  = <small>''Co-operative Republic of Guyana''</small>
 |nome_longo_convencional     = República Cooperativa da Guiana
 |nome_pt                      = Guiana
 |imagem_bandeira              = Flag of Guyana.svg
 |descrição_bandeira           = Bandeira da Guiana
 |leg_bandeira                 = [[Bandeira da Guiana|Bandeira]]
 |imagem_brasão                = Coat of arms of Guyana.svg
 |descrição_brasão             = 
 |leg_brasão                   = [[Brasão de armas da Guiana|Brasão de armas]]
 |lema                        = ''One People, One Nation, One Destiny'' <br /> ([[Língua inglesa|Inglês]]: "Um Povo, Uma Nação, Um Destino")
 |hino                        = ''[[Hino nacional da Guiana|Dear Land of Guyana, of Rivers and Plains]]'' <br />  [[Ficheiro:National Anthem of Guyana.ogg|noicon|center]]
 |localização                 = GUY orthographic.svg
 |gentílico                   = Guianês ou guianense
 |capital                     = [[Georgetown (Guiana)|Georgetown]]
 |latitude                    = 6°46′N
 |longitude                   = 58°10′W
 |maior_cidade                = Georgetown
 |língua_oficial              = [[Língua inglesa|Inglês]]
 |tipo_governo                = [[Presidencialismo|República presidencialista]]<ref>{{citar web|título=Preamble|nota=Preâmbulo|local=the Cooperative Republic of Guyana|data=20 de Fevereiro de 1980|url=http://pdba.georgetown.edu/Constitutions/Guyana/guyana96.html}}</ref>
 |título_líder1               = [[Lista de presidentes da Guiana|Presidente]]
 |nome_líder1                 = [[Irfaan Ali]]
 |título_líder2               = [[Lista de primeiros-ministros da Guiana|Primeiro-ministro]]/Primeiro vice-presidente
 |nome_líder2                 = [[Mark Phillips (político)|Mark Phillips]]
 |título_líder3               = Segundo vice-presidente
 |nome_líder3                 = [[Bharrat Jagdeo]]
 |evento_tipo                 = [[Independência]]
 |evento_nota                 = do [[Reino Unido]]
 |evento1                     = Data
 |evento_data1                = 26 de maio de 1966
 |área_total                  = 214 970
 |área_pos                    = 81
 |água_pc                     = 8,4%
 |população_estimada_ano      = 2023<ref name="pop">{{Citar web |título=Guyana Population |publicado=Worldometer|língua=en |url=https://www.worldometers.info/world-population/guyana-population/ |acessodata=2009-02-09 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090205134615/https://www.worldometers.info/world-population/guyana-population/ |arquivodata=2009-02-05 |urlmorta=yes }}</ref>
 |população_estimada          = {{fmtn|786793}}
 |população_estimada_pos      = 165
 |população_censo_ano         = 2012<ref name="pop2012">{{Citar web|língua=en |url=https://web.archive.org/web/20140806161129/https://statisticsguyana.gov.gy/wp-content/uploads/2019/10/Final_2012_Census_Count-1.pdf|título=Guyana 2012 Census|obra=GeoHive– Guyana|acessodata=2009-02-09 |arquivourl=https://statisticsguyana.gov.gy/wp-content/uploads/2019/10/Final_2012_Census_Count-1.pdf |data=6 de Agosto de 2014|arquivodata=2009-02-05 |urlmorta=yes }}</ref>
 |população_censo             = {{fmtn|746955}}
 |fronteira                   =  [[Brasil]]<br />[[Suriname]]<br />[[Venezuela]]
 |demog_densidade             = 3,5
 |densidade_pos               = 217
 |PIB_PPC_ano                 = 2023
 |PIB_total                   = 48,514 bilhões<ref name="IMFWEOGY">{{citar web |url=https://www.imf.org/en/Publications/WEO/weo-database/2023/October/weo-report?c=336,&s=NGDPD,PPPGDP,NGDPDPC,PPPPC,&sy=2020&ey=2028&ssm=0&scsm=1&scc=0&ssd=1&ssc=0&sic=0&sort=country&ds=.&br=1 |título=Base de dados do Outlook Económico Mundial |publicado=International Monetary Fund |website=IMF.org |lingua=inglês|acessodata=10 de outubro de 2023 }}</ref>
 |PIB_pos                     = 126
 |PIB_per_capita              = 20.564<ref name="IMFWEOGY"/>
 |PIB_per_capita_pos          = 48
 |IDH_ano                     = 2024
 |IDH                         = 0,742
 |IDH_pos                     = 95
 |IDH_categoria               = {{elevado}}<ref name="IDH">{{citar web|url=https://hdr.undp.org/system/files/documents/global-report-document/hdr2023-24reporten.pdf|titulo=[[Relatório de Desenvolvimento Humano]] 2023/2024|publicado=Programa de Desenvolvimento das Nações Unida|acessodata=7 de abril de 2024}}</ref>
 |esp_vida                    = 77,8
 |esp_vida_pos                = 128
 |mort_infantil               = 26,7
 |mort_infantil_pos           = 139
 |alfabetização               = 91
 |alfabetização_pos           = 19
 |moeda                       = [[Dólar guianense]]
 |moeda_ISO                   = GYD
 |fuso_horário                = 
 |diferença_UCT               = -4
 |fuso_horário_DST            = CEST
 |diferença_UCT_verão         = 
 |clima                       = 
 |código_país                 = GUY
 |tld                         = [[.gy]]
 |código_telef                = 592
 |website_governo             = https://op.gov.gy/
 |organizações                = [[ONU]], [[Comunidade das Nações]], [[OMC]], [[OEA]], [[CARICOM]]
 |preposição                  = 
 |mapa                        = Mapa_da_Guiana_(OCHA).svg
 |tamanho_mapa                = 250px
 |rodapé                      = 
}}
A '''Guiana''' ([[Imagem:Nuvola apps arts.svg|15px]] [https://pt.forvo.com/search/Guiana/ <small><small>PRONÚNCIA</small></small>]);<ref>{{Citar web|título = Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa|url= http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario?sid=23|obra = Academia Brasileira de Letras|acessadoem = 2015-12-13}}</ref> {{lang-en|''Guyana''}}, [[Imagem:Nuvola apps arts.svg|15px]] [https://pt.forvo.com/search/Guyana/en/ <small><small>PRONÚNCIA</small></small>]) ou '''Guyana''',<ref>{{Citar web|url=http://ufrr.br/ufrrantigo/noticias/3055|titulo=Professores ministram palestras na Guyana|acessodata=2016-06-23|obra=ufrr.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140802075418/http://ufrr.br/ufrrantigo/noticias/3055|arquivodata=2014-08-02|urlmorta=yes}}</ref><ref name=":1">{{citar web|url=http://dai-mre.serpro.gov.br/atos-internacionais/bilaterais/1974/b_15/at_download/arquivo|titulo=Acordo sobre Serviços Aéreos entre Brasil e Guyana|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160822122522/http://dai-mre.serpro.gov.br/atos-internacionais/bilaterais/1974/b_15/at_download/arquivo|arquivodata=2016-08-22|urlmorta=yes}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.boavista.rr.gov.br/noticias/2015/07/parceria-entre-escola-municipal-e-ifrr-proporciona-capacitacao-a-alunos|titulo=Universidade Federal de Roraima|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> oficialmente '''República Cooperativa da Guiana'''<ref name=":1" /><ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6436&Itemid=478&cod_pais=GUY&tipo=ficha_pais&lang=pt-BR|titulo=República Cooperativa da Guyana|acessodata=2016-06-23|obra=www.itamaraty.gov.br}}</ref><ref name="Constitution">{{Citar web|url=http://www.constitution.org/cons/guyana.htm|título=Constituição da Guyana}}</ref> (em inglês: ''Cooperative Republic of Guyana'' {{IPA-tudo|kɔ.ɔ.pɛ.raˈt̪iːvɛ reˈpublik ɔf ɡaɪˈɑːnə |pronunciado:}}), é um país no norte da [[América do Sul]]. O país é limitado pelo [[Oceano Atlântico]] ao norte, [[Brasil]] ao sul e sudoeste, [[Venezuela]] ao oeste e [[Suriname]] ao leste. Com uma área de {{fmtn|214970|km²}},<ref name=":3">{{citar web |url=https://www.un.int/guyana/guyana/country-facts |titulo=Country Facts: Guyana |acessodata=06/09/2021 |website=United Nations}}</ref> a Guiana é o terceiro menor [[estado soberano]] da América do Sul continental, depois do [[Uruguai]] e do [[Suriname]]. Com uma população estimada para 2020 de 786 559 habitantes,<ref name="pop" /> o país tem a [[Lista de países da América do Sul por população|segunda menor população do subcontinente]], atrás apenas do Suriname.<ref name="popsuth" />

A região conhecida como "as [[Guianas]]" consiste na grande massa de terra ao norte do [[Rio Amazonas]] e a leste do [[Rio Orinoco]], conhecida como "terra de muitas águas". Os principais rios da Guiana incluem o [[Orinoco|Rio Essequibo]], o [[Rio Berbice|Berbice]] e o [[Rio Demerara|Demerara]].<ref>{{Citar web|titulo=Private Detectives Guyana|url=https://www.abcipi.com/guyana.html|lingua=en|data=|acessodata=2020-05-06|publicado=www.abcipi.com|ultimo=|primeiro=}}</ref> Originalmente habitada por muitos grupos indígenas, a Guiana foi colonizada pelos [[Império Neerlandês|neerlandeses]] antes de ser transferida para o controle [[Império Britânico|britânico]] no final do [[século XVIII]]. Foi governada como [[Guiana Britânica]], com uma economia predominantemente de plantação até os anos 1950.<ref>{{Citar web|titulo=Guiana. Dados da Guiana|url=https://brasilescola.uol.com.br/geografia/guiana.htm|data=|acessodata=2020-05-06|publicado=brasilescola.uol.com.br|ultimo=Francisco|primeiro=Wagner de Cerqueria e}}</ref> Ela conquistou a independência em 1966 e tornou-se oficialmente uma [[república]] na [[Comunidade das Nações]] em 1970. O legado do domínio britânico se reflete na administração política do país e na população diversificada, que inclui grupos indianos, africanos, ameríndios e multirraciais.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=vt-vDwAAQBAJ&pg=PA453&lpg=PA453&dq=It+gained+independence+in+1966+and+officially+became+a+republic+in+the+Commonwealth+of+Nations+in+1970.+The+legacy+of+British+rule+is+reflected+in+the+country's+political+administration+and+diverse+population,+which+includes+Indian,+African,+Amerindian+and+multiracial+groups.&source=bl&ots=CpWfLKz7eZ&sig=ACfU3U1pA5w-LqNh9P4DIBeuv29fbPCcWA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj6ipmL2KDpAhWnEbkGHW9tAQcQ6AEwAXoECAoQAQ|título=Religion and Contemporary Politics: A Global Encyclopedia [2 volumes]|ultimo=Ph.D|primeiro=Timothy J. Demy|ultimo2=Ph.D|primeiro2=Jeffrey M. Shaw|data=2019-09-19|editora=ABC-CLIO|lingua=en}}</ref>

A Guiana é a única nação sul-americana em que o [[Língua inglesa|inglês]] é o [[idioma oficial]]. A maioria da população, no entanto, fala o [[Crioulo da Guiana|crioulo guianense]], uma [[língua crioula]] baseada no inglês, como primeira língua. A Guiana é considerada parte do [[Caribe anglófono]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=27JOMobauYAC&pg=PA178&lpg=PA178&dq=Guyana+is+the+only+South+American+nation+in+which+English+is+the+official+language.+The+majority+of+the+population,+however,+speaks+Guyanese+Creole,+a+Creole+dialect+based+on+English,+as+a+first+language.+Guyana+is+considered+part+of+the+English-speaking+Caribbean.&source=bl&ots=lVhSE3GN5t&sig=ACfU3U37Zi_82gH7HXc0oXiB1CER7Hdn-A&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwium9zY1aDpAhWUJLkGHT0uDEgQ6AEwCnoECAgQAQ#v=onepage&q=Guyana%20is%20the%20only%20South%20American%20nation%20in%20which%20English%20is%20the%20official%20language.%20The%20majority%20of%20the%20population,%20however,%20speaks%20Guyanese%20Creole,%20a%20Creole%20dialect%20based%20on%20English,%20as%20a%20first%20language.%20Guyana%20is%20considered%20part%20of%20the%20English-speaking%20Caribbean.&f=false|título=Encyclopedia of Linguistics|ultimo=Strazny|primeiro=Philipp|data=2013-02-01|editora=Routledge|local=|página=178|lingua=en}}</ref> A [[CARICOM]], da qual a Guiana é membro, está sediada na capital e na maior cidade do país, [[Georgetown (Guiana)|Georgetown]]. Em 2008, a Guiana aderiu à [[União de Nações Sul-Americanas]] como membro fundador.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=7fG_CgAAQBAJ&pg=PA8&lpg=PA8&dq=CARICOM,+of+which+Guyana+is+a+member,+is+headquartered+in+the+capital+and+the+country's+largest+city,+Georgetown.+In+2008,+Guyana+joined+the+Union+of+South+American+Nations+as+a+founding+member.&source=bl&ots=FkR5Jm4Kck&sig=ACfU3U1CUoia8MRP1-ivDTZ_PD5vIu3W3Q&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj3tMGF1qDpAhW4JrkGHcHrC0sQ6AEwC3oECAoQAQ|título=Guyana Electoral, Political Parties Laws and Regulations Handbook - Strategic Information, Regulations, Procedures|ultimo=|primeiro=|data=2015-10-17|editora=Int'l Business Publications|local=|página=8|lingua=en}}{{Ligação inativa}}</ref> Em 2017, 41% da população da Guiana vivia abaixo do [[limiar da pobreza]], com menos de 5,50 dólares por dia.<ref name=":2">{{Citar web |ultimo=Ferrarini |primeiro=Hélène |url=https://mondediplo.com/2020/09/12guyana |titulo=Guyana turns its back on its past |data=2020-09-01 |acessodata= |website=Le Monde diplomatique |publicado= |lingua=en}}</ref>

==Etimologia ==
O nome "Guiana" deriva de ''Guiana'', o nome original da região que anteriormente incluía a Guiana ([[Guiana Britânica]]), [[Suriname]] ([[Guiana Neerlandesa]]), [[Guiana Francesa]] e partes da [[Colômbia]], [[Venezuela]] e [[Brasil]]. De acordo com o ''[[Oxford English Dictionary]]'', a palavra "Guiana" vem de uma língua indígena dos povos Ameríndios e significa "terra de muitas águas".<ref>{{citar web| título= Guyana | publicado= Oxford Dictionaries |língua= en|acessodata = 4 de outubro de 2018 |url= https://web.archive.org/web/20150707214123/http://www.oxforddictionaries.com/us/definition/american_english/Guyana}}</ref>

== História ==
{{Artigo principal|História da Guiana}}

=== Povos nativos ===
Antes da chegada dos europeus, a região que é hoje conhecida como Guiana era habitada por tribos indígenas como: os [[Uaiuais]], [[Macuxi]], [[Patamona]], [[Galibis]], [[Uapixanas]], [[Pemon]], [[Capons]] e [[Waraos]].<ref>{{citar web|língua=en|url=http://www.amerindian.gov.gy/discover/tribes/index.html |título=Ministry of Amerindian Affairs – Georgetown, Guyana |publicado=Amerindian.gov.gy |urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130602173603/http://www.amerindian.gov.gy/discover/tribes/index.html|arquivodata=3 de novembro de 2013}}</ref>

=== Colonização europeia ===
[[Ficheiro:Guiana Neerlandesa entre 1667 a 1814.png|thumb|left|Um mapa da [[Guiana Neerlandesa]] de 1667 a 1814]]

Embora [[Cristóvão Colombo]] tenha sido o primeiro europeu a avistar a Guiana durante sua terceira viagem (em 1498), e [[Walter Raleigh]] tenha escrito uma carta em 1596, os [[neerlandeses]] foram os primeiros europeus a estabelecer colônias no local, mas seu controle sobre a área cessou quando os britânicos assumiram o controle em 1796. Em 1815, as colônias de [[Guiana Essequiba|Essequiba]], [[Demerara]] e [[Berbice]] foram oficialmente entregues à [[Grã-Bretanha]] no [[Congresso de Viena]] em 1796,<ref>{{citar web|título=South America 1744–1817  by Sanderson Beck|url=https://web.archive.org/web/20170101025206/http://www.san.beck.org/13-1a-SouthAmerica.html#a11|língua=en|acessodata=19 de dezembro de 2019}}</ref> os neerlandeses cederam formalmente a área em 1814. Em 1831, as três colônias separadas se tornaram uma única colônia britânica conhecida como [[Guiana Britânica]].<ref>{{citar web|url=https://www.britannica.com/place/Guyana|título=Guyana|obra=Encyclopædia Britannica|língua=en|acessodata=19 de dezembro de 2019}}</ref> Desde que conquistou sua [[Ata da Declaração de Independência da Venezuela|independência]] em 1824, a [[Venezuela]] reivindicou a área de terra a oeste do [[Rio Essequibo]]. [[Simón Bolívar]] escreveu ao governo britânico alertando contra os colonos de Berbice e Demerara que se estabeleceram em terras que os venezuelanos, como herdeiros de reivindicações espanholas na área durante o século XVI, reivindicavam ser deles. Em 1899, um tribunal internacional determinou que a terra pertencia à Grã-Bretanha.<ref>{{citar web|url=https://infopetro.wordpress.com/2018/02/21/o-conflito-limitrofe-entre-venezuela-e-guiana-pelo-territorio-esequibo-e-suas-recentes-implicacoes-na-geopolitica-petrolifera/|título=O conflito limítrofe entre Venezuela e Guiana pelo território Esequibo e suas recentes implicações na geopolítica petrolífera|obra=WordPress.com|língua=|acessodata=19 de dezembro de 2019}}</ref>
[[Imagem:Boundary_lines_of_British_Guiana_1896.jpg|thumb|upright|Mapa da [[Guiana Britânica]] em 1896.]]

