Instituto de Música da Universidade Católica do Salvador

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O Instituto de Música da Universidade Católica do Salvador (IMUCSAL[1]), antigo Instituto de Música da Bahia, é uma faculdade de música fundada em 1897, "historicamente, a segunda escola de música fundada no Brasil e regulamentada pelos órgãos governamentais",[2] vinculado à Universidade Católica do Salvador.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Fundado em 1897 como Conservatório de Música da Bahia, era um anexo da Escola de Belas Artes e como tal funcionou até 1917 quando efetivou o processo de separação, vindo a ser no ano seguinte o Instituto de Música da Bahia com nova diretoria e novas diretrizes.[3]

Havia, no começo do século XX, duas outras principais escolas de música na capital baiana, além do Instituto: a Escola Normal de Música da Bahia, de Pedro Irineu Jatobá, e o Curso de Música da maestrina Zulmira Silvany — sendo que ambos haviam sido professores do Conservatório e, por divergências ali havidas, criaram seus próprios estabelecimentos.[3]

Em 1958 o médico e músico Wenceslau Pires da Veiga criou um grupo musical composto por outros profissionais da área da saúde e que se reunia em sua residência (grupo este citado no romance Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado) e, depois de várias mudanças de local, na casa do maestro Agenor Gomes onde funcionou até seu falecimento em 1970 quando a então diretora do Instituto (ainda não vinculado à UCSAL), Maria Dulce Calmon de Bittencourt Pinto de Almeida, propôs que a mesma ficasse ligada à instituição, já que estava sob a direção do seu professor Flávio Alexandrino Gomes; feita a união, este serviu não apenas durante os eventos do Instituto, como ainda auxiliando na formação dos alunos dos cursos de Licenciatura e de Instrumento Musical; permaneceu ligado ao IMUCSAL até o ano de 1993 quando a mudança na direção da escola provocou o rompimento com o grupo que, em 1995, formalizou-se legalmente como "Ateneu Musical" nomeado em homenagem a Osvaldo Devay de Souza, um de seus mais ilustres integrantes e benfeitor.[1]

Ex-alunos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Sobre o Ateneu Musical». Associação Cultural Brasil Japão do Estado da Bahia. Consultado em 15 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 20 de agosto de 2018 
  2. Maria da Conceição Costa Perrone; Selma Boulhosa Alban Cruz. «A Música em Salvador: Um Breve Percurso Histórico (dos jesuítas até 1897)». Manuka. Consultado em 14 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2020 
  3. a b Moisés Silva Mendes; Pablo Sotuyo Blanco. «A Escola Normal de Música da Bahia de Pedro Irineu Jatobá e o Curso de Música de Zulmira Silvany». UFBA. Consultado em 14 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 15 de novembro de 2020. PDF arquivado em html. 
  4. «Carlos Coqueijo - biografia». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 15 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 24 de outubro de 2017 
  5. «Nilde Almeida - biografia». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 15 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Maria da Conceição Costa Perrone; Selma Boulhosa Alban Cruz (1997). Instituto de Música: um século de tradição musical na Bahia. Salvador: GrafUFBA. 134 páginas