Hotel Termal das Caldas de Monchique

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Hotel Termal das Caldas de Monchique
Hotel Termal das Caldas de Monchique
Entrada do Hotel, em 2024.
Informações
Localização Caldas de Monchique
Algarve
Portugal Portugal
Arquiteto Sebastião Formosinho Sanchez
Proprietário Unlock Boutique Hotels
Quartos 46
Coordenadas 37° 17' 3.38" N 8° 33' 15.68" O
Hotel Termal das Caldas de Monchique está localizado em: Faro
Hotel Termal das Caldas de Monchique
Localização do edifício no Algarve

O Hotel Termal das Caldas de Monchique, originalmente denominado de Hospital Termal das Caldas de Monchique, é um edifício hoteleiro na localidade das Caldas de Monchique, no Distrito de Faro, em Portugal.[1]

Caldas de Monchique em 2019, vendo-se o edifício do hotel no fundo à esquerda.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O edifício consiste num antigo hospital, que foi aproveitado para um estabelecimento hoteleiro, o Hotel Termal.[1] O hotel possui 45 quartos, e está equipado com um ginásio no quarto piso.[2] Faz parte de um complexo maior que inclui o Hotel Central, o Hotel D. Carlos Regis e o Central Suites & Apartments, gerido pelo grupo Unlock Boutique Hotels.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Este não foi o primeiro estabelecimento de saúde nas Caldas de Monchique, uma vez que em 1692 foi inaugurada uma enfermaria para os aquistas, sendo esta data considerada como o início do funcionamento das termas.[3]

Em 1959, a Comissão de Construções Hospitalares elaborou o projecto para o edifício, estando nesse ano ainda em produção o plano relativo às instalações do balneário.[1] Em 29 de Outubro desse ano, o jornal Comércio de Portimão relatou que no dia 10 de Novembro a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iria abrir o concurso para a construção do edifício do Hospital-Termal, com uma base de licitação de 3.747.921$70.[4] A construção do hospital integrou-se numa fase de desenvolvimento da estância termal, tendo sido considerada pelo jornal Correio do Sul em 26 de Novembro desse ano como « o passo mais importante e pratícamente mais decisivo para a justa valorização do que é, sem favor, uma das mais riquezas algarvias».[5]

Em 30 de Outubro de 1960, o jornal Folha do Domingo noticiou que o Ministro das Obras Públicas tinha concedido um subsídio à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais para a instalação de um ramal da Estrada Nacional 266-A, que ligaria a oficina de engarrafamento à povoação das Caldas de Monchique e criar um novo acesso ao Hospital Termal, cujas obras começariam em breve.[6] Em 10 de Dezembro de 1961, o mesmo periódico reportou que o governo tinha reforçado os subsídios atribuídos à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais para a construção do Hospital Termal das Caldas de Monchique, que então já se encontrava em curso.[7] Segundo o Jornal do Algarve de 8 de Dezembro de 1962, a DGEMN tinha sido autorizada a abrir o concurso para a instalação dos elevadores,[8] e em 27 de Junho de 1963, o Correio do Sul relatou que estava a ser planeada a instalação de um centro de reumatologia no hospital.[9]

Em 16 de Janeiro de 1964, o jornal Correio do Sul anunciou que tinha sido concedido um novo subsídio para a instalação do hospital, desta vez relativo equipamentos de cozinha e outros artigos,[10] e em 6 de Agosto reportou que tinha sido feito recentemente um concurso para a aquisição de equipamento médico a ser utilizado no hospital termal, nos serviços de raios X, câmara escura e fisioterapia, e que o edifício estava quase concluído.[11] Em 8 de Novembro desse ano o jornal O Algarve noticiou que a DGEMN tinha recebido um novo subsídio para as obras do hospital, desta vez correspondentes aos equipamentos da central térmica.[12] Em 30 de Setembro de 1965, o mesmo periódico afirmou que o Hospital Termal já estava construído e quase completamente apetrechado, «faltando apenas as providências governamentais que possibilitem o seu indispensável funcionamento».[13] Porém, em 1969 ainda não estava a funcionar, tendo o coronel Sousa Rosal afirmado, numa intervenção na Assembleia Nacional em Janeiro daquele ano, que parte do edifício estavam a ser utilizado como instalações provisórias de apoio aos aquistas, depois da demolição do balneário em 1941.[14] Em Julho de 1970 o Hospital Termal já estava a funcionar, embora de forma parcial, prevendo-se então que iria servir igualmente como um centro de recuperação.[15]

O edifício foi depois sido readaptado para um hotel.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d VIEGAS, Patrícia (2000). «Hospital Termal das Caldas de Monchique / Hotel Termal». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural - Ministério da Cultura. Consultado em 5 de Janeiro de 2020 
  2. a b «Hotel Termal». Unlock Boutique Hotels. Consultado em 9 de Janeiro de 2019 
  3. «Caldas de Monchique» (PDF). O Occidente. Ano 113 (355). Lisboa. 1 de Novembro de 1888. p. 244. Consultado em 5 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  4. «Vai ser construido o edificio do hospital termal das Caldas de Monchique» (PDF). Comércio de Portimão. Ano 34 (1700). Portimão. 29 de Outubro de 1959. p. 1. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  5. «As Caldas de Monchique vão ser dotadas de alguns melhoramentos que nelas mais se impôem» (PDF). Correio do Sul. Ano XL (2180). Faro. 26 de Novembro de 1959. p. 1. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  6. «Caldas de Monchique» (PDF). Folha do Domingo. Ano XLVI (2373). Faro: Diocese do Algarve. 30 de Outubro de 1960. p. 8. Consultado em 2 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  7. «Hospital-Termal das Caldas de Monchique» (PDF). Folha do Domingo. Ano XLVIII (2431). Faro: Diocese do Algarve. 10 de Dezembro de 1961. p. 1. Consultado em 2 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  8. «Diversas» (PDF). Jornal do Algarve. Ano 6 (298). Vila Real de Santo António. 8 de Dezembro de 1962. p. 2. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  9. «Procura-se instalar nas Caldas de Monchique um Centro de Reumatologia» (PDF). Correio do Sul. Ano XLV (2362). Faro. 27 de Junho de 1963. p. 1. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  10. «Correio do Sul» (PDF). Correio do Sul. Ano XLV (2387). Faro. 16 de Janeiro de 1964. p. 1. Consultado em 2 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  11. «Melhoramentos nas Caldas de Monchique» (PDF). Correio do Sul. Ano XLVI (2416). Faro. 6 de Agosto de 1964. p. 1-2. Consultado em 2 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  12. «Notícias várias» (PDF). O Algarve. Ano 57 (2954). Faro. 8 de Novembro de 1964. p. 3. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  13. «Melhoramentos nas Caldas de Monchique» (PDF). Correio do Sul. Ano XLVII (2473). Faro. 30 de Setembro de 1965. p. 1. Consultado em 2 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  14. «Intervenção do coronel Sousa Rousal a favor das Caldas de Monchique» (PDF). Jornal do Algarve. Ano 12 (617). Vila Real de Santo António. 18 de Janeiro de 1969. p. 1-6. Consultado em 3 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
  15. CONTREIRAS, Ascenção (11 de Julho de 1970). «Instrumentos de Saúde no Algarve» (PDF). Povo Algarvio. Ano XXXVII (1882). Tavira. p. 1-3. Consultado em 5 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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