A reivindicação territorial britânica decorreu do envolvimento neerlandês e da colonização da área que ocorreu no século XVI, foi cedida aos britânicos. Após a [[Cronologia da abolição da escravidão e servidão|abolição da escravidão]] em 1834, os trabalhadores foram trazidos principalmente da [[Índia]], [[Portugal]] e [[China]], para substituir os escravos que haviam trabalhado anteriormente nas plantações de açúcar. Isso foi interrompido pelos britânicos em 1917.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=FetJAQAAMAAJ&pg=PA3&lpg=PA3&dq=After+the+abolition+of+slavery+in+1834,+workers+were+brought+mainly+from+India,+Portugal+and+China,+to+replace+the+slaves+who+had+previously+worked+on+the+sugar+plantations.+This+was+stopped+by+the+British+in+1917.&source=bl&ots=6pSG20816y&sig=ACfU3U2l4lqyaFZKGqCjHL5EFeLjoZYzSg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjqv9Ow2KDpAhWjIbkGHVDZAWgQ6AEwAHoECAUQAQ|título=Background Notes, Guyana|data=1994|editora=U.S. Department of State, Bureau of Public Affairs, Office of Public Communication|lingua=en}}</ref> Muitos dos ex-escravos afro-guianenses se mudaram para as cidades onde se tornaram o maior grupo étnico, enquanto os Indo-guianenses se tornaram o maior grupo no campo.<ref>{{Citar web|titulo=Guiana, República, País, Capital, Cidade, História|url=https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/guiana|data=2016-06-09|ultimo=|acessodata=2020-05-06|publicado=www.portalsaofrancisco.com.br|primeiro=}}</ref> Um sistema de 1862 para recuperar trabalhadores negros de origem estadunidense não obteve êxito. O pequeno grupo de Indígenas da Guiana ficaram restritos ao interior da então colônia.<ref name="background">{{citar web|url=http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/1984.htm |título=U.S. Department of State -  Background Note: Guyana (05/07) |data=2007-11-25 |língua=inglês |acessodata=3 de outubro de 2011}}</ref>

A rebelião de escravos, como a liderada pelo herói nacional da Guiana, [[Cuffy (rebelde da Guiana)|Cuffy]], em 1763, mostrou um desejo por direitos fundamentais, mas também um desejo de negociar.<ref name=Kanuku/> A inquietação racial politicamente influenciada entre os afroguianenses e os indoguianenses ocorreu entre 1962 a 1964 e após as eleições de 1997 e 2000. A atitude basicamente conservadora e cooperativa na sociedade guianense geralmente contribuiu para esfriar as tensões racistas, mas ainda é o maior problema social do país.<ref name=Kanuku>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=ISssHyssa2gC&pg=PA260&lpg=PA260&dq=The+Kanuku+Mountains+Guyana+-+Kirk+Smock&source=bl&ots=ACWlDxS3wb&sig=ACfU3U16571Eq_zDWkCmjGng7JBfmGRJqg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj82dO6s6DpAhXoHrkGHY0WAKMQ6AEwAHoECAoQAQ#v=onepage&q=The%20Kanuku%20Mountains%20Guyana%20-%20Kirk%20Smock&f=false|autor=Kirk Smock|titulo=Guyana|editora=EDUFBA |data=2009|pagina=288 |acessodata= 1 de novembro de 2016|isbn=978-85-2320-885-1}}</ref>

O primeiro partido político moderno no país foi o [[Partido Popular Progressista]] (PPP), formado em 1º de janeiro de 1950 com [[Forbes Burnham]], um afroguianense de formação britânica, como presidente; [[Cheddi Jagan]], um indoguianense com educação americana como vice-presidente, e sua esposa, [[Janet Jagan]], nascida nos EUA, como Secretária-Geral. O PPP obteve 18 dos 24 assentos na primeira eleição parlamentar permitida pelo governo colonial em 1953, e Cheddi Jagan tornou-se presidente e ministro da Agricultura do governo. Cinco meses depois, em 9 de outubro de 1953, os britânicos cancelaram a constituição e enviaram soldados para a área porque, como declararam, Jagan e o PPP planejavam fazer da Guiana um [[estado comunista]]. Esses eventos levaram a uma divisão dentro do PPP, onde Burnham deixou o partido e formou o Congresso Nacional do Povo (PNC).<ref name="background"/>

As eleições foram novamente permitidas em 1957 e 1961, e o partido de Jagan venceu as duas eleições, com 18% dos votos em 1957 e 43% em 1961. Cheddi Jagan se tornou o primeiro primeiro-ministro da Guiana Britânica, cargo que ocupou por sete anos.<ref>{{Citar web|titulo=Guyana (12/07)|url=https://2009-2017.state.gov/outofdate/bgn/guyana/96704.htm|data=|acessodata=2020-05-06|publicado=2009-2017.state.gov|ultimo=|primeiro=}}</ref>

=== Independência ===
[[Imagem:Cheddi_Jagan_Anefo.jpg|thumb|esquerda|upright|[[Cheddi Jagan]], amplamente considerado o ''[[Pai da Pátria]]''<ref name=Obit>Larry Rohter, [https://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C02E2DA1030F934A35750C0A961958260 "Cheddi Jagan, Guyana's Founder, Dies at 78"], ''The New York Times'', 7 March 1997.</ref> da Guiana.]]Em uma conferência constitucional em [[Londres]] em 1963, o [[governo britânico]] concordou em declarar a colônia independente, mas somente após outra eleição em que uma representação proporcional seria introduzida pela primeira vez. Considerou-se que este sistema reduziria o número de cadeiras para o PPP e impediria que o partido obtivesse uma maioria única no Parlamento. As eleições de dezembro de 1964 deram ao PPP 46% dos votos, PNC 41% e United Force (TUF), um partido conservador 12%. O TUF votou na Assembleia de [[Forbes Burnham]], que se tornou Primeiro Ministro.<ref name="background" />

A Guiana conquistou a independência em 23 de fevereiro de 1970, no aniversário da revolta de escravos de Cuffy. De dezembro de 1964 até sua morte em agosto de 1985, Burnham governou a Guiana cada vez mais [[autocrática]], primeiro como primeiro-ministro e depois, após a introdução de uma nova constituição em 1980, como presidente executivo. Durante esse período, observadores estrangeiros consideraram enganosas as eleições no país. Os direitos humanos e civis foram suprimidos e dois assassinatos políticos notáveis ocorreram; O padre jesuíta e jornalista Bernard Darke em julho de 1979, bem como o historiador e líder do partido político da WPA, Walter Rodney, em julho de 1980. Acredita-se que as pessoas com conexões com Forbes Burnham estejam por trás das duas mortes.<ref name="background"/>

Após a morte de Burnham, em 1985, o primeiro-ministro [[Desmond Hoyte]] assumiu o cargo e foi formalmente eleito em dezembro nas eleições nacionais de 1985. Em 5 de outubro de 1992, uma nova Assembleia Nacional e Conselhos Regionais foram eleitos nas primeiras eleições desde 1964, consideradas internacionalmente democráticas e justas. Cheddi Jagan prestou juramento presidencial em 9 de outubro de 1992.<ref name="background"/>

Quando o Presidente Jagan morreu em março de 1997, ele foi substituído pelo Primeiro Ministro [[Sam Hinds]], de acordo com as disposições constitucionais. A viúva do presidente Jagan, Janet Jagan, foi eleita presidente em dezembro de 1997. Ela renunciou devido a problemas de saúde em agosto de 1999 e sucedeu ao ministro das Finanças [[Bharrat Jagdeo]], que havia se tornado primeiro-ministro um dia antes.<ref name="background"/>

=== Século XXI ===
As eleições nacionais foram realizadas em 19 de março de 2001. O atual presidente Jagdeo foi reeleito depois de receber 90% dos votos. Ele foi reeleito nas eleições de 28 de agosto de 2006, a primeira eleição pacífica em mais de 20 anos.<ref name="background"/>

Na noite de sábado, 26 de janeiro de 2008, onze moradores, incluindo pelo menos cinco crianças, foram mortos a tiros na pequena vila de Lusignan. Milhares de moradores da região protestaram com manifestações violentas. O presidente Jagdeo acusou os homens por trás do massacre de espalhar descrença entre os vários grupos étnicos do país. O criminoso Rondell Rawlins foi um dos suspeitos por trás do ato.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20090117214939/https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080228_ams_guiana_dg.shtml|publicado=[[BBC Brasil]] |título='De costas' para América do Sul, Guiana vive crise étnica |data=10 de março de 2008|urlmorta=yes|arquivourl=https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080228_ams_guiana_dg.shtml|arquivodata=17 de janeiro de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20090324070610/https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/mundo/online/lider-de-gangue-mata-5-policiais-e-7-civis-na-guiana-1.947332?page=6|publicado=[[Diário do Nordeste]] |título=Líder de gangue mata 5 policiais e 7 civis na Guiana|data=18 de Fevereiro de 2008|urlmorta=yes|arquivourl=https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/mundo/online/lider-de-gangue-mata-5-policiais-e-7-civis-na-guiana-1.947332?page=6|arquivodata=24 de março de 2009}}</ref> Rondell Rawlins foi morto a tiros em 28 de agosto de 2008 pelos militares guianenses.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20130927170118/http://www.guyana.org/Rawlins_Skinny_Death.html|publicado=Guyana.org |título=Rondell ‘Fineman’ Rawlins laid to rest|data=18 de Fevereiro de 2008|urlmorta=yes|arquivourl=http://www.guyana.org/Rawlins_Skinny_Death.html|arquivodata=27 de setembro de 2013}}</ref>

Em 2023 foi realizado um referendo na [[Venezuela]] para uma possível invasão da região de Essequibo, criando tensões entre os dois países.<ref>{{Citar web|ultimo=Shortell|primeiro=David|url=https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/referendo-da-venezuela-hoje-sobre-anexar-regiao-da-guiana-levanta-preocupacao-de-conflito/|titulo=Referendo da Venezuela hoje sobre anexar região da Guiana levanta preocupação de conflito|acessodata=2023-12-06|website=CNN Brasil}}</ref>

== Geografia ==
===Topografia ===
[[Ficheiro:Guyana BMNG.png|thumb|upright|direita|[[Imagem de satélite]] do território guianense.]]
[[Imagem:Guyana_relief_location_map.jpg|upright|thumb|[[Mapa topográfico]] da Guiana.]]
A Guiana tem aproximadamente {{fmtn|214970}}<ref name=":3" /> [[quilômetros quadrados]]<ref name="background"/> e fica entre as 1ª e 9ª [[latitude]]s e as 56ª e 62ª [[longitude]]s.<ref>[https://www.mapsofworld.com/lat_long/guyana-lat-long.html Guyana Latitude and Longitude Map] {{Wayback|url=https://www.mapsofworld.com/lat_long/guyana-lat-long.html |data=20070620130055 }}</ref> A costa [[Oceano Atlântico|atlântica]] do nordeste tem 430 quilômetros de extensão. A Guiana localiza-se ao norte do [[hemisfério ocidental]]. Localiza-se na região do norte da [[América do Sul]] e limita-se com a [[Venezuela]] no oeste, [[Brasil]] ao sul e oeste, [[Suriname]] ao leste. A Guiana consiste em três principais zonas geográficas: as [[Planície costeira|planícies costeiras]], a faixa de areia branca e as terras altas.<ref name="terrain">[https://archive.is/20121213102110/lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+gy0029) Federal Research Division Library of Congress - A Country Study: Guyana], Terrain</ref>

As planícies costeiras compõem cinco por cento da área do país e compreendem noventa por cento da população da Guiana. As planícies têm entre cinco e seis quilômetros de largura e se estendem do [[Rio Corentyne]], no leste, até a [[Fronteira Guiana–Venezuela|fronteira com a Venezuela]], no noroeste.<ref name="terrain"/> As planícies consistem principalmente de [[lama]] de [[chorume]] que é levada para o mar através do [[Rio Amazonas]] e depois ao norte pelas [[Corrente oceânica|correntes oceânica]]s para finalmente fixasse nas praias da Guiana. A [[argila]] assenta como uma camada sobre as praias brancas e a argila que provém da erosão do interior do [[Leito aquático|leito]] rochoso e que foi trazida ao mar pelos rios do país. Como grande parte das planícies costeiras é inundada por [[maré]]s, [[barragens]] e [[drenagem|drenagens]] da área estão em andamento desde o [[século XVIII]].<ref name="terrain"/>

A Guiana não possui costa ou praias de areia bem definidas. Mais perto do mar, o terreno diminui gradualmente de altura até consistir em áreas de [[pântano]]s. Entre o limite da planta e o mar, há uma área de barro, margens rasas e arenosas. De [[Nova Amsterdã]], essas áreas de lama se estendem por quase 25 quilômetros. Os bancos de areia e a fundação são um obstáculo para o transporte de navios e os barcos precisam descarregar parcialmente a carga se quiserem chegar aos portos de Georgetown e Nova Amsterdã.<ref name="terrain"/> Uma área de pântano forma uma barreira entre as colinas de areia branca do interior e as planícies costeiras. Esses pântanos, formados quando a água foi impedida de inundar as culturas costeiras através de uma série de lagoas, servem como reservas de água durante os períodos secos.<ref name="terrain"/> O cinturão de areia branca está localizado ao sul da área costeira. Esta área é de 150 a 250 quilômetros de largura e consiste em colinas baixas de areia misturadas com [[falésia]]s. Na areia branca cresce uma densa floresta de árvores de [[folha caduca]], mas a areia não fornece proteção apenas para as rochas, portanto, se as árvores desaparecem, a [[erosão]] se torna rápida e difícil. A maioria das reservas de [[bauxita]], [[ouro]] e [[diamante]] do país está nesta região.<ref name="terrain"/>

A maior das três áreas geográficas da Guiana é o interior das terras altas, que consiste em uma série de montanhas e savanas que se estendem da faixa de areia até a fronteira sul do país. As montanhas da [[Serra de Pacaraima]] dominam a parte ocidental das terras altas. Nesta região, existem algumas das rochas sedimentares mais antigas do hemisfério ocidental. A montanha [[Monte Roraima]], na fronteira com a Venezuela, faz parte das montanhas Pacaraima e é, com seus 2 762 metros, a montanha mais alta em solo guianense. Mais ao sul está o planalto de Kaieteur, uma área ampla e rochosa a cerca de 600 metros acima do nível do mar. As montanhas mais baixas do [[Serra do Acarí|Acarí]] estão localizadas na [[Fronteira Brasil–Guiana|fronteira sul com o Brasil]].<ref name="terrain"/> Grande parte do planalto consiste em [[Pasto|pastagens]], a maior delas é o Mar [[Rio Rupununi|Rupununi]], cobrindo cerca de 15 000 quilômetros quadrados no sul da Guiana e também se estendendo para a Venezuela e o Brasil. Na Guiana, a savana das montanhas Kanuku é dividida nas regiões norte e sul. A grama esparsa da savana geralmente permite que ela seja usada apenas como pasto, embora os grupos [[ameríndio]]s tenham cultivos ao longo do Rio Rupununi e ao pé das montanhas Kanuku.<ref name="terrain"/>

===Hidrografia ===
[[Imagem:Essequibo River.jpg|thumb|esquerda|upright=1.2|Vista do [[Rio Essequibo]].]]
A Guiana é um país rico em água. Os muitos rios correm para o [[Oceano Atlântico|Atlântico]], geralmente em direção norte. No entanto, vários rios no oeste da Guiana [[Drenagem|drenam]] o planalto de Kaieteur e, portanto, fluem na direção oeste para o [[Rio Essequibo]].<ref name="hydrology"/> Essequibo, o maior rio do país, flui na fronteira [[Fronteira Brasil–Guiana|guiano-brasileira]] ao sul para um grande [[delta]] a oeste de Georgetown. Os rios no leste da Guiana atravessam a área costeira, dificultando a viagem entre o leste e o oeste, bem como o interior. As cachoeiras geralmente limitam as opções de transporte para as partes mais baixas dos rios. Algumas cachoeiras são muito altas, como as da [[Cataratas de Kaieteur]], que, com seus 226 metros de altura de queda, é quatro vezes mais alta que as [[Cataratas do Niágara]].<ref name="hydrology">[https://archive.is/20121213094000/lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+gy0030) Federal Research Division Library of Congress - A Country Study: Guyana], Hydrology</ref>

A drenagem na maior parte da Guiana é pobre e os rios correm lentamente devido à baixa inclinação, que é de apenas um metro a cada cinco quilômetros. Pântanos e áreas com inundações periódicas são encontrados em todo o país, exceto nas regiões montanhosas. Todos os novos projetos de terra requerem extensas redes de drenagem antes de poderem ser utilizadas na agricultura. A média por quilômetro quadrado para a plantação de açúcar é de seis quilômetros de canos de [[irrigação]], dezoito quilômetros de grandes drenagens e dezoito quilômetros de pequenos drenos.<ref name="hydrology"/> Esses canais representam quase um oitavo de um campo médio de açúcar. Algumas das maiores propriedades possuem mais de 550 quilômetros de canais e, na Guiana, existem mais de {{fmtn|8000}} quilômetros. Georgetown está abaixo do [[nível do mar]] e depende das valas que protegem o [[Rio Demerara]] e o Oceano Atlântico.<ref name="hydrology"/>
[[Imagem:Kaieteur_Falls_Aerial_02.jpg|thumb|Vista aérea das [[Cataratas de Kaieteur]].]]

