Jerzy Andrzejewski

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Jerzy Andrzejewski
Jerzy Andrzejewski
Jerzy Andrzejewski em 1949
Nascimento 19 de agosto de 1909
Varsóvia, Polônia
Morte 19 de abril de 1983 (73 anos)
Varsóvia, Polônia
Nacionalidade Polónia Polaco

Jerzy Andrzejewski (Varsóvia, 19 de Agosto de 1909Varsóvia, 19 de Abril de 1983) foi um romancista e dissidente político polaco.

Vida[editar | editar código-fonte]

Oriundo de uma família da classe média, era filho de um merceeiro e da filha de um médico de província. Muito cedo na sua infância, começou a escrever contos.

Depois de concluir os seus estudos secundários, Andrzejewski ingressou na Universidade de Varsóvia como estudante de Literatura da Polónia mas, enquanto escrevia para revistas literárias, como o semanário Prosto z Mostu, descurou os seus deveres académicos, pelo que deixou a universidade sem ter obtido um diploma.

Em 1936 publicou o seu primeiro livro, com o título Drogi nieuniknione (Caminhos Inevitáveis), e, dois anos mais tarde, Ład Serca (1938, A Harmonia do Coração), ambos colectâneas de contos que tinham já aparecido na revista Prosto z Mostu. O último livro mencionado foi galardoado com o prémio da Academia da Literatura da Polónia e o seu autor foi considerado como o escritor católico mais talentoso do seu país.

Sepultura de Jerzy Andrzejewski em Varsóvia.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Andrzejewski aderiu ao movimento da Resistência polaca (polonesa) operando em Varsóvia. Retomou a publicação da sua obra com o cessar da guerra. Assim, em 1945 publicou uma outra colectânea de contos, Noc, que reflectiam as vivências da guerra e da ocupação alemã. Tornar-se-ia depois membro do Sindicato dos Escritores polaco, mas a ocupação da Polónia pelas tropas soviéticas tinha dado lugar a uma mudança ideológica no país, pelo que, em 1949, a atmosfera liberal em que os escritores polacos se exprimiam desapareceu e o sindicato adoptou o modelo soviético do realismo. Nesse mesmo ano, Andrzejewski foi eleito presidente do Sindicato dos Escritores, passando a representar a corrente soviética na sua obra, e a defender o Comunismo nos seus artigos de imprensa.

Em 1952 foi escolhido para editor do Przegląd Kulturalny, um semanário cultural de grande importância, posição que deteve até 1954, e nomeado para membro do parlamento, cargo que ocupou até 1957, altura em que se demitiu em atitude de protesto contra a censura. Desiludido com o caminho que o Comunismo levava na Polónia, o autor passou a criticar o regime cada vez mais abertamente.

Em 1957 publicou Ciemności kryją ziemię (Os Inquisidores), uma parábola filosófica acerca do governo autocrático de uma ideologia totalitarista. Em 1968 foi a vez de Apelacja (O Apelo), que atacava directamente o regime comunista, pelo que não foi publicado na Polónia. Diversas vezes impedido de publicar a sua obra, Andrzejewski recorreu a editoras mantidas por dissidentes polacos no Ocidente, ou na revista literária Zapis. Em 1979 co-fundou o KOR, o Comité de Defesa dos Trabalhadores, cuja finalidade era auxiliar as famílias dos trabalhadores exercendo o direito à greve, que por isso eram presos ou despedidos.

Está sepultado no Cemitério de Powązki em Varsóvia.

Trabalhos parcial[editar | editar código-fonte]

  • Unavoidable Roads (Drogi nieuniknione, 1936)
  • Mode of the Heart (Ład serca, 1938)
  • Night (Noc, 1945)
  • Ashes and Diamonds (Popiół i diament, 1948)
  • The Inquisitors (Ciemności kryją ziemię, 1957, tr. 1960)
  • An Effective War (Wojna skuteczna, czyli Opis bitew i potyczek z Zadufkami, 1953)
  • The Gates of Paradise (Bramy raju, 1960)
  • A Sitter for a Satyr (Idzie skacząc po górach, 1963)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]