Iberoporus pluto

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Infraclasse: Neoptera
Superordem: Endopterygota
Ordem: Coleoptera
Subordem: Adephaga
Família: Dytiscidae
Género: Iberoporus
Espécie: I. pluto
Nome binomial
Iberoporus pluto
(Ribera & Reboleira, 2019)

Iberoporus pluto é uma espécie de escaravelho, descoberta na gruta de Soprador do Carvalho, no concelho de Penela.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O escaravelho tem 2,8 mm de comprimento e cerca de 1,1 mm de largura[2], não tem asas nem olhos nem côr, numa adaptação a viver num ambiente sem luz solar, e apresenta longos membros que provavelmente farão com que tenha dificuldade em nadar,[1] apesar de ser aquático - as longas patas servirão sobretudo para andar nas superfícies argilosas.[3] É o primeiro coleóptero estigobionte (isto é, que vive em águas subterrâneas) descoberto em Portugal.[2]

O inseto dentro de água transporta uma bolha de ar para conseguir respirar, tendo que regressar frequentemente à superfície para renovar a bolha.[3][2]

Descoberta[editar | editar código-fonte]

A espécie foi identificada por Ana Sofia Reboleira, da Universidade de Copenhaga (Dinamarca), e Ignacio Ribera, da Universidade de Pompeu Fabra, em Barcelona (Espanha), na referida gruta de Soprador do Carvalho. Foi apenas encontrado um exemplar (uma fêmea), numa superfície argilosa no leito do curso de água subterrâneo (proveniente do rio Dueça) do que atravessa a gruta. A descoberta foi publicada em janeiro de 2019.[3]

Nome[editar | editar código-fonte]

O nome da espécie (pluto) foi dado em referência a “Πλούτων” (Ploutōn), o deus grego dos mundos inferiores.[2]

Referências

  1. a b «Novo escaravelho subterrâneo descoberto em gruta na serra do Sicó». Sapo. 8 de janeiro de 2019. Consultado em 15 de janeiro de 2019 
  2. a b c d Ribera & Reboleira 2019
  3. a b c Coutinho, Margarida (8 de janeiro de 2019). «Primeiro escaravelho português descoberto em águas subterrâneas». Público. Consultado em 16 de janeiro de 2019 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]