Os quatro rios mais longos no território guianense são o [[Rio Essequibo|Essequibo]], com {{fmtn|1010}} quilômetros de extensão, seguido pelo [[Rio Corentyne]], com 724 quilômetros, o [[Rio Berbice|Berbice]], com 595 quilômetros, e o [[Rio Demerara|Demerara]], com 346 quilômetros,<ref>[https://www.thingsguyana.com/things-you-didnt-know-about-the-rivers-in-guyana/ Things You Didn’t Know About The Rivers In Guyana!] {{Wayback|url=https://www.thingsguyana.com/things-you-didnt-know-about-the-rivers-in-guyana/ |data=20070620130055 }} ''[HingsGuyana]''</ref> Na foz do Essequibo existem várias ilhas, incluindo a Shell Beach, com 145 quilômetros de largura, ao longo da costa noroeste, que também é uma importante área de reprodução de [[tartaruga marinha|tartarugas marinha]]s e outros animais selvagens.<ref>{{Citar web|url=https://www.seafoodsource.com/news/environment-sustainability/majority-of-guyana-s-small-scale-fishermen-do-not-use-turtle-excluders|titulo=Majority of Guyana's small-scale fishermen do not use turtle excluders|língua=en|acessodata=3 de janeiro de 2017|obra=SeafoodSource.com|publicado=TalkTalk|ultimo=|primeiro=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150107143202/https://www.seafoodsource.com/news/environment-sustainability/majority-of-guyana-s-small-scale-fishermen-do-not-use-turtle-excluders|arquivodata=7 de janeiro de 2015}}</ref>

A Guiana assinou a Convenção sobre a proteção do tratado do [[patrimônio cultural]] e natural do mundo em 1977, o primeiro país sul-americano a fazê-lo. Em meados da [[década de 1990]], a Guiana iniciou o processo de seleção de locais para indicação de [[Patrimônio Mundial]], e foram considerados três locais: As [[cataratas de Kaieteur]], a Ilha Shell Beach, a Catedral Anglicana de St. Georges. Em 1997, o trabalho no Parque Nacional Kaieteur foi iniciado. Até o momento, no entanto, o país não fez uma indicação bem-sucedida.<ref name="patrimonio">{{citar web|url=http://www.guyanapnc.org/world-heritage-sites-in-guyana/|título=World Heritage Sites in Guyana|língua=en|acessodata=02-10-2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110717201141/http://www.guyanapnc.org/world-heritage-sites-in-guyana/|arquivodata=2011-07-17|urlmorta=yes}}</ref>

A Guiana enviou o Parque Nacional Kaieteur, incluindo as Cataratas Kaieteur, à [[UNESCO]] como sua primeira indicação ao Patrimônio Mundial. A área proposta e seus arredores têm algumas das zonas de vida mais diversificadas do país, com um dos níveis mais altos de espécies endêmicas encontradas na América do Sul. As Cataratas Kaieteur são a característica mais espetacular do parque, com uma distância de 226 metros. A nomeação do Parque Nacional Kaieteur como Patrimônio Mundial não foi bem-sucedida, principalmente porque a área era vista pelos avaliadores como muito pequena, especialmente quando comparada à [[Reserva Natural do Suriname Central|Reserva Natural Central do Suriname]], que acabara de ser nomeada como Patrimônio Mundial em 2000. O dossiê foi então devolvido à Guiana para revisão.<ref name="unesco">{{citar web|url=https://www.education.gov.gy/web/index.php/unesco/item/748-minister-of-education-addressed-unesco-s-37th-general-conference-in-paris|título=Minister of Education Addressed UNESCO’s 37th General Conference in Paris|língua=en|acessodata=02-10-2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110717201141/https://www.education.gov.gy/web/index.php/unesco/item/748-minister-of-education-addressed-unesco-s-37th-general-conference-in-paris|arquivodata=2011-07-17|urlmorta=yes}}</ref>

===Clima ===
[[Imagem:Koppen-Geiger_Map_GUY_present.svg|esquerda|thumb|Guiana segundo a [[classificação climática de Köppen-Geiger]]]]
A Guiana tem um [[clima tropical]] no norte e clima equatorial no sul. O clima tropical com temperaturas quase uniformemente altas, alta umidade e muita chuva. As variações sazonais de temperatura são pequenas, especialmente no litoral. Mesmo que a temperatura não se torne perigosamente alta, a combinação de calor e umidade pode ser periodicamente opressiva. Toda a área é afetada pelos [[Alísios|ventos]] do nordeste e, no meio do dia e à tarde, a brisa do mar chega sobre a costa. Já o clima equatorial registra médias de chuva anuais muito altas passando de 2000 mm.<ref name="climate">{{citar web|url=https://archive.is/20121213103427/lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+gy0031)|titulo=Federal Research Division Library of Congress - A Country Study: Guyana - Climate|publicado=Library of Congress Country Studies|acessodata=7 de maio de 2020|data=2010}}</ref>

As temperaturas em Georgetown são relativamente constantes, com uma temperatura média mais alta durante o mês mais quente de julho a 32&nbsp;[[Grau Celsius|°C]] e a temperatura mais baixa de 24&nbsp;°C. Em fevereiro, o mês mais frio, a temperatura média está entre 29&nbsp;°C e 23&nbsp;°C. A temperatura mais alta medida na capital é 34&nbsp;°C e a mais baixa 20&nbsp;°C. Umidade média de 70% ao longo do ano. As áreas interiores têm variações significativamente maiores nas temperaturas diurnas e noturnas de até 12&nbsp;°C. A umidade é um pouco menor em média 60%.<ref name="climate"/>

A precipitação é maior no noroeste e mais baixa no sudeste e interior. A costa média perto da fronteira com a Venezuela é de cerca de 250 centímetros, mais a leste, em Nova Amsterdã, 200 centímetros, e no mar Rupununi, no sul da Guiana, 150 centímetros. As áreas no lado nordeste das montanhas, expostas a rajadas de vento, podem receber uma quantidade de [[Precipitação (meteorologia)|precipitação]] de 350 centímetros por ano. A chuva ocorre durante todo o ano, mas cerca de 50% da precipitação anual cai durante a estação chuvosa do verão de maio a julho, ao longo da costa e de abril a setembro, no interior. As áreas costeiras têm um período chuvoso adicional entre novembro e janeiro. A chuva geralmente cai à tarde ou durante tempestades. Os dias com muito vento são incomuns, a maioria dos dias tem entre quatro e oito horas de sol entre manhã e tarde.<ref name="climate"/>

=== Meio ambiente e biodiversidade ===
[[Ficheiro:Opisthocomus_hoazin.jpg|thumb|O [[Jacu-cigano]] é o pássaro nacional da Guiana.]]
A Guiana possui a maior biodiversidade entre os países da [[CARICOM]] e assinou um acordo de cooperação na [[região amazônica]].<ref>{{citar web|url=https://www.bbc.com/news/world-latin-america-49609702|título=Amazon fires: Seven countries sign forest protection pact|língua=en|acessodata=02-10-2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110717201141/https://www.bbc.com/news/world-latin-america-49609702|arquivodata=2011-07-17|urlmorta=yes|obra=[[BBC News]]|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> O país é uma das cinco áreas mais arborizadas do mundo e o desmatamento no país é inexistente.<ref>{{citar web|url=https://www.regjeringen.no/en/topics/climate-and-environment/climate/climate-and-forest-initiative/kos-innsikt/guyana/id734164/ |título=Guyana|língua=en|acessodata=02-10-2007}}</ref> Em agosto de 1994, o país ratificou a Convenção sobre Diversidade Biológica, que foi o resultado da [[Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento]] em junho de 1992. A Guiana vê em sua estratégia nacional a biodiversidade como importante para objetivos agrícolas, genéticos, sociais, econômicos, científicos e estéticos.<ref>{{citar web|url=https://www.cbd.int/doc/world/gy/gy-nbsap-v3-en.pdf|título=Guyana - Secretariat of the Convention on Biological Diversity|língua=en|acessodata=02-02-2020}}</ref>

Os seguintes ''[[habitat]]s'' foram categorizados para a Guiana: costeira, marinha, litoral, estuarina palustrina, manguezal, ribeirinha, lacustre, pântano, savana, floresta de areia branca, floresta de areia marrom, montana, floresta de nuvens, floresta montanhosa, nuvem, planície úmida e florestas de matagal perene (NBAP 1999). Cerca de 14 áreas de interesse biológico foram identificadas como possíveis pontos de acesso para um Sistema Nacional de Áreas Protegidas. Mais de 80% da Guiana ainda está coberta por florestas, essas florestas também contêm as [[orquídea]]s mais raras do mundo variando de florestas verdes e [[sazonais]] secas a florestas tropicais montanhosas e de baixa altitude. Essas florestas abrigam mais de mil espécies de árvores. O clima tropical da Guiana, geologia única e ecossistemas relativamente primitivos apóiam extensas áreas de florestas tropicais ricas em espécies e ''habitats'' naturais com altos níveis de [[endemismo]]. Aproximadamente oito mil espécies de plantas ocorrem na Guiana, metade das quais não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo. A Guiana tem um dos mais altos níveis de [[biodiversidade]] do mundo. Com 1.168 espécies de vertebrados e 814 espécies de aves, possui uma das mais ricas espécies de [[fauna]] de [[mamífero]]s de qualquer área de tamanho comparável do mundo. A região do [[Planalto das Guianas]] é pouco conhecida e extremamente rica em termos biológicos. Ao contrário de outras áreas da América do Sul, mais de 70% do ''habitat'' natural permanece intocado.<ref>{{citar web|url=https://myadventuresacrosstheworld.com/wildlife-in-guyana/|titulo=Wildlife in Guiana|data=14-08-2018|acessodata=07-05-2020|publicado=My adventure across the word|ultimo=Tavani|primeiro=Claudia}}</ref> A rica história natural da Guiana Britânica foi descrita pelos primeiros exploradores Sir Walter Raleigh e Charles Waterton e mais tarde pelos naturalistas Sir David Attenborough e Gerald Durrell.<ref>{{citar jornal|língua=en|título=Guyana Best Nature Explorer|url=https://www.toursexplore.com/south-america/guyana-nature-explorer|obra=Tours of Exploration|acessodata=4 de maio de 2020|arquivourl=https://archive.today/20121211061848/https://www.toursexplore.com/south-america/guyana-nature-explorer|arquivodata=2012-12-11|urlmorta=yes}}</ref>

[[Ficheiro:Golden frog Kaieteur (2).jpg|thumb|esquerda|''[[Anomaloglossus beebei]]'', espécie de anfíbio específico das Guianas.]]
A diversidade de plantas suporta diversas espécies animais, recentemente documentadas por uma pesquisa biológica organizada pela Conservation International.<ref>{{citar web|url=https://www.conservation.org/docs/default-source/publication-pdfs/ci_konashen_coca_biodiversity_booklet.pdf?Status=Master&sfvrsn=39394a3e_3 |título=Biodiversity in the Konashen Community-Owned |língua =en|acessodata = 5 de dezembro de 2018 }}</ref> As águas supostamente limpas e não poluídas da bacia hidrográfica de Essequibo sustentam uma notável diversidade de [[peixe]]s e [[invertebrado]]s [[Água|aquáticos]] e abrigam [[ariranha]]s, [[capivara]]s e várias espécies de [[jacaré]]s.<ref>{{citar web|url=http://collection.cooperhewitt.org/countries/23424836/ |título=Gyana |língua =en |acessodata = 5 de dezembro de 2018 }}</ref> Em terra, grandes mamíferos, como [[Panthera onca|onças]], [[Anta-brasileira|antas]], [[Cerdocyon thous|cães do mato]], [[Tamanduá-bandeira|tamanduás]] gigantes e [[Pithecia|macacos saki]] ainda são comuns.<ref name=livro>{{citar livro|url=https://www.scielo.br/pdf/bn/v11n3/a21v11n3.pdf|autor=Robert Stuart|autor2=Alexander Pickles|autor3=Niall Patrick McCann1|autor4=Ashley Peregrine Holland|titulo=Mammalian and avian diversity of the Rewa Head, Rupununi, Southern Guyana |editora=Institute of Zoology, Zoological Society of London, Regent’s Park, London|data=2009|pagina=239 |acessodata= 1 de novembro de 2016|isbn=978-85-2320-885-1}}</ref> Mais de 400 espécies de aves foram relatadas na região, e as faunas de [[répteis]] e [[anfíbios]] são igualmente ricas.<ref name=Kanuku/> As florestas da Konashen COCA também abrigam inúmeras espécies de [[inseto]]s, [[aracnídeo]]s e outros invertebrados, muitos dos quais ainda não foram descobertos ou não identificados.<ref name=livro/> O Konashen COCA contém um alto nível de diversidade e riqueza biológica que permanece em condições quase primitivas; esses lugares se tornaram raros na terra. Esse fato deu origem a várias indústrias não exploradoras e ambientalmente sustentáveis, como o ecoturismo, capitalizando com sucesso a riqueza biológica da Konashen COCA, com um impacto comparativamente pequeno e duradouro.<ref name=livro/>

Em fevereiro de 2004, o governo da Guiana emitiu um título para mais de {{fmtn|4000|km²}} de terra no Distrito Indígena Konashen, declarando essa terra como Área de Conservação de Propriedade Comunitária de Konashen (COCA), a ser gerenciada pelos [[Uaiuais]]. Ao fazê-lo, a Guiana criou a maior área de conservação comunitária do mundo.<ref>{{citar web|url=http://www.conservation.org/Documents/CI_Konashen_COCA_Biodiversity_Booklet.pdf |título=Biodiversity in the Konashen Community-Owned Conservation Area, Guyana |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101206142519/http://www.conservation.org/Documents/CI_Konashen_COCA_Biodiversity_Booklet.pdf |língua=en|acessodata=02-02-2020|arquivodata=2011-07-17|urlmorta=yes}}</ref> Este importante evento seguiu um pedido feito pela comunidade Uaiuais ao governo da Guiana e à Conservation International Guyana (CIG) para obter assistência no desenvolvimento de um plano sustentável para suas terras em Konashen. As três partes assinaram um Memorando de Cooperação que descreve um plano para o uso sustentável dos recursos biológicos da Konashen COCA, identifica ameaças à biodiversidade da área e ajuda a desenvolver projetos para aumentar a conscientização da COCA e gerar a renda necessária para manter sua proteção.<ref>{{citar web|url=https://www.conservation.org/docs/default-source/publication-pdfs/ci_konashen_coca_biodiversity_booklet.pdf?Status=Master&sfvrsn=39394a3e_3|titulo=Biodiversity in the Konashen Community-Owned Conservation Area, Guyana|data=|acessodata=2020-05-06|publicado=[[Conservation International]]|ultimo=|primeiro=|formato=[[PDF]]}}</ref> O Distrito Indígena Konashen, no sul do país, abriga as cabeceiras do rio Essequibo, principal fonte de água do país, e drena os rios Kassikaityu, Kamoa, Sipu e Chodikar. O sul da Guiana abriga algumas das áreas mais intocadas de florestas sempre verdes na parte norte da América do Sul. A maioria das florestas encontradas aqui são altas, sempre verdes e montanhosas, com grandes extensões de floresta inundada ao longo dos principais rios. Graças à densidade populacional humana muito baixa da área, a maioria dessas florestas ainda está intacta. A Smithsonian Institution identificou cerca de 2.700 espécies de plantas desta região, representando 239 famílias distintas, e certamente ainda há outras espécies a serem registradas.<ref>{{citar web|url=https://brasil.mongabay.com/2008/07/as-florestas-da-guiana-ajudam-a-preservar-a-biodiversidade-e-o-clima/ |título=As florestas da Guiana ajudam a preservar a biodiversidade e o clima |data = |acessodata = 5 de dezembro de 2018 }}</ref>

