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Jin Yuelin

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Jin Yuelin
Jin Yuelin
Jin Yuelin en 1961.
Nascimento 14 de julho de 1895
Condado de Changsha
Morte 19 de outubro de 1984
Pequim
Cidadania China, China
Alma mater
Ocupação filósofo, professor universitário, lógico
Empregador(a) Universidade de Pequim, Universidade Tsinghua

Jin Yuelin (Chinês: 金岳霖) (1895–1984) foi um filósofo e lógico chinês.

Nascido em Changsha, Hunan, Yuelin frequentou a Universidade Tsinghua de 1911 até 1914. Ele obteve PhD em Ciência política pela Universidade Columbia em 1920. Em 1926, Jin fundou o Departamento de Filosofia da Universidade Tsinghua. Yuelin foi um participante ativo no Movimento Quatro de Maio enquanto jovem, revolucionário intelectual. Ele ajudou a incorporar o Método científico à Filosofia.

Ele morreu em Pequim.

Contexto Filosófico: Pensamento Oriental vs. Pensamento Ocidental

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Entre os primeiros a introduzir sistematicamente a lógica moderna na China, Jin também elaborou um novo sistema filosófico combinando elementos da tradição filosófica chinesa (especialmente o conceito de Tao) e da tradição ocidental. Tem-se trabalhado pouco na filosofia de Jin no Ocidente (em Inglês), embora uma quantidade decente em Chinês. Jin não defende uma metodologia tradicional, histórica para a Filosofia; antes a apresenta como um método prático para resolver problemas. Havia uma grande diferença da forma de que os filósofos chineses de seu tempo viam o estudo da Filosofia. Ao risco de simplificação exagerada, a abordagem de Jin pode ser vista como híbrida entre as ideologias oriental e ocidental - influenciada tanto pela educação ocidental em Lógica e Ciência que teve, quanto pelas raízes chinesas. Ele se interessava particularmente pelo trabalho de Bertrand Russell, baseado no chamado "Novo Realismo", da filosofia britânica. Russell trabalhou dois conceitos principais: dividir o complexo em partes menores e reconstruir o método da Lógica (ambos os conceitos afetaram o pensamento e a filosofia de Jin).[4] Entretanto, Jin pode ser considerado um filósofo chinês pelo fato de ter sido melhor instruído na filosofia chinesa e ter se importado com conceitos chineses (e.g. Tao).[1] Entretanto, diz-se que "Jin fez uso de estruturas discursivas emprestadas tanto do pensamento chinês como o pensamento ocidental como modos de persuasão".[2] 
Os escritos de Jin se entrelaçam com seu desejo de navegar no espaço entre a filosofia chinesa e a filosofia ocidental. Em seu texto "Filosofia chinesa", Jin aponta as diferenças visíveis para ele entre as duas esferas do estudo da Filosofia. Ele vê a abordagem filosófica ocidental como sendo mais meticulosamente lógica e científica, como um paralelo ao pensamento helenístico da Grécia antiga.[3] Em contraste, ele descreve a filosofia chinesa como tendo certo "subdesenvolvimento do que se chamaria consciência lógico-epistemológica".[3] Ele explica que a filosofia chinesa é mais poética e que possui "leviandade e descontinuidade”,[3] ao passo que a filosofia ocidental é mais fluente. Esta falta de explicação estendida na filosofia chinesa acarreta, como Jin nota, a filosofia chinesa ser mais resumida a interpretar o trabalho de filósofos antigos que apresentar formas originais de pensar. Em contraste, Yuelin não atribui ideias ou faz referência em sua própria filosofia a pensadores do passado.[4] Adicionalmente, ele não segue os objetivos nacionalistas da China em sua filosofia, como muitos de seus colegas fizeram.[5] Jin observa que a China tem um histórico longo no estudo entrelaçado de Filosofia e Ciência política; a Filosofia de hoje é mais especializada e diferenciada. Essa separação da disciplina, conquanto cria conhecimento objetivo, distancia o filósofo da Filosofia. Jin defende viver a Filosofia em vez de apenas conhecê-la.[3] Assim, ele se esforça para tirar vantagem do apego emocional nas palavras chinesas. Por exemplo, Jin prefere não traduzir a palavra "Dao", mas mantém a origem chinesa desta.[6]
  1. Ma, Lin.
  2. Zinda, 2012, p.179
  3. a b c d Jin, Yuelin.
  4. Zinda, 2012, p.29
  5. Zinda, 2012, p.181
  6. Zinda, 2012, 31