Jean Baptiste Gonet

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jean Baptiste Gonet
Nascimento 1616
Béziers
Morte 24 de janeiro de 1681 (64–65 anos)
Béziers
Cidadania França
Ocupação teólogo
Religião Igreja Católica

Jean Baptiste Gonet (Béziers, cerca de 1616 — Béziers, 1681) foi um teólogo dominicano francês.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Recebeu sua educação primária em sua terra natal e lá, com 17 anos, entrou na Ordem de São Domingos. Depois da formação religiosa, foi enviado para o Universidade de Bordéus, onde com uma habilidade incomum dedicou-se ao estudo da Filosofia e Teologia, ganhando todas as honras nos exames habituais. Tendo recebido o doutoramento, foi nomeado para a cátedra de Escolástica na universidade, na qual provou ser um brilhante teólogo e um professor excepcionalmente talentoso.[1]

Em 1671 foi eleito pároco provincial de sua localidade. Tendo terminado seu mandato, reassume o cargo de professor de Teologia, exercendo-o até 1678, época em que em razão de uma doença o obrigou a regressar à sua terra natal.[1]

Trabalho[editar | editar código-fonte]

Sua obra principal é Clypeus theologiae thomisticae contra novos ejus impugnatores (16 vols, Bordeaux, 1659-69, "Defesa Tomística contra a nova teologia de seus agressores"). De 1669 a 1681 foram editadas não menos que nove edições desta obra, a última sendo a edição de Paris de 1875. Pouco antes de sua morte, publicou seu Manuale thomistarum (Manual de Tomística), que é um resumo de sua obra maior.[1]

Como teólogo e disputante acadêmico, Gonet figura entre as figuras mais proeminentes de seu tempo. Ardoroso defensor e expoente do ensino de Tomás de Aquino e ilustre representante do Neo-Tomismo, ele expôs o ensino tradicional de sua escola com clareza e habilidade e alguma amargura contra os representantes de diferentes pontos de vista.[1]

Ele viveu em uma época em que a discussão teológica era abundante, quando os homens, cansados de trilhar caminhos batidos, se empenhavam em construir seus próprios sistemas. Seu zelo e pela integridade do ensino tomista e sua amarga aversão à novidade doutrinária às vezes o levaram além do ensino de seu mestre e o levaram a adotar opiniões sobre certas questões de teologia, especialmente aquelas que lidam com predestinação e reprovação, que foram rejeitadas por muitos teólogos eruditos de sua própria escola.[1]

Em 1669, publicou uma obra sobre a moralidade dos atos humanos, cujo objetivo era defender a doutrina tomista ao mesmo tempo contra o que ele chama de frouxidão dos casuístas modernos e o rigorismo dos jansenistas. Nesse tratado, ele defende o probabiliorismo de sua escola e, no calor da controvérsia, é implacável em suas denúncias da doutrina do probabilismo.[1]

Referências

  1. a b c d e f g Schroeder, H. J. "Jean Baptiste Gonet". In: Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company, 1909, acesso em 29/07/2021