== Demografia ==
[[Ficheiro:Guyana population density.png|thumb|upright|Densidade populacional da Guiana em 2005 (pessoas por km<sup>2</sup>)]]
O Censo da População e Habitação mais recente foi realizado em 2012. Ele determinou que a população da Guiana fosse {{fmtn|746,955}} pessoas,<ref name="pop2012" /><ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.inewsguyana.com/guyanas-population-stands-at-746955-%E2%88%92-census-report/|título=Guyana’s population stands at 746,955 − census report|obra=INEWS Guyana|acessodata=21 de julho de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130615023510/https://www.inewsguyana.com/guyanas-population-stands-at-746955-%E2%88%92-census-report/|arquivodata=15 de junho de 2013|urlmorta=yes}}</ref> sendo 49,8% do sexo masculino e 50,2% do sexo feminino.<ref name="cendoze" /> Isso representa um declínio em relação aos {{fmtn|751.223}} registrados no censo de 2002, que mostrou uma proporção quase igual de homens e mulheres.<ref name="cendoze" /> A Guiana teve uma taxa de crescimento populacional negativo de -0,44 no período intercensitário de 2002 a 2012.<ref name="cendoze">{{Citar web |url=https://www.paho.org/salud-en-las-americas-2017/?p=2635 |título=Overall Context|língua=en |editor=Pan American Health Organization|acessodata=29 de janeiro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110809070951/https://www.paho.org/salud-en-las-americas-2017/?p=2635 |arquivodata=9 de agosto de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> A população estimada para 2020 é de {{fmtn|786,793}} habitantes,<ref name="pop"/> o país tem a [[Lista de países da América do Sul por população|menor população da América do Sul]], atrás apenas do Suriname.<ref name="popsuth">{{Citar web|url=http://statisticstimes.com/demographics/south-american-countries-by-population.php|título=List of South American countries by Population (2018) |língua=en|publicado=StatisticsTimes.com |acessodata=11 de janeiro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071214221808/http://statisticstimes.com/demographics/south-american-countries-by-population.php |arquivodata=14 de dezembro de 2019 |urlmorta=yes }}</ref>

A maioria majoritária (cerca de 90%) da população da Guiana vive ao longo de uma estreita faixa costeira que varia de {{fmtn|16|km²}} a {{fmtn|64|km²}} para o interior e que representa aproximadamente apenas 10% da área total do país.<ref>{{citar web|língua=en|url=http://countrystudies.us/guyana/25.htm|título=Population Distribution|publicado=U.S. Library of Congress}}</ref> A população atual da Guiana é racial e etnicamente [[heterogênea]], com grupos étnicos originários da [[Índia]], [[África]], [[Europa]] e [[China]], bem como povos indígenas ou aborígenes. Apesar de suas diversas origens étnicas, esses grupos compartilham dois idiomas comuns: inglês e crioulo.<ref name="huck">{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20031106140204/https://www.worldatlas.com/articles/what-languages-are-spoken-in-guyana.html|titulo=What Languages Are Spoken In Guyana?|autor=Benjamin Elisha Sawe|acessodata=13 de maio de 2017|publicado=|arquivourl=https://www.worldatlas.com/articles/what-languages-are-spoken-in-guyana.html|arquivodata=2003-11-06|urlmorta=não}}</ref>

O maior grupo étnico são os indo-guianenses (também conhecidos como [[indianos]]), descendentes de trabalhadores indenturados da Índia, que compõem 43,5% da população, segundo o censo de 2002.<ref>{{citar periódico|título=Indian, African-Guyanese numbers continue to decline, census finds|publicado=Stabroek News|data=19 de julho de 2016|url=https://www.stabroeknews.com/2016/07/19/news/guyana/indian-african-guyanese-numbers-continue-decline-census-finds/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080306150300/https://www.stabroeknews.com/2016/07/19/news/guyana/indian-african-guyanese-numbers-continue-decline-census-finds/|arquivodata=6 de março de 2019}}</ref> Eles são seguidos pelos afro-guianenses, descendentes de escravos da [[África]], que constituem 30,2%. Os guianenses de herança mista compõem 16,7%, enquanto os povos [[indígenas]] (conhecidos localmente como [[ameríndio]]s) representam 9,1%. Os grupos indígenas incluem os [[aruaques]], os [[uaiuais]], os [[Caraíbas (etnia)|caraíbas]], os [[capons]], os arecuna, os [[patamona]], os [[uapixanas]], os [[macuxi]] e os [[waraos]].<ref name="cia">{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20120924123213/https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gy.html |título=The World Factbook: Guyana |publicado=CIA |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140115025906/https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/gy.html |arquivodata=24 de setembro de 2012|urlmorta=yes}}</ref> Os dois maiores grupos, indo-guianenses e afro-guianenses, experimentaram alguma tensão racial.<ref>"[https://www.bbc.co.uk/caribbean/news/story/2005/09/050920_guyana_race.shtml Guyana turns attention to racism]. BBC News. 20 de setembro de 2005.</ref><ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20031106141726/https://extra.globo.com/noticias/mundo/de-costas-para-america-do-sul-guiana-vive-crise-etnica-475840.html|titulo='De costas' para América do Sul, Guiana vive crise étnica|data=10 de março de 2008|acessodata=13 de abril de 2020|publicado=|arquivourl=https://extra.globo.com/noticias/mundo/de-costas-para-america-do-sul-guiana-vive-crise-etnica-475840.html|arquivodata=2003-11-06|urlmorta=não}}</ref> A maioria dos indo-guianenses é descendente de trabalhadores contratados que vieram de áreas de [[língua boiapuri]] no [[Norte da Índia]].<ref>{{citar livro |língua=en|url=https://archive.org/details/musicofhindutrin00myer |página=[https://archive.org/details/musicofhindutrin00myer/page/30 30] |título=Music of Hindu Trinidad |publicado=University of Chicago Press |autor=Helen Myers |número=978-0-226-55453-2 |ano=1999}}</ref> Uma minoria considerável é do sul indiano, em grande parte descendente de [[Tâmeis]] e Télugo.<ref>{{citar livro|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20110430175036/http://indiandiaspora.nic.in/diasporapdf/chapter17.pdf |título=Indian Diaspora}}</ref>

O padrão de distribuição no censo de 2002 foi semelhante ao dos censos de 1980 e 1991, mas a participação dos dois principais grupos diminuiu. Os indo-guianenses representavam 51,9% da população total em 1980, mas em 1991 esse número havia caído para 48,6% e depois para 43,5% no censo de 2002. Os de ascendência africana aumentaram ligeiramente de 30,8% para 32,3% durante o primeiro período (1980 e 1991) antes de cair para 30,2% no censo de 2002. Com pequeno crescimento na população geral, o declínio nas ações dos dois grupos maiores resultou no aumento relativo das ações nos grupos multirraciais e ameríndios. A população ameríndia aumentou 22.097 pessoas entre 1991 e 2002. Isso representa um aumento de 47,3% ou um crescimento anual de 3,5%. Da mesma forma, a população multirracial aumentou 37.788 pessoas, representando crescimento de 43%.<ref>{{citar web|url=https://statisticsguyana.gov.gy/wp-content/uploads/2019/10/2012_Preliminary_Report.pdf|titulo=Final 2012 Census Compendium 2 - Bureau of Statistics}}</ref> O número de descendentes de [[portugueses]] (4,3% da população em 1891) tem diminuído constantemente ao longo das décadas.<ref>"[http://www.guyana.org/special/portuguese.html Portuguese emigration from Madeira to British Guiana]"</ref>

=== Religião ===
{{Artigo principal|Religião na Guiana}}
[[Ficheiro:20191121_Guyana_0048_Georgetown_sRGB_(49295795336).jpg|thumb|esquerda|A igreja de St George é uma catedral [[anglicana]] localizada em Georgetown. É um dos maiores edifícios de madeira do planeta.]]
Segundo o censo de 2012, 64% da população é [[cristianismo|cristã]], 25% [[hinduismo|hindu]]s, 7% [[islamismo|muçulmano]]s (principalmente [[sunita]]s) e menos de 1% pertencem para outros grupos religiosos. Entre os cristãos, os [[Pentecostalismo|pentecostais]] representam 23% da população total; [[Católicos romanos]], 7%; [[Anglicanos]], 5%; [[Adventistas do Sétimo Dia]], 5%; [[Metodista]]s, 1%; e outros cristãos, 21%. Grupos que juntos constituem menos de 1% da população incluem [[Movimento rastafári|Rastafariano]]s e [[Fé bahá'í|Bahais]].<ref name="religiãonaguiana"/>

Estima-se que 3% da população não professa qualquer afiliação religiosa. Os membros da maioria dos grupos religiosos incluem uma seção transversal de grupos étnicos, embora quase todos os hindus sejam descendentes de indianos e a maioria dos rastafáris tenha descendência africana.<ref name="religiãonaguiana">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20171206151252/https://www.state.gov/documents/organization/269230.pdf|língua=en|título=Freedom of religion - Refworld Guyana|obra=state.gov|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171206151252/https://www.state.gov/documents/organization/269230.pdf|arquivodata=9 de junho de 2013}}</ref>

=== Línguas ===
{{Artigo principal|Línguas da Guiana}}
O [[Língua inglesa|inglês]] é o idioma oficial da Guiana e é usado para educação, governo, mídia e serviços, tornando-o o único país da América do Sul a ter o inglês como [[idioma oficial]]. No entanto, a maioria da população fala o [[Línguas crioulas|crioulo]]-guianense, um crioulo baseado no inglês com leve influência de línguas da África e das Índias Orientais, como língua nativa. Além disso, os idiomas indígenas ([[Língua capom|capom]], [[Língua uaiuai|Uaiuai]] e [[Língua macuxi|macuxi]]) são falados por uma pequena minoria, enquanto os idiomas índicos são mantidos por razões culturais e religiosas.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20031106145947/https://www.studycountry.com/guide/GY-language.htm|titulo=Languages in Guyana|data=|acessodata=13 de agosto de 2016|arquivodata=2003-11-06|arquivourl=https://www.studycountry.com/guide/GY-language.htm|urlmorta=não}}</ref>

=== Cidades mais populosas ===
{{Cidades mais populosas da Guiana}}

== Política ==
{{Artigo principal|Política da Guiana}}
{{Imagem múltipla
| align = right
| direction = vertical
| width = 220
| image1 = Guyana Parliament Building.jpg
| caption1 = Edifício do parlamento da Guiana desde 1834.
| image2 = 20191121_Guyana_0062_Georgetown_sRGB_(49295972987).jpg
| caption2 = O Supremo Tribunal da Guiana.
}}
A política da Guiana ocorre em uma estrutura de uma [[república]] democrática representativa [[presidencialista]], na qual o [[Presidente da Guiana]] é [[chefe de estado]] e [[chefe de governo]] e de um [[sistema multipartidário]]. O [[poder executivo]] é exercido pelo Presidente e pelo Governo. Historicamente, a política é uma fonte de tensão no país, e tumultos violentos frequentemente ocorrem durante as eleições. Durante as décadas de 1970 e 1980, o cenário político foi dominado pelo [[Congresso Nacional do Povo]].<ref>{{citar web|língua=en|url=http://motherearthtravel.com/history/guyana/history-7.htm|titulo=History of Guyana|arquivourl=https://web.archive.org/web/20031106140035/http://motherearthtravel.com/history/guyana/history-7.htm|arquivodata=2003-11-06|urlmorta=não}}</ref> O poder de administrar o país é dividido entre as três filiais para criar um sistema de freios e contrapesos. O Parlamento é composto pelo Presidente e pela Assembleia Nacional.<ref name="gover"/> É o ramo mais importante do governo que faz as leis, incluindo a lei mais alta do país, a Constituição. Também pode mudar e alterar as leis. O Presidente não é membro da Assembleia Nacional, mas tem o poder de comparecer e se dirigir a ela a qualquer momento.<ref name="gover"/> A Presidência precisa concordar com um projeto de lei aprovado pela Assembleia Nacional antes que o projeto se torne lei.<ref name="gover"/> O Poder Executivo governa a Guiana.<ref name="gover"/> O Presidente é o Chefe de Estado, a autoridade executiva suprema e o Comandante em Chefe das Forças Armadas do país, ele nomeia o Primeiro Ministro e outros Ministros e atribui responsabilidades a eles.<ref name="gover"/> O Gabinete é composto pelo Presidente, o Primeiro Ministro e outros Ministros designados pela presidência. Ajuda e aconselha o Chefe de Estado na direção e controle gerais do Governo.<ref name="gover">{{citar web|língua=en|url=http://parliament.gov.gy/branches-of-government/|título=Branches of Government|publicação=Parliament of Guyana|acessodata=8 de abril de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170409113648/http://parliament.gov.gy/branches-of-government/|arquivodata=9 de abril de 2017}}</ref> O Poder Judiciário exerce sua autoridade nos tribunais. Os tribunais determinam e interpretam a lei.<ref name="gover"/> Os tribunais são independentes e imparciais e estão sujeitos apenas à Constituição e à lei.<ref name="gover"/> O ''[[chanceler]]'' do Judiciário é o principal representante da autoridade judicial guianense. O [[Supremo Tribunal]] é constituído pelo [[Tribunal de Recurso]] e pelo [[Tribunal Superior]].<ref name="gover"/>

=== Eleições ===
Num contexto de [[Guerra Fria]], o Congresso Nacional do Povo, que se manteve no poder através da manipulação de eleições, teve o apoio dos [[Estados Unidos]].<ref name=":2" /> Em 1992, as primeiras eleições "livres e justas" foram supervisionadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, [[Jimmy Carter]], e o [[Partido Popular Progressista]] (PPP),{{nota de rodapé|No original em língua inglesa: People's Progressive Party (PPP)}} cujo seus membros são de maioria indo-guianesa, venceu seu principal opositor, o Congresso Nacional do Povo (CNP),{{nota de rodapé|No original em língua inglesa: People's National Congress (PNC)}} de maioria afro-guianesa.<ref>{{citar web|url=https://www.cartercenter.org/documents/electionreports/democracy/FinalReportGuyana1990_1992.pdf|titulo=Guyana - The Carter Center|língua=en}}</ref> O PPP, governou o país até 2015, onde foi derrotado pela primeira vez em 23 anos consecutivos.<ref name="Jisi">{{citar web |url=https://america.cgtn.com/2015/05/14/governing-party-loses-guyana-elections-after-23-years|título=Guyana opposition wins election in first change of government for 23 years|publicação=CGTN TV Schedule|autor=Stephen Gibbs|data=14 de maio de 2015}}</ref> Os dois partidos são organizados principalmente pelos dois maiores grupos étnicos da Guiana, como resultado, frequentemente se chocam com questões relacionadas à alocação de recursos.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://foreignpolicy.com/2020/03/26/ethnic-conflict-democracy-guyana/|titulo=Ethnic Conflict Threatens Democracy in Guyana|publicado=Kaieteur News|arquivourl=https://www.kaieteurnewsonline.com/2015/05/20/2011-versus-2015-regional-and-general-elections-results/|arquivodata=2003-09-24|urlmorta=yes |primeiro=Jason|último=S. Calder|acessodata=26 de março de 2020}}</ref> Nas Eleições Gerais realizadas em 28 de novembro de 2011, o PPP manteve a maioria, e seu candidato à presidência [[Donald Ramotar]] foi eleito Presidente.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20030924174025/https://www.kaieteurnewsonline.com/2015/05/20/2011-versus-2015-regional-and-general-elections-results/|titulo=2011 versus 2015 Regional and General Elections results|acessodata=15 de maio de 2015|publicado=Kaieteur News|arquivourl=https://www.kaieteurnewsonline.com/2015/05/20/2011-versus-2015-regional-and-general-elections-results/|arquivodata=2003-09-24|urlmorta=yes}}</ref>

Em 11 de maio de 2015, foram realizadas eleições gerais antecipadas. O partido Uma Parceria Para a Unidade Nacional (APNU),{{nota de rodapé|No original em língua inglesa: A Partnership for National Unity (APNU)}} de maioria afro-guianense, conquistou 33 dos 65 assentos na Assembleia Nacional.<ref name="election">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20051123140223/https://www.theguardian.com/world/2015/may/15/guyana-opposition-wins-election-in-first-change-of-government-for-23-years|título=Guyana opposition wins election in first change of government for 23 years|publicação=CGTN TV Schedule|autor=Stephen Gibbs|data=14 de maio de 2015|arquivourl=https://www.theguardian.com/world/2015/may/15/guyana-opposition-wins-election-in-first-change-of-government-for-23-years|arquivodata=7 de maio de 2020}}</ref> Em 16 de maio de 2015, o general aposentado do exército [[David A. Granger]] tornou-se o oitavo [[Presidente da Guiana]].<ref name="election"/> No entanto, em 23 de dezembro de 2019, foi solicitado um voto de confiança em relação aos termos sob os quais o governo concedeu uma franquia para a [[Poço de petróleo|exploração de petróleo]] em plataformas [[Plataforma petrolífera|''off-shore'']].<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20090117214946/https://www.offshore-energy.biz/exxonmobil-strikes-15th-oil-discovery-offshore-guyana/|título=ExxonMobil strikes 15th oil discovery offshore Guyana|língua=en|publicado=Offshore Energy Today|arquivourl=https://www.offshore-energy.biz/exxonmobil-strikes-15th-oil-discovery-offshore-guyana/|arquivodata=12 de novembro de 2019|ligação inativa=sim}}</ref> Durante a eleição presidencial guianesa de 2020, realizada em 5 de março, nove das dez regiões do país haviam declarado seus resultados, com o PPP liderando com cerca de 51 mil votos.<ref>{{citar web|url=https://www.stabroeknews.com/2020/03/05/news/guyana/ppp-c-leads-apnuafc-by-51439-with-region-four-still-to-be-declared/|título=PPP/C leads APNU+AFC by 51,439 with Region Four still to be declared|língua=en|publicado=Stabroek News|acessodata=14 de março de 2020}}</ref> Após problemas com a planilha de resultados,<ref>{{citar web|url=https://www.stabroeknews.com/2020/03/05/news/guyana/controversy-erupts-over-spreadsheet-at-gecoms-region-four-office/|título=Controversy erupts over spreadsheet at GECOM’s Region Four office|língua=en|publicado=Stabroek News|acessodata=14 de março de 2020}}</ref> o partido obteve uma liminar judicial impedindo que o agente da Região 4 declarasse os resultados até que uma verificação adicional fosse ocorrida.<ref>{{citar web|url=https://www.stabroeknews.com/2020/03/05/news/guyana/injunction-secured-against-declaration-of-results/|título=Injunction secured against declaration of results|língua=en|publicado=Stabroek News|acessodata=14 de março de 2020}}</ref> Em 12 de março, o Supremo Tribunal de Justiça ordenou uma recontagem parcial dos resultados para a região quatro e proibiu a comissão eleitoral de declarar um vencedor antes.<ref>{{citar web |título=Guyana election: Top court orders partial recount of votes |url=https://www.bbc.com/news/world-latin-america-51851620 |obra=BBC |acessodata=14 de março de 2020}}</ref> Além disso, de acordo com o ''Stabroek News'', "uma equipe independente da [[Comunidade do Caribe]] iria supervisionar uma recontagem completa das [[Cédula eleitoral|cédulas expressas]] nas dez regiões eleitorais da Guiana com base em um acordo entre o presidente David Granger e da Oposição liderada por [[Bharrat Jagdeo]].<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20060110074536/https://www.irinsider.org/latin-america-1/2020/3/9/guyanas-elections-end-with-no-clear-winner|título=Guyana’s Elections End With No Clear Winner|língua=en|autor= Linette Page|arquivourl=https://www.irinsider.org/latin-america-1/2020/3/9/guyanas-elections-end-with-no-clear-winner|arquivodata=12 de novembro de 2013|ligação inativa=sim}}</ref><ref>{{Citar web|língua=en|url=http://guyanachronicle.com/2019/03/21/ruling-on-confidence-vote-appeal-friday|título=Ruling on confidence vote appeal Friday|autor=Svetlana Marshall|publicado=Guyana Chronicle|acessodata=15 de maio de 2015}}</ref> Após alguns adiantamentos, A recontagem das eleições foram reiniciadas em 7 de maio e os resultados logo serão divulgados.<ref>{{citar web |título=Recount starts in Guyana|data=7 de maio de 2020 |obra=Nation News|url=https://www.nationnews.com/nationnews/news/245407/recount-starts-guyana|acessodata=7 de maio de 2020 |língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071014222454/https://www.nationnews.com/nationnews/news/245407/recount-starts-guyana |arquivodata=7 de maio de 2020 |ligação inativa=sim}}</ref>

Os contratos públicos na Guiana são supervisionados pela Comissão de Contratos Públicos, nomeada sob a Lei da Comissão de Contratos Públicos de 2003. Devido ao longo atraso na identificação e concordância dos membros da comissão, a comissão não foi nomeada até 2016.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.cips.org/supply-management/news/2016/august/guyana-hands-procurement-to-commission/|título=After 14 years, Guyana establishes procurement commission|obra=Supply Management|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161021131901/https://www.cips.org/supply-management/news/2016/august/guyana-hands-procurement-to-commission/ |arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref>

===Relações internacionais ===
A Guiana entrou na [[Organização dos Estados Americanos]] (OEA) em 1991.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20161014191244/http://www.oas.org/en/member_states/member_state.asp?sCode=GUY|título=OAS – Organization of American States: Democracy for peace, security, and development|último=OAS|obra=oas.org|urlmorta=yes|arquivourl=http://www.oas.org/en/member_states/member_state.asp?sCode=GU|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref> Com o país tendo muitos [[indígenas|grupos de indígenas]] e dada a localização geográfica em que está situada, as contribuições dos guianenses à OEA em respeito aos indígenas podem ser significativas.<ref>{{citar web|língua=en|url=http://www.oas.org/en/topics/indigenous_peoples.asp|título=OAS – Organization of American States: Democracy for peace, security, and development|último=OAS|obra=oas.org|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222054758/http://www.oas.org/en/topics/indigenous_peoples.asp|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref> A posição da OEA em relação aos povos indígenas se desenvolveu ao longo dos anos. "A OEA apoiou e participou da organização das Cúpulas de Líderes Indígenas das Américas (ILSA)".<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20120413215714/http://www.summit-americas.org/cs_ind.html|título=Indigenous Peoples|obra=summit-americas.org|urlmorta=yes|arquivourl=http://www.summit-americas.org/cs_ind.html|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref> O projeto de Declaração Americana dos Direitos das Pessoas Indígenas parece ser um documento de trabalho.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20170104091030/http://www.oas.org/consejo/CAJP/Indigenous%20special%20session.asp#Special|título=Events OAS Indigenous Special Events|obra=oas.org|urlmorta=yes|arquivourl=http://www.oas.org/consejo/CAJP/Indigenous%20special%20session.asp#Special|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref>

Em uma reunião da [[CARICOM]], representantes de [[Trinidad e Tobago]] e Guiana assinaram, respectivamente, o Tratado de Alívio à Dupla Tributação (CARICOM) de 1994 em 19 de agosto de 1994.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20160507154606/http://www.ird.gov.tt/Media/Default/IRDTreaties/DTT-Caricom--1994.pdf|título=IRD Trinidad and Tobago – CARICOM Treaties|obra=ird.gov.tt|urlmorta=yes|arquivourl=http://ird.gov.tt/Media/Default/IRDTreaties/DTT-Caricom--1994.pdf|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref> Este tratado cobria impostos, residência, jurisdições fiscais, ganhos de capital, lucros comerciais, juros, dividendos, ''royalties'' e outras áreas. Em 30 de junho de 2014, a Guiana assinou um contrato Modelo 1 com os Estados Unidos da América em relação à Lei de Conformidade Fiscal em Contas no Exterior (FATCA).<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.treasury.gov/resource-center/tax-policy/treaties/Pages/FATCA.aspx|título=Foreign Account Tax Compliance Act (FATCA)|obra=treasury.gov|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170113122755/https://www.treasury.gov/resource-center/tax-policy/treaties/Pages/FATCA.aspx|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref> Este acordo Modelo 1 inclui uma referência ao Acordo de Troca de Informações Fiscais (Cláusula 3), assinado em 22 de julho de 1992 em Georgetown, Guiana, com a intenção de trocar informações fiscais de forma automática. O país também é o único [[Lista de membros da Commonwealth|Estado-membro]] da [[Commonwealth]] (Comunidade de Nações) situado na América do Sul.<ref name="education">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20090502165226/https://thecommonwealth.org/our-member-countries/guyana/society|título=Guyana : Society|língua=en|obra=[[Commonwealth]]|urlmorta=yes|arquivourl=https://thecommonwealth.org/our-member-countries/guyana/society|arquivodata=2 de maio de 2009}}</ref>

====Disputas de fronteira ====
{{Artigo principal|Linha Schomburgk}}
[[Ficheiro:Essequiborivermap.png|thumb|upright|esquerda|Mapa da Guiana, mostrando o [[Rio Essequibo]] (''sombreado escuro'') e a bacia de drenagem do rio. A Venezuela reivindica território até a margem ocidental. A reivindicação histórica do Reino Unido incluiu a bacia hidrográfica até a atual Venezuela.]]
A Guiana está em disputas fronteiriças com o Suriname, que reivindica a área a leste da margem esquerda do [[Rio Corentyne]] e o Rio New, no sudoeste surinamense, e a [[Venezuela]], que reivindica a terra a oeste do [[Rio Essequibo]], uma vez que a colônia neerlandesa de Essequibo faz parte da [[Guiana Essequiba]] cuja soberania é reclamada pela Venezuela.<ref name="foxlatino">{{citar web |título = Guyana ponders judicial action in border dispute with Venezuela|obra = FoxNews Latino |língua=en|acessodata=02-10-2007|url =https://web.archive.org/web/20131103083215/https://www.foxnews.com/world/venezuela-rejects-un-plan-to-settle-border-fight-with-guyana|urlmorta=yes|arquivourl=https://www.foxnews.com/world/venezuela-rejects-un-plan-to-settle-border-fight-with-guyana|arquivodata=3 de novembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|título=Guyana to experience 'massive' oil exploration this year |língua=en|acessodata=02-10-2007|url=https://web.archive.org/web/20100824175352/http://landofsixpeoples.com/news701/nk0702053.html}}</ref><ref>{{citar web|título=News in the Caribbean |língua=en|acessodata=02-10-2007|publicado=Caribbean360.com}}</ref> O componente marítimo da disputa territorial com o Suriname foi arbitrado pela [[Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar]], e uma decisão foi anunciada em 21 de setembro de 2007.<ref>[http://www.jamaicaobserver.com/latestnews/_CARICOM_reiterates_support_for_the_sovereignty_of_Guyana&template=MobileArticle Foreign affairs minister reiterates Guyana's territorial sovereignty]. CaribbeanNetNews.com (17 de Fevereiro de 2010).</ref><ref>[https://www.offshore-mag.com/regional-reports/article/16797569/suriname-guyana-offshore-border-dispute-settled POINT OF CLARIFICATION: Guyana clears air on Suriname border talk]. Caribbean News Agency (17 de Fevereiro de 2010).</ref> A decisão relativa ao [[Mar das Caraíbas]] o norte de ambas as nações constatou que ambas as partes violavam as obrigações do tratado e se recusou a ordenar qualquer compensação a ambas as partes.<ref>{{citar web|título=Mapa Politico de Venezuela |língua=en|acessodata=02-10-2007|publicado=A-venezuela.com |url=https://web.archive.org/web/20100220105637/http://www.a-venezuela.com/mapas/map/html/politico.html}}</ref>

Quando os britânicos pesquisaram a Guiana Britânica em 1840, eles incluíram toda a bacia do [[Rio Cuyuni]] na colônia. A Venezuela não concordou com isso, pois reivindicou todas as terras a oeste do Rio Essequibo. Em 1898, a pedido da Venezuela, um tribunal de arbitragem internacional foi convocado e, em 1899, o tribunal emitiu uma sentença que entregou cerca de 94% do território disputado à Guiana Britânica. A arbitragem foi concluída, resolvida e aceita pelo direito internacional pela Venezuela e pelo Reino Unido. A Venezuela voltou a apresentar a reivindicação, durante o período da [[Guerra Fria]] dos anos 60 e durante o período da Independência da Guiana. Esta questão é agora governada pelas [[Convenções de Genebra]] de 1966, que foi assinado pelos governos da Guiana, Grã-Bretanha e Venezuela que continua reivindicando a [[Guiana Essequiba]].<ref name="Ishmael">[http://www.guyana.org/features/trail_diplomacy.html Ishmael, Odeen (1998, rev. 2006) "The Trail Of Diplomacy: A Documentary History of the Guyana-Venezuela Border Issue"] Dr. Ishmael was Ambassador of Guyana to Venezuela when this was written.</ref> A Venezuela chama essa região de "Zona en Reclamación" (Zona de Recuperação) e os mapas venezuelanos do território nacional a incluem rotineiramente, atraindo-a com linhas tracejadas.<ref>{{citar web|título=Mapa Politico de Venezuela |língua=en|acessodata=02-10-2007|publicado=A-venezuela.com|url=https://web.archive.org/web/20100220105637/http://www.a-venezuela.com/mapas/map/html/politico.html}}</ref>

Pequenas áreas disputadas específicas envolvendo a Guiana são a [[Ilha Anacoco]] com a Venezuela; [[Rio Corentyne]]<ref>{{citar jornal|título=Guyana and Suriname border dispute continues despite UN findings |primeiro=Oscar |último=Ramjeet |língua=en|acessodata=02-10-2007|publicado=Caribbean Net News |url=https://web.archive.org/web/20140228020436/https://pcacases.com/web/sendAttach/904}}</ref> e a [[Região de Tigri]] com o Suriname.<ref>{{citar jornal|título=There is no agreement recognizing Suriname's sovereignty over the Corentyne River|primeiro=Carolyn |último=Rodrigues-Birkett|língua=en|acessodata=02-10-2007|publicado=Stabroek Newspaper |url=https://web.archive.org/web/20120503102502/http://www.stabroeknews.com/2008/opinion/letters/10/24/there-is-no-agreement-recognizing-suriname%e2%80%99s-sovereignty-over-the-corentyne-river/}}</ref> Em 1967, uma equipe de pesquisa do Suriname foi encontrada no Triângulo do Novo Rio e foi removida à força. Em agosto de 1969, uma patrulha da Força de Defesa da Guiana encontrou um campo de pesquisa e uma pista de pouso parcialmente concluída dentro do triângulo e documentou evidências da intenção do Suriname de ocupar toda a área disputada. Após uma troca de tiros, os surinameses foram expulsos do triângulo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=David|primeiro=Granger|url=https://web.archive.org/web/20090607023006/https://www.stabroeknews.com/2009/02/15/features/the-defence-of-the-new-river-1967-1969/|titulo=The defence of the New River, 1967-1969|jornal=Stabroek News|arquivourl=https://www.stabroeknews.com/2009/02/15/features/the-defence-of-the-new-river-1967-1969/|arquivodata=7 de Junho de 2009 |ligação inativa=sim}}</ref>

===Militar ===
{{Artigo principal|Forças Armadas da Guiana}}
As Forças Militares da Guiana estão organizadas sob o nome de Forças de Defesa da Guiana (GDF), incluindo as Forças Terrestres, a Guarda Costeira e o Corpo Aéreo. 210 058 homens são maiores de idade (segundo estimativas de 2015).<ref>{{Citar web|titulo=Brasil moderniza defesa da Guiana e do Suriname - Política|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-moderniza-defesa-da-guiana-e-do-suriname,929435|data=2012-09-12|acessodata=2020-05-06|publicado=politica.estadao.com.br|ultimo=Godoy|primeiro=Roberto}}</ref> A antiga Milícia Popular da Guiana e o Serviço Nacional da Guiana foram substituídos. A Força de Defesa da Guiana conhecido por sua sigla em inglês como GDF foram criados em 1 de novembro de 1965, alistamento na Força é voluntária para os oficiais e soldados. O treinamento básico é realizado nas escolas de treinamento da GDF, que também treinaram oficiais e soldados de outros territórios do Caribe vinculados à [[Commonwealth]]. No entanto, os oficiais também treinam em duas das escolas oficiais britânicas de treinamento de renome mundial: a [[Real Academia Militar de Sandhurst]], onde a infantaria é treinada; e Colégio Real Naval Britannia (Britannia Royal Naval College), encarregado de treinar a Guarda Costeira.<ref>{{Citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20140714144303/https://www.globalsecurity.org/military/world/caribbean/gy-gdf.htm|título=Guyana Defense Force|autor=|publicado=GlobalSecurity.org|urlmorta=yes|arquivourl=https://www.globalsecurity.org/military/world/caribbean/gy-gdf.htm|arquivodata=14 de julho de 2014}}</ref>

== Subdivisões ==
{{Artigos principais|[[Subdivisões da Guiana]], [[Conselhos de vizinhança da Guiana]]}}

A Guiana é dividida em dez regiões administrativas, cada uma presidida por um presidente dos Conselhos Democráticos. As comunidades locais são administradas por conselhos de vila ou cidade.<ref name="background"/>
[[Imagem:Guyana regions numbered.png|esquerda|220px|Regiões administrativas da Guiana. Observação: Regiões 9 e 10 estão trocadas neste mapa.|alt=]]

{|{{prettytable}}
! #
!Região
!Capital
!Área (km²)
!População<br />(est. 2002)<ref>{{citar web |url=http://www.statisticsguyana.gov.gy/pubs/Chapter3_Population_Redistribution_Internal_Migration.pdf |título=Bureau of Statistics - Guyana|língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070905201149/http://www.statisticsguyana.gov.gy/pubs/Chapter3_Population_Redistribution_Internal_Migration.pdf |arquivodata=5 de Setembro de 2007 |ligação inativa=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20070814020614/http://www.citypopulation.de/Guyana.html|título=Guyana: Regions & Major Places - Population Statistics, Maps|língua=en |arquivourl=http://www.citypopulation.de/Guyana.html|arquivodata=5 de Setembro de 2007 |ligação inativa=sim}}</ref>
!Densidade<br />(hab./km²)
|-
|1||[[Barima–Waini]]||Mabaruma||20 339||23 204||1
|-
|2||[[Cuyuni–Mazaruni]]||[[Bartica]]||47 213||15 935||0,3
|-
|3||[[Demerara–Mahaica]]||[[Paradise (Guiana)|Paradise]]||2 233||309 059||138
|-
|4||[[Berbice Oriental–Corentyne]]||[[New Amsterdam (Guiana)|New Amsterdam]]||36 255||122 849||3
|-
|5||[[Ilhas do Essequibo–Demerara Ocidental]]||[[Vreed en Hoop|Vreed-en-Hoop]]||3 755||101 920||27
|-
|6||[[Mahaica–Berbice]]||[[Fort Wellington]]||4 170||52 321||13
|-
|7||[[Pomeroon–Supenaam]]||[[Anna Regina]]||6 195||48 411||8
|-
|8||[[Potaro–Siparuni]]||[[Mahdia]]||20 052||9 211||0,5
|-
|9||[[Alto Tacutu–Alto Essequibo|Alto Tacutu - Alto Essequibo]]||[[Linden]]||17 081||39 766||2
|-
|10||[[Alto Demerara–Berbice|Alto Demerara - Berbice]]||[[Lethem]]||57 790||19 365||0,3
|-
|}

== Economia ==
{{Artigo principal|Economia da Guiana}}
[[Imagem:Georgetown_(13974977293).jpg|thumb|Centro de [[Georgetown (Guiana)|Georgetown]]]]
[[Ficheiro:Tractor in field of rice by Khirsah1.jpg|thumb|Trator em uma plantação de [[arroz]] na zona costeira da Guiana.]]
As principais atividades econômicas na Guiana são agricultura (produção de arroz e açúcar Demerara), mineração de [[bauxita]] e [[ouro]], [[madeira]], [[pesca]] de [[camarão]] e [[minério|minerais]]. A [[indústria açucareira]], responsável por 28% de todas as receitas de exportação, é administrada em grande parte pela empresa GuySuCo, que emprega mais pessoas do que qualquer outra indústria.<ref>{{citar web|url=https://books.google.com.br/books?id=2ieuD5KTo-IC&pg=PA67&lpg=PA67&dq=GuySuCo++GuySuCo,+which+employs+more+people+than+any+other+industry+guyana&source=bl&ots=-f4EtwgUgd&sig=ACfU3U08RFQat0-EREQfMfyOQvtN4hdtNg&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj_tZb_rqDpAhXTBtQKHTy4A_oQ6AEwAHoECAcQAQ#v=onepage&q=GuySuCo%20%20GuySuCo%2C%20which%20employs%20more%20people%20than%20any%20other%20industry%20guyana&f=false|título=sland States: Small Island States Hadbook: Development Strategy and Programs|editora=USA International Business Publications|acessodata=18 de Janeiro de 2018|língua=en|página=67}}{{Ligação inativa}}</ref> Muitas indústrias têm um grande investimento estrangeiro. Por exemplo, a empresa americana Reynolds Metals e da anglo-australiana Rio Tinto subsidiária Rio Tinto Alcan está investido fortemente na indústria mineral da Guiana; a empresa coreana/malaia Barama tem uma grande participação no setor madeireiro.<ref>{{citar web|título=Reynolds Metals, Guyana Open Bauxite Mines|editora=JOC.com|url=https://web.archive.org/web/20200407153723/https://www.joc.com/reynolds-metals-guyana-open-bauxite-mines_19901119.html|acessodata=2007-10-02|arquivourl=https://www.joc.com/reynolds-metals-guyana-open-bauxite-mines_19901119.html|arquivodata=2009-11-01|ligação inativa=sim}}</ref><ref name="buttons">{{citar web |url=https://www.imf.org/en/News/Articles/2015/09/14/01/49/pr9917|título=Press Release: Guyana to Receive Over US$400 Million in Debt Relief|obra=Rolling Stone |publicado=Penske Business Media, LLC |data=2005 |acessodata=19 de Julho de 2015 |língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140715053431/https://www.imf.org/en/News/Articles/2015/09/14/01/49/pr9917 |arquivodata=15 de Julho de 2014 |ligação inativa=sim}}</ref> Desde 2015, empresas estrangeiras fizeram várias descobertas significativas de [[óleo]] em águas profundas.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.forbes.com/sites/dylanbaddour/2020/01/27/massive-guyana-oil-find-continues-to-grow-with-fresh-exxon-discovery/#7595953c2781|título=Massive Guyana Oil Find Continues To Grow With Fresh Exxon Discovery|acessodata=2007-10-02|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200407153723/https://www.forbes.com/sites/dylanbaddour/2020/01/27/massive-guyana-oil-find-continues-to-grow-with-fresh-exxon-discovery/#7595953c2781|arquivodata=2009-11-01|urlmorta= sim|editora=[[Forbes]]|último=Dylan|primeiro=Baddour}}</ref>

A [[Economia da Guiana]] experimentou um crescimento moderado no início dos anos 2000, devido a desenvolvimentos [[Agricultura|agrícolas]] e de [[mineração]], um melhor clima de negócios, uma [[taxa de câmbio]] adaptada, baixa [[inflação]] e apoio de organizações internacionais.<ref>{{citar web|acessodata=2009-02-10 |url=https://tradingeconomics.com/guyana/gdp|título=Guyana GDP Annual Growth Rate (1961-2018 Data) |publicado=Trading Economics |data=2020-1-29 |autor =|urlmorta=sim |língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100309222836/https://tradingeconomics.com/guyana/gdp |arquivodata=2010-03-09 }}</ref> Problemas crônicos são a falta de [[mão de obra]] qualificada e uma infraestrutura não desenvolvida.<ref>{{citar web| url = https://www.stabroeknews.com/2008/12/05/business/skilled-labour-shortage-%E2%80%98a-serious-problem%E2%80%99-for-local-businesses-foreign-investors/|língua=en|arquivourl= https://web.archive.org/web/20111114033330/https://www.stabroeknews.com/2008/12/05/business/skilled-labour-shortage-%E2%80%98a-serious-problem%E2%80%99-for-local-businesses-foreign-investors/|arquivodata=11-04-2013|título=Skilled labour shortage ‘a serious problem’ for local businesses, foreign investors|publicado=Stabroek News |data= 2008-12-05 |acessodata= 2008-07-24 }}</ref> O país também tem uma dívida externa considerável.<ref>{{citar enciclopédia|título=Guyana : Economy|editora=[[Commonwealth]]|url=https://web.archive.org/web/20030924173822/https://thecommonwealth.org/our-member-countries/guyana/economy|acessodata=2007-10-02|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190628201924/https://thecommonwealth.org/our-member-countries/guyana/economy|arquivodata=2009-11-01|urlmorta= sim}}</ref> Toda a eletricidade é produzida a partir de [[combustíveis fósseis]] que devem ser importados do exterior, pois os recursos próprios do país estão em áreas que estão em conflito fronteiriço com os países vizinhos Suriname e Venezuela.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.kaieteurnewsonline.com/2016/12/11/guyanas-dependence-on-fossil-fuels-and-the-need-for-a-green-economy/|título=Guyana’s dependence on fossil fuels and the need for a green economy|publicado=|acessodata=19 de abril de 2020}}</ref> No entanto, na [[Linha do equador|margem equatorial]] o país descobriu através de prospecções da empresa norte-americana [[ExxonMobil]] grandes reservas de petróleo.<ref>{{citar web|língua=pt|url=https://www.poder360.com.br/energia/guiana-ja-descobriu-na-margem-equatorial-75-do-petroleo-do-brasil/|título=Poder360: Guiana já descobriu na Margem Equatorial 75% do petróleo do Brasil|publicado=|acessodata=21 de agosto de 2023}}</ref>

A Guiana tem um [[produto interno bruto]] (PIB) de 4,121&nbsp;bilhões (2019),<ref name="IMFWEOGY"/> e, depois do Suriname, é o segundo país mais pobre da [[América do Sul]].<ref>{{citar web|url=http://statisticstimes.com/economy/south-american-countries-by-gdp.php|título=List of South American countries by GDP|último =|primeiro =|data=10 de janeiro de 2002|website=|publicado=StatisticsTimes.com|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080509225233/http://statisticstimes.com/economy/south-american-countries-by-gdp.php|arquivodata=9 de maio de 2008|urlmorta= sim|acessodata=11 de janeiro de 2008}}</ref> A economia se desenvolveu dramaticamente após as reformas econômicas do presidente Hoyte em 1989, que resultaram em um aumento de 6% no PIB em 1991, após um declínio de 15 anos. O crescimento anual estava constantemente acima de 6% até 1997, mas desde então estagnou.<ref>{{citar enciclopédia|título=Guyana : Economy|editora=|url=https://www.nationsencyclopedia.com/Americas/Guyana-ECONOMY.html|acessodata=2007-10-02|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200405051916/https://www.nationsencyclopedia.com/Americas/Guyana-ECONOMY.html|arquivodata=2009-11-01|urlmorta= sim}}</ref> Em cooperação com o [[Banco Mundial]] e o [[Fundo Monetário Internacional]] (FMI), as reformas levaram a uma redução do envolvimento do governo na economia, incentivando o investimento estrangeiro, os reembolsos de empréstimos de outros países e bancos multilaterais e a venda de 15 das 41 empresas estatais.<ref name="background"/> A companhia telefônica estatal, a empresa florestal e a indústria de arroz e pesca também foram privatizadas. Empresas internacionais foram contratadas para liderar a grande empresa açucareira GUYSUCO e a maior mina de [[bauxita]] do estado. Duas empresas [[canadense]]s receberam permissão para desenvolver a maior mineração de ouro da região da América Latina e Caribe.<ref name="background"/>

[[Imagem:Guyana Product Exports (2019).svg|esquerda|thumb|Principais produtos de [[exportação]] da Guiana em 2019 {{en}}.]]

A maioria dos controles de preços foi abolida, as leis que afetam a mineração e a recuperação de petróleo foram alteradas e uma política de investimento favorável ao investimento estrangeiro foi introduzida, assim como as reformas tributárias que favoreceram as exportações e a agricultura.<ref name="background"/> Agricultura, [[silvicultura]], pesca e [[mineração]] estão entre as indústrias mais importantes da economia guianesa, onde açúcar, bauxita, arroz, madeira, peixe e ouro foram responsáveis por 70 a 75% das exportações em 2006.<ref name="background"/>

Em 2017, a Guiana exportou US$ 2,05 bilhões, tornando-se o 130º maior exportador do mundo.<ref name="oec"/> Nos últimos cinco anos, as exportações da Guiana aumentaram a uma taxa anualizada de 5,3%, de US$ 1,8 bilhão em 2012 para US$ 2,05 bilhão em 2017.<ref name="oec">{{citar web|url=https://oec.world/en/profile/country/guy/|titulo=Guiana|língua=en|publicado=Observatório de Complexidade Econômica|acessodata=1 de novembro de 2016|arquivodata=2002-09-21|arquivourl=https://web.archive.org/web/20020921092329/https://oec.world/en/profile/country/guy/|ligação inativa=não}}</ref> As exportações mais recentes são lideradas pelo [[ouro]], que representa 41,3% do total das exportações guianeses, seguido por contêineres ferroviários, que representam 11,7%.<ref name="oec"/> No mesmo ano, o país importou US$ 1,88 bilhão, tornando-se o 153º maior importador do mundo.<ref name="oec"/> Nos últimos cinco anos, as importações da Guiana diminuíram a uma taxa anualizada de -1,5%, de US$ 2,01B em 2012 para US$ 1,88B em 2017. As importações mais recentes são lideradas pelo Petróleo Refinado, que representa 18,5% do total das importações da Guiana, seguido por [[Escavadeira|Máquinas de escavação]], que representam 4,86%.<ref name="oec"/>

Os setores de tecnologia e construção aumentaram 4% em 2018.<ref>{{citar web|último=Reporter|primeiro=Staff|url=http://guyanachronicle.com/2019/09/09/construction-sector-economy-growing|titulo=Construction sector, economy growing|data=9 de setembro de 2019|acessodata=1 de novembro de 2016|obra=Guyana Chronicle}}</ref> Novos edifícios residenciais contribuíram para o aumento.<ref name="background"/> Como em outros [[países em desenvolvimento]], a Guiana é um [[Países pobres altamente endividados|país fortemente endividado]].<ref>{{citar livro|url=https://theconversation.com/guyana-hopes-oil-will-bring-wealth-not-corruption-and-crisis-108958|autor=Emily Costello|titulo=Guyana hopes oil will bring wealth – not corruption and crisis|publicado= The Conversation US, Inc|data=21 de fevereiro de 2019|acessodata=8 de maio de 2020}}</ref> Reduzir o ônus da [[dívida externa]] tem sido uma das maiores prioridades do governo desde os anos 1990.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20140122162824/https://www.stabroeknews.com/2018/04/03/news/guyana/guyana-should-apply-immediately-for-international-credit-rating-peter-ramsaroop/|título=Guyana should apply immediately for international credit rating – Peter Ramsaroop|data=3 de abril de 2018|autor=|publicado=Stabroek News|acessodata=27 de Abril de 2019 |língua=en |arquivourl=https://www.stabroeknews.com/2018/04/03/news/guyana/guyana-should-apply-immediately-for-international-credit-rating-peter-ramsaroop/|arquivodata=22 de Janeiro de 2014 |ligação inativa=sim}}</ref> Em 2018, o governo continuou seus esforços para reduzir a dívida e os serviços externos a um nível aceitável. No final do mesmo ano, ela foi estimada em US$ 1,609 bilhões.<ref>{{citar jornal|url=https://globaledge.msu.edu/countries/guyana/economy|titulo=Guyana: Economy |publicado=Countryeconomy.com|língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151004092921/https://countryeconomy.com/national-debt/guyana|arquivodata=4 de Outubro de 2015 |ligação inativa=não}}</ref> Em março de 2007, o [[Banco Interamericano de Desenvolvimento]] (BID) ofereceu 100% de alívio da dívida dos empréstimos e taxas de juros pendentes da Guiana em 31 de dezembro de 2004.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.iadb.org/en/news/news-releases/2007-03-16/idb-governors-approve-44-billion-in-debt-relief-for-bolivia-guyana-haiti-honduras-and-nicaragua%2C3665.html|título=IDB Governors approve $4.4 billion in debt relief for Bolivia, Guyana, Haiti, Honduras and Nicaragua|publicado=IDB|acessodata=19 de abril de 2020}}</ref> A dívida pública interna caiu 9,3% em 2018, enquanto a dívida pública externa aumentou 5,5% e representou 33,9% do PIB no mesmo período. Esse resultado refletiu uma diminuição na emissão de títulos do tesouro para promover o crescimento econômico por meio da estimulação do crédito ao setor privado.<ref name="michael engler">{{citar web |url=https://www.export.gov/article?series=a0pt0000000PAtvAAG&type=Country_Commercial__kav|título=Guyana - Market Overview|publicado=The International Trade Administration |acessodata=8 de maio de 2020 |língua=en}}</ref> De acordo com o Relatório Anual do Banco da Guiana de 2018, o aumento do estoque da dívida externa — 5,5% a mais que em 2017 — refletiu em maiores desembolsos recebidos principalmente da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (JID) para financiamento de projetos.<ref name="econmy2018">{{citar web |título=US$1.3B owed in external debt by end of 2018, Bank of Guyana report finds|url=https://web.archive.org/web/20071220220600/https://www.stabroeknews.com/2019/04/22/news/guyana/us1-3b-owed-in-external-debt-by-end-of-2018-bank-of-guyana-report-finds/|publicado=Stabroek News|acessodata=8 de Março de 2012|data=22 de abril de 2019|língua=en |arquivourl=https://www.stabroeknews.com/2019/04/22/news/guyana/us1-3b-owed-in-external-debt-by-end-of-2018-bank-of-guyana-report-finds/|arquivodata=5 de Janeiro de 2013 |ligação inativa=sim}}</ref> Com desembolsos voltados para o fortalecimento da segurança social, melhoria do saneamento, diversificação econômica, melhoria do setor educacional e estabilidade financeira e fiscal.<ref name="econmy2018"/>

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que em 2020, o país sofrerá um aumento drástico em seu crescimento econômico.<ref name="cnbc"/> A Guiana, terá um crescimento de 86% esse ano, segundo a estimativa.<ref name="cnbc"/> Uma expansão tão explosiva do PIB real anualizado provavelmente levará o país a registrar o crescimento econômico mais rápido do mundo em 2020.<ref name="cnbc">{{citar web|primeiro=Sam |último=Meredith|url=https://www.cnbc.com/2019/11/04/guyana-the-imf-thinks-this-country-will-see-growth-of-86percent-in-2020.html|título=The IMF thinks this small South American country will see economic growth of 86% next year|arquivourl=https://web.archive.org/web/20040813070819/https://www.cnbc.com/2019/11/04/guyana-the-imf-thinks-this-country-will-see-growth-of-86percent-in-2020.html|arquivodata=13 de fevereiro de 2020 |publicado=CNBC |data=13 de fevereiro de 2020 |acessodata=23 de dezembro de 2007}}</ref><ref>{{citar web|língua=en|primeiro=Matthew|último=Bristow |primeiro2=Ezra|último2=Fieser|url=https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-11-02/meet-the-economy-that-the-imf-sees-growing-86-in-2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20011227152404/https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-11-02/meet-the-economy-that-the-imf-sees-growing-86-in-2020|arquivodata=27 de dezembro de 2001 |título=Meet the Economy That the IMF Sees Growing 86% in 2020|publicado=[[Bloomberg]] |acessodata=23 de dezembro de 2007}}</ref> A razão desse crescimento se deve a Guiana possuir, nesse momento, a maior quantidade de petróleo entre qualquer outro país do mundo.<ref name="cnbc"/> Aproximadamente 3 900 barris de reservas ''offshore'' por pessoa.<ref name="cnbc"/>

== Infraestrutura ==
=== Transporte ===
[[Ficheiro:Floatingbridge.JPG|thumb|direita|Ponte sobre o [[Rio Demerara]] entre [[Georgetown (Guiana)|Georgetown]] e Schoon Ord.]]
Há um total de 187 quilômetros de ferrovia, todos dedicados ao transporte de minério. Existem 7.969 quilômetros de rodovia, dos quais 591 quilômetros são pavimentados. As vias navegáveis se estendem por 1.077 quilômetros, incluindo os Rios Berbice, Demerara e Essequibo. Existem portos em Georgetown, Port Kaituma e Nova Amsterdam.<ref>{{Citar web|url=http://ports.com/browse/south-america/guyana/|título=Ports in South America » Guyana|obra=ports.com}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://web.archive.org/web/20071109071146/http://www.gnsc.com|título=Guyana National Shipping Corporation - Welcome to Guyana National Shipping Corporation|obra=www.gnsc.com|en=en-gb}}</ref> Existem dois aeroportos internacionais; [[Aeroporto Internacional Cheddi Jagan]] e Aeroporto Internacional Eugene F. Correia (anteriormente Aeroporto de Ogle); além de cerca de 90 pistas de pouso, nove das quais com pistas pavimentadas.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20181116215717/http://www.cjairport-gy.com/|título=Cheddi Jagan International Airport {{!}} SYCJ : Cheddi Jagan International Airport|obra=www.cjairport-gy.com|editora=|idioma=en}}</ref> Possui voos comerciais regulares para a América do Norte, Grã-Bretanha, Brasil, Suriname e alguns Estados insulares ingleses e neerlandeses do Caribe. Existe um aeroporto regional, o Aeroporto de Ogle. Ambos estão localizados perto da capital do país. O Transguyana Airways, opera com voos domésticos e para o Suriname.<ref>{{Citar web|url=http://www.transguyana.net|título=Trans Guyana Airways|autor=|data=|obra=www.transguyana.net|editora=|língua=en-US}}{{Ligação inativa}}</ref>

Os serviços de [[balsa]] ligam as estradas principais na área costeira e a Guiana ao Suriname.<ref name="transport" /> O Departamento de Transportes e Portos do governo fornece serviços de ferry programados nos rios Essequibo e Demerara. Pequenas embarcações privadas pertencem a esses serviços. Desde a abertura da ponte do Rio Berbice em dezembro de 2008, o departamento de transportes e portos reduziu seu serviço.<ref name="transport">{{Citar web |url=https://goinvest.gov.gy/whyguyana/transportation/|título=Transport|língua=inglês |publicado=Escritório de Investimento da Guiana|acessodata=11 de setembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120616174726/https://goinvest.gov.gy/whyguyana/transportation/|arquivodata=16 de Junho de 2012 |urlmorta=yes }}</ref> Para o movimento de mercadorias volumosas de baixo valor por grandes distâncias, o transporte por água é mais barato.<ref name="transport" /> Isto é especialmente verdade na Guiana, onde a infraestrutura rodoviária é pouco avançada.<ref name="transport" /> Além disso, com a descentralização generalizada da atividade econômica proposta pelo governo e com o correspondente desenvolvimento das regiões do interior do país, a demanda por transporte de água pode, talvez paradoxalmente, aumentar em vez de diminuir.<ref name="transport" /> A infraestrutura que suporta o transporte de água na Guiana está localizada às margens dos rios navegáveis, a saber, o rio Essequibo, o rio Demerara e o rio Berbice.<ref name="transport" />

Além dos cais e ferragens que fornecem ligações costeiras e interiores, existem instalações que atendem aos requisitos de remessa local e no exterior do país.<ref name="transport" /> Uma grande porcentagem de exportações e importações é transportada por via marítima. O principal porto de Georgetown, localizado na foz do rio Demerara, compreende vários cais, a maioria dos quais de propriedade privada.<ref name="transport" /> Além disso, três beliches estão disponíveis para embarcações oceânicas em Linden. As restrições de calado limitam o tamanho dos navios que utilizam o porto de Georgetown a 15 000 toneladas de porte bruto (DWT).<ref name="transport" /> No entanto, melhorias recentes no canal no rio Berbice tornaram possível que navios de até 55 000 toneladas atracassem ali.<ref name="transport" /> Não há [[trem|trens]] programados para passageiros na Guiana; portanto, os [[microônibus]] servem como o principal sistema de transporte público. Eles funcionam em zonas designadas de acordo com um sistema tarifário bem regulamentado.<ref name="explore" /> Os microônibus são de propriedade privada e oferecem os meios mais baratos para se locomover.<ref name="explore">{{Citar web |url=https://www.iexplore.com/articles/travel-guides/central-and-south-america/guyana/transportation|título=Guyana — Transportation |língua=inglês |obra=iExplore|acessodata=29 de abril de 2009}}</ref>

===Eletricidade ===
O setor de eletricidade na Guiana é dominado pela Guiana Power and Light (GPL), a empresa estatal verticalmente integrada. Embora o país tenha um grande potencial para geração de [[energia hidrelétrica]] e alimentada com bagaço de [[cana de açúcar]] em [[termoelétrica]]s, a maioria de sua capacidade instalada é fornecida por [[Geradores elétricos|geradore]]s ineficientes movidos por [[Motor a diesel|motores a diesel]]. Segundo um relatório de 2008, naquele ano a capacidade instalada era de 525 [[Watt|GWh]] de geração estatal e 140 GWh de geração privada. Desse total, cerca de 8% vinham da queima de bagaço de cana.<ref name="GEA">{{Citar web |url=http://www.sdnp.org.gy/gea/downloads/Kick%20the%20Habit.pdf |título=Guyana Energy Agency|língua=en|urlmorta=sim|wayb=20090509051203}}</ref> Várias iniciativas estão em vigor para melhorar o acesso à energia no interior. A Guiana é dotada de recursos de energia renovável e provavelmente se beneficiará muito da transição energética. É classificado no terceiro lugar entre 156 países no índice de ganhos e perdas geopolíticos após a transição energética (Índice GeGaLo{{nota de rodapé|"GeGaLo" é o acrônimo de "'''ge'''opolitical '''ga'''ins and '''lo'''sses after energy transition}}).<ref>{{citar jornal |último1=Overland |primeiro1=Indra |último2=Bazilian |primeiro2=Morgan |último3=Ilimbek Uulu |primeiro3=Talgat |último4=Vakulchuk |primeiro4=Roman |último5=Westphal |primeiro5=Kirsten |título=The GeGaLo index: Geopolitical gains and losses after energy transition |jornal=Energy Strategy Reviews |data=1 de Novembro de 2019 |volume=26 |página=100406}}</ref> O governo da Guiana e do Brasil assinaram um memorando de entendimento em 2012 para explorar o desenvolvimento da energia hidrelétrica, da estrada por [[Linden]]-[[Lethem]] e do porto de águas profundas para impulsionar o comércio e a cooperação bilaterais. Essa rede teria facilitado o acesso rodoviário aos países vizinhos da Guiana; como Brasil, Venezuela e Suriname.<ref>{{Citar web |url=http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/3242-memorando-de-entendimento-entre-brasil-e-guiana-sobre-projetos-de-infraestrutura-brasilia-5-de-dezembro-de-2012|título=Memorando de Entendimento entre Brasil e Guiana sobre projetos de infraestrutura|obra=[[Itamaraty]]|acessodata=29 de abril de 2009}}</ref>

===Saúde ===
{{AP|Saúde na Guiana|Educação na Guiana}}
[[Ficheiro:School in Georgetown.jpg|esquerda|thumb|Uma escola primária em Georgetown, Guiana]]
A expectativa de vida ao nascer foi estimada em 67,39 anos para homens e mulheres em 2012.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20120521224600/https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html?countryName=Guyana&countryCode=gy&regionCode=soa&rank=159#gy|título=Life Expectancy ranks|acessodata=6 de dezembro de 2019|língua=en|arquivourl=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2102rank.html?countryName=Guyana&countryCode=gy&regionCode=soa&rank=159#gy |data=21 de Maio de 2012|arquivodata=29 de maio de 2011}}. CIA World Factbook</ref> O Relatório Global de Saúde de 2014 da [[Organização Pan-Americana da Saúde|OPAS]]/[[Organização Mundial da Saúde|OMS]] (usando estatísticas de 2012) classificou o país como tendo a maior taxa de [[suicídio]] do mundo, com uma taxa de [[mortalidade]] de 44,2 por 100 000 habitantes.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20150616024658/http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/131056/1/9789241564779_eng.pdf?ua=1&ua=1 |título=WHO Report 2014 Preventing suicide: A global imperative.|língua=en|arquivourl=http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/131056/1/9789241564779_eng.pdf?ua=1&ua=1|acessodata=3 de janeiro de 2020|arquivodata=29 de maio de 2011}}</ref><ref>{{citar jornal|url=https://web.archive.org/web/20170610122736/https://www.economist.com/news/americas/21616972-when-it-comes-people-taking-their-own-lives-guyana-leads-world-desperate-measures|título=Desperate measures|via=The Economist|língua=en|arquivourl=http://www.economist.com/news/americas/21616972-when-it-comes-people-taking-their-own-lives-guyana-leads-world-desperate-measures|acessodata=3 de janeiro de 2020|arquivodata=29 de maio de 2011}}</ref> De acordo com estimativas de 2011 da OMS, a prevalência do [[HIV]] naquele ano era de 1,2% da população adolescente/adulta (15 a 49 anos).<ref>{{Citar web |url=http://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/EN_WHS2011_Part1.pdf|título=WHO Health-Related Millennium Development Goals Report 2011|acessodata=6 de dezembro de 2019|língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120617072744/http://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/EN_WHS2011_Part1.pdf |data=17 de junho de 2012|arquivodata=29 de maio de 2011}}</ref>

=== Educação ===
A Guiana carece de uma massa crítica de conhecimentos em muitas das disciplinas e atividades das quais depende. O sistema educacional não se concentra suficientemente no treinamento de guianenses em ciência e tecnologia, assuntos técnicos e vocacionais, gestão de negócios ou ciências da computação. O sistema educacional guianense é modelado no antigo sistema educacional britânico. Os alunos devem fazer o NGSA (''National Grade Six Assessment'') para ingressar no ensino médio na 7ª série e depois fazem o ''Caribbean Examinations Council'' (CXC) no final do ensino médio. As escolas introduziram os exames ''Caribbean Advanced Proficiency Examination'' (CAPE) assim como todos os outros países do Caribe. O sistema de nível A, herdado da era britânica, é oferecido apenas em algumas escolas.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20110529041708/https://www.scholaro.com/pro/countries/Guyana/Education-System|título=Education System in Guyana|língua=en|publicado=Scholaro|urlmorta=yes|arquivourl=https://www.scholaro.com/pro/countries/Guyana/Education-System|arquivodata=29 de maio de 2011}}</ref>

Com 88,5%, a taxa de [[alfabetização]] do país é a mais baixa da América do Sul. No geral, a alfabetização é maior entre as mulheres (89,7%) do que entre homens (87,2%) e estima-se que a alfabetização funcional seja de apenas 70% entre os alfabetizados.<ref>{{Citar jornal |último=Jennings|primeiro=Zellyne|data= 1 de maio de 2000 |titulo = Functional literacy of Young Guyanese Adults|url=https://doi.org/10.1023/A:1003926406978|jornal=International Review of Education|lingua=en|volume=46|número=1|pagina=93–116|doi=10.1023/A:1003926406978|bibcode=2000IREdu..46...93J |issn=1573-0638}}</ref><ref name="Educação na Guiana">{{citar web|url=https://www.cia.gov/the-world-factbook/countries/guyana/#people-and-society |título=Guyana - People and Society |publicado = CIA |língua=en|autor = The World Factbook |acessodata = 21 de maio de 2021 }}</ref><ref name="Educação na Guiana 2">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20170905185501/http://data.uis.unesco.org/Index.aspx?DataSetCode=EDULIT_DS&popupcustomise=true&lang=en#|título=Education|último=UIS|website=data.uis.unesco.org|língua=en|arquivourl=http://data.uis.unesco.org/Index.aspx?DataSetCode=EDULIT_DS&popupcustomise=true&lang=en|acessodata=6 de dezembro de 2019|arquivodata=29 de maio de 2011|urlmorta= sim}}</ref> O país destina cerca de 5,5% de seu Produto interno bruto (PIB) para despesas, investimentos e manutenção da educação nacional, o que é considerado médio em comparação a outros países vizinhos. Em 2012, a expectativa de vida escolar, do ensino primário ao ensino superior, era de um total de 11 anos de estudos.<ref name="Educação na Guiana" /> Os desafios de infraestrutura impactam o acesso à educação, especialmente entre os alunos do interior. Uma avaliação do Banco Mundial mostrou que cerca de 50% dos professores guianenses lecionavam com materiais didáticos inadequados e atendiam a filhos de pais com baixos níveis de alfabetização.<ref name="Educação na Guiana 3">{{Citar web |titulo = Improving Literacy and Numeracy Outcomes for Guyana's Early Learners |url = https://www.worldbank.org/en/results/2019/04/26/improving-literacy-and-numeracy-outcomes-for-guyana-early-learners |acessodata = 6 de março de 2021 | publicado = Banco Mundial |lingua = en}}</ref>

== Cultura ==
{{artigo principal|Cultura da Guiana}}
[[Ficheiro:Mashramani-in-Guyana-2007-by-GuyaneseTavern.jpg|thumb|O festival [[Mashramani]], realizado anualmente em 23 de fevereiro, dia da proclamação da República da Guiana]]

Apesar de estar geograficamente próxima da [[América Latina]], a cultura da Guiana é consideravelmente distinta de qualquer outra nação da região, estando mais próxima à do Caribe de língua inglesa, já que historicamente esteve ligada a esses países como parte do [[Império Britânico]] quando se tornou uma possessão no século XIX.<ref name=cult/> Sua mistura de culturas indianas e africanas dá-lhe semelhanças com [[Trinidad Tobago]] e distingue-a de outras partes das Américas.<ref name=trin/> A Guiana também compartilha interesses semelhantes com as ilhas das Índias Ocidentais, como comida, eventos festivos, música, esportes, etc.<ref name=trin>{{citar web|último=Jef|primeiro=Pierce|url=https://www.library.upenn.edu/blogs/libraries-news/2019/11/01/diversity-in-the-stacks-indo-caribbean-identity|título=Diversity in the Stacks: Indo-Caribbean Identity|língua=en|publicado=University of Pennsylvania|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090117214955/https://www.library.upenn.edu/blogs/libraries-news/2019/11/01/diversity-in-the-stacks-indo-caribbean-identity|arquivodata=17 de janeiro de 2009|urlmorta=não}}</ref>

===Arquitetura ===
A [[arquitetura]] histórica da Guiana reflete o passado colonial britânico do país. Mesmo as casas atuais, quando feitas de madeira, ainda imitam aspectos do estilo.<ref name=ref2/> Muitos dos edifícios em Georgetown e Nova Amsterdam foram construídos inteiramente de madeira local.<ref name=ref2/> É uma arquitetura derivada de muitos países europeus que, uma vez ou outra, controlavam o país.<ref name=ref2/> Ignorando as tradições dos escravos ameríndios e africanos, os colonos construíram nos estilos existentes na época em suas respectivas pátrias; os edifícios resultantes, no entanto, mostram as modificações no projeto e no ornamento ditadas pelas novas condições climáticas e ambientais, bem como pelas habilidades dos construtores e suas interpretações das novas ideias.<ref name=ref2/>

[[Ficheiro:Dwelling in city.jpg|thumb|esquerda|Uma residência da época colonial em Georgetown]]
Até cerca de quarenta anos atrás, qualquer pessoa que pedisse a um carpinteiro contratado que construísse uma casa receberia um edifício modelado no estilo, o que se percebe nos edifícios tradicionais atuais. Isso foi feito em muitos casos sem que uma linha fosse desenhada no papel. Há muito tempo, a construção doméstica chegou a um estilo aceito.<ref name=ref2/> Muitos desses artesãos anônimos dominaram completamente a arte de obter composição em escala, massa e harmonia e criaram edifícios que eram totalmente funcionais para a época e que são, até hoje, inegavelmente agradáveis aos olhos.<ref name=ref2>{{Citar web |título=Architecture…Building under our sun|publicado=Stabroek News |último=Rory |primeiro=Westmaas|língua=en |url=https://www.stabroeknews.com/2010/04/29/guyana-review/architecture-building-under-our-sun/ |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071214221808/http://www.ine.gub.uy/biblioteca/genero/CAP%204%20-%20TRABAJO%20E%20INGRESOS02.pdf |arquivodata=14 de dezembro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref>

A madeira usada pelos colonizadores britânicos foi obtida com uso do tronco do [[Pinheiro|pinho]] oriundo da [[América do Norte]], que veio como lastro nos navios que abasteciam o país com açúcar Demerara.<ref name=arquitetura/><ref>{{citar web |url=http://guyanachronicle.com/2017/08/13/georgetowns-fading-wooden-architecture|título=Georgetown’s fading wooden architecture|primeiro=Staff|último=Reporter|publicado=Guyana Chronicle|acessodata=2 de Agosto de 2011 |língua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130326004911/http://guyanachronicle.com/2017/08/13/georgetowns-fading-wooden-architecture|arquivodata=26 de Março de 2013 |ligação inativa=sim}}</ref> E a prosperidade da colônia atraiu vários arquitetos empreendedores, entre eles Cesar Castellani.<ref name=arquitetura/> O melhor edifício sobrevivente que leva seu selo é a Igreja do Sagrado Coração, em Georgetown, que é em grande parte de madeira, inaugurada em 1861, para os trabalhadores madeirenses da colônia e que Castellani posteriormente expandiu.<ref name=arquitetura/> Os britânicos estavam inclinados a construir com madeira, que era abundante e que se compatibilizava com mais leveza à exuberância do verde do país do que tijolo ou pedra.<ref name=arquitetura>{{citar web|último=Tunku |primeiro=Varadarajan|url=https://web.archive.org/web/20120331021749/https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/library/travel/samerica/000206george.html|título=Guyana's Capital, Tropical Victorian|obra=The New York Times Company |publicado=VNU Media |língua=en |arquivourl=https://archive.nytimes.com/www.nytimes.com/library/travel/samerica/000206george.html|arquivodata=31 de Março de 2012 |ligação inativa=sim}}</ref> Os dois últimos materiais teriam que ser importados a grandes custos da Europa ou da América do Norte.<ref name=livro/> Além disso, o uso de madeira nutriu a presunção [[era vitoriana|vitoriana]] de que os britânicos eram um povo mais adepto do que qualquer outro em domar o ambiente, por mais longe que estivessem de casa.<ref name=arquitetura/>

=== Culinária ===
[[Ficheiro:GuyaneseRoti.JPG|thumb|[[Roti (pão)|Roti]] da Guiana]]
A culinária da Guiana foi grandemente influenciada pela história colonial e pelas populações étnicas.<ref name="goway" /> Como resultado, a comida da Guiana é incrivelmente diversa, levando elementos da culinária crioula, indiana oriental, africana, portuguesa, ameríndia, chinesa e europeia.<ref name="goway" /> A comida tem uma grande variedade e inclui pratos como [[Caril]], [[Roti (pão)|Roti]] e [[Arroz]].<ref name="goway" /> Os pratos foram absorvidos e transformados em guianenses, geralmente através da adição de especiarias. Métodos exclusivos de cozimento, entre outros, são encontrados na pimenta guianesa, um prato de origem nativa americana com um extrato amargo de [[mandioca]], [[pimenta]] forte e especiarias.<ref name="goway" /> Outros favoritos da culinária da Guiana são pão de mandioca, [[guisado]] e [[merengue]], uma sopa grossa e encorpada à base de cocos e bolinhos de massa, consumida com frango ou peixe frito também é consumida. Assar pão é visto como uma arte em muitas aldeias.<ref name="goway">{{citar web|url=https://www.goway.com/travel-information/central-and-south-america/guyana/food-and-drink/|título=Guyana - Food and Drink|publicação=Goway|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170409113648/=https://www.goway.com/travel-information/central-and-south-america/guyana/food-and-drink/|arquivodata=9 de abril de 2017}}</ref>

Os produtos básicos do Caribe e da América Latina são praticamente os mesmos na Guiana e incluem mandioca, [[batata-doce]] e muito mais. [[Frutos do mar]] frescos são uma parte essencial da comida nas áreas rurais e em pequenas aldeias ao longo da costa. Sopas de [[caranguejo]] e sopas com [[quiabo]] são muito apreciadas.<ref name=food>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=ISssHyssa2gC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_vpt_buy#v=onepage&q&f=false|autor=Kirk Smock|titulo=Guyana|editora=Bradt Travel Guides|data=2008|pagina=22 |acessodata= 1 de novembro de 2016|isbn=1841629294}}</ref> Comida chinesa é vendida em restaurantes nas grandes cidades. Uma sobremesa popular é a Salara, também conhecida como pão vermelho.<ref name="food" /> Há muitas frutas frescas, legumes e frutos do mar na costa, A maioria dos residentes usa frutas frescas para fazer suas próprias bebidas, como Mauby feito com casca, com gosto azedo e que utiliza vegetais folhosos e cerveja de [[gengibre]] produzido com às raízes da planta.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://web.archive.org/web/20061024003950/https://www.epersianfood.com/guyanese-food/|título=Guyanese recipes|arquivourl=https://www.epersianfood.com/guyanese-food/|arquivodata=9 de abril de 2017|urlmorta=yes}}</ref>

===Literatura, teatro e música ===
[[Imagem:Eddy_Grant_at_Supreme_Court_Gardens.jpg|esquerda|upright|thumb|O músico guianense [[Eddy Grant]]]]
Autores notáveis da Guiana incluem Wilson Harris, Jan Carew, Denis Williams, Roy A. K. Heath e E. R. Braithwaite. Um dos primeiros autores nascidos na Guiana foi Edgar Mittelholzer, que se tornou mais conhecido quando morava em Trinidad e Inglaterra.<ref>{{citar web|url=http://www.publifarum.farum.it/ezine_articles.php?art_id=92|título=A matter of colour: Edgar Mittelholzer’s A Swarthy Boy|língua=en|autor=Francesca SCALINCI|data=|publicado=|acessodata=3 de março de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090117214955/http://www.publifarum.farum.it/ezine_articles.php?art_id=92|arquivodata=13 de outubro de 2011}}</ref> Ele é conhecido por seus trabalhos, que incluem ''Corentyne Thunder'' e um conjunto de três romances conhecido como ''Trilogia Kaywana'', este último focado em uma família ao longo de 350 anos da história da Guiana. Outros escritores que deram uma contribuição significativa à cultura literária guianesa incluem Fred D'Aguiar, David Dabydeen, Martin Carter e Jan Carew.<ref>{{citar web|url=https://www.stabroeknews.com/2019/12/01/sunday/arts-on-sunday/the-guyana-prizes-contribution-to-literature-far-surpassed-selection-of-best-writer/|título=The Guyana Prize’s contribution to literature far surpassed selection of best writer|publicado=Stabroek News|acessodata=28 de fevereiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131112175820/http://www.dailyrecord.co.uk/entertainment/music/music-news/avril-lavigne-madonna-is-my-idol-1091758|arquivodata=12 de novembro de 2013}}</ref>

Embora o início do teatro em Georgetown do século XIX fosse europeu, no início do século XX surgiu um novo teatro de afro-guianenses e indo-guianenses de classe média da Guiana. Nos anos 50, houve uma explosão de um teatro etnicamente diverso e socialmente comprometido. Apesar da depressão econômica, houve uma luta para manter o teatro pós-1980.<ref>{{citar web|url=http://guyanachronicle.com/2017/10/21/the-state-of-theatre-and-culture-in-guyana|título=The state of theatre and culture in Guyana|língua=en|autor=Mercilin M Burke|data=21 de outubro de 2017|publicado=Guyana Chronicle|acessodata=24 de fevereiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090425195538/http://guyanachronicle.com/2017/10/21/the-state-of-theatre-and-culture-in-guyana|arquivodata=25 de abril de 2009|urlmorta=yes}}</ref>

Alguns afro-guianenses, devido a influência [[jamaica]]na no mundo no que se trata do estilo [[rastafári]], usam cabelos ''[[dreadlocks]]'' e gostam de ouvir música ''[[reggae]]''.<ref name=cult>{{citar livro|título=From Caroni Gyal To Calcutta Woman: A History Of East Indian Chutney Music In The Caribbean |publicado=Rajendra Saywack |data=1999 |autor=Thomas Hunter College |url=http://www.guyanaundersiege.com/Cultural/Chutney%20Music%20.htm|urlmorta=yes|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170823020917/http://www.guyanaundersiege.com/Cultural/Chutney%20Music%20.htm|arquivodata=23 de agosto de 2017}}</ref> [[Eddy Grant]], cantor conhecido mundialmente pelas canções, "I Don't Wanna Dance", "Gimme Hope Jo Anna", além de muitas outras, nasceu na Guiana.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20120702224825/https://www.stabroeknews.com/2017/11/12/sunday/arts-on-sunday/guyanese-icon-eddy-grant-immortalizes-plaisance/|título=Guyanese icon Eddy Grant immortalizes Plaisance|língua=en|publicado=Stabroek News|acessodata=|urlmorta=yes|arquivourl=https://www.stabroeknews.com/2017/11/12/sunday/arts-on-sunday/guyanese-icon-eddy-grant-immortalizes-plaisance/|arquivodata=2 de julho de 2012}}</ref> Trinidad e Tobago exerce influência no país através do ''[[Calipso (gênero musical)|calipso]]''. O carnaval guianense é repleto de concursos de cantores de ''calipso'' e seu mais novo estilo, ''[[soca]]''.<ref>{{citar web|url=https://www.stabroeknews.com/2015/02/01/sunday/arts-on-sunday/carnival-mashramani-evolution-calypso-soca-chutney/|título=Carnival, Mashramani and the evolution of calypso, soca and chutney|língua=en|publicado=Stabroek News|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190630233551/https://www.stabroeknews.com/2017/11/12/sunday/arts-on-sunday/guyanese-icon-eddy-grant-immortalizes-plaisance/|arquivodata=17 de janeiro de 2009|urlmorta=não}}</ref>

=== Esportes ===
[[Imagem:Smaller Providence Stadium inside.jpg|thumb|O [[Providence Park]] é o maior estádio da Guiana]]
Os principais esportes da Guiana são o [[críquete]] (a Guiana faz parte da equipe de críquete do Caribe em contexto internacional), o críquete de praia e o [[futebol]]. Esportes menores incluem [[netball]], [[tênis]], [[basquete]], [[pingue-pongue]], [[boxe]] e [[squash]] (esportes).<ref>{{citar web|língua=en| url=https://www.topendsports.com/world/countries/guyana.htm|título=Sport in Guyana|publicado=Topend Sports|acessodata=8 de julho de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180708170943/https://www.topendsports.com/world/countries/guyana.htm|arquivodata=8 de julho de 2018}}</ref> A Guiana sediou partidas internacionais de críquete como parte da [[Copa do Mundo de Críquete de 2007]]. O estádio [[Providence Park]], com 15 000 lugares, também conhecido como Estádio Nacional da Guiana, foi construído a tempo da Copa do Mundo e estava pronto para o início da partida em 28 de março.<ref>{{citar web|língua=en|url=https://www.unicef.org/guyana/activities_7860.htm|título=ICC Cricket World Cup 2007|autor=|acessodata=2 de dezembro de 2017|publicado=[[Fundo das Nações Unidas para a Infância]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160520072207/https://www.unicef.org/guyana/activities_7860.htm|arquivodata=20 de maio de 2016}}</ref> Para fins de futebol internacional, a Guiana faz parte da [[CONCACAF]].<ref>{{Citar periódico|data=2015-05-29|titulo=Guyana Football Federation announces its Elite League|url=http://www.kaieteurnewsonline.com/2015/05/29/guyana-football-federation-announces-its-elite-league/|jornal=Kaieteur News|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2015-06-07|titulo=Elite League looks to inject life into Guyanese domestic football|url=http://www.kaieteurnewsonline.com/2015/06/07/elite-league-looks-to-inject-life-into-guyanese-domestic-football/|jornal=Kaieteur News|lingua=en-US}}</ref> A liga mais alta no sistema de clubes é a [[GFF Elite League]]. A Guiana também tem cinco cursos para ''[[Turfe]]''.<ref>{{citar jornal|último=Service|primeiro=K News|título=Guyana Horse Racing Authority continues its drive to regularize the sport|url=http://www.kaieteurnewsonline.com/2013/07/11/guyana-horse-racing-authority-continues-its-drive-to-regularize-the-sport/|jornal=Kaiteur News|acessodata=8 de julho de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131203002449/http://www.kaieteurnewsonline.com/2013/07/11/guyana-horse-racing-authority-continues-its-drive-to-regularize-the-sport/|urlmorta=yes|arquivodata=2 de julho de 2012}}</ref>

=== Feriados ===
<center>
{| class="wikitable" align="center"
|+<font size="+1">'''Oficiais'''</font><ref>{{citar web|url=https://www.officeholidays.com/countries/guyana/2020|titulo=National Holidays in Guyana in 2020|língua=en|acessodata=2 de maio de 2020|publicado=Office Holidays|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170519183020/https://www.officeholidays.com/countries/guyana/2020|arquivodata=2017-05-19|urlmorta=não}}</ref>
|-
! style="background:#efefef;" width="150" | Data
! style="background:#efefef;" | Nome em português
! style="background:#efefef;" | Nome local
|-
| [[1 de janeiro]]
| [[Ano Novo]]
| New Year's Day
|-
| [[23 de fevereiro]]
| Dia da República de Mashramani
| Mashramani-Republic Day	
|-
|scope="row" rowspan="4"| março ou abril
| [[Holi]]
| Phagwah
|-
| Dia do Profeta Youman
| Youman Nabi
|-
| [[Páscoa|Sexta-feira Santa]]
| Good Friday
|-
| [[Segunda-feira de Páscoa]]
| Good Friday
|-
| [[1 de maio]]
| Dia Internacional do [[trabalho (economia)|Trabalho]]
| Labor Day
|-
| [[5 de maio]]
| Dia da Chegada Indiana
| Arrival Day
|-
| [[26 de maio]]
| Dia da [[Independência]]
| Independence Day
|-
| [[6 de julho]]
| Dia da [[CARICOM]]
| CARICOM Day
|-
| [[31 de julho]]
| [[Festa do Sacrifício]]
| Eid-Ul-Adh
|-
| [[1 de agosto]]
| Dia da Emancipação
| Emancipation Day
|-
| Outubro ou novembro
| [[Diwali|Divālī]]
| Diwali
|-
| [[25 de dezembro]]
| [[Natal]]
| Christmas
|-
| [[26 de dezembro]]
| [[Boxing Day|Dia do Pacote]]
| Boxing Day
|-
|}
</center>

== Ver também ==
* [[Lista de Estados soberanos]]
* [[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da América]]
* [[Guianas]]
* [[Guiana Britânica]]
* [[Império Britânico]]
* [[Império Colonial Neerlandês]]
* [[Missões diplomáticas da Guiana]]
* [[Crime na Guiana]]

{{Notas e referências}}

== Ligações externas ==
{{Commons|Guyana}}
* {{Link||2=https://dpi.gov.gy/category/news/government/ministry-of-the-presidency/|3=Presidente da Guiana}}
* {{Link||2=http://www.guyana-tourism.com/ |3=Ente oficial de turismo}}
* {{Link||2=http://www.guyana.org/ |3=Guyana News and Information}}
* {{Link||2=https://dpi.gov.gy/tag/minister-of-tourism-industry-and-commerce/|3=Ministry of Tourism, Industry & Commerce : Guyana}}

{{Guiana/Tópicos}}
{{Bloco de navegação
|América do Sul
|OEA
|UNASUL
}}
{{Geografia da América do Sul}}
{{controle de autoridade}}
{{Portal3|América|América do Sul|Geografia|Guiana}}

[[Categoria:Antigos territórios do Império Britânico]]
[[Categoria:Guiana| ]]