Johann Gutlich

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Johann Gutlich
Nascimento 29 de agosto de 1920
Roterdão
Morte 11 de setembro de 2000 (80 anos)
Cidadania Reino dos Países Baixos
Ocupação pintor

Johann Margaretha Gutlich (Roterdão, 29 de agosto de 1920São Paulo, 11 de setembro de 2000) foi um pintor holandês.

Estudou na academia de artes e ciências técnicas de Roterdão e com o pintor Henk Chabot. Expôs no Museu Boymans van Beunningen, em Rotterdam e na Galeria Van Lier, em Amsterdam. Atuou na resistência e em movimentos culturais durante a segunda guerra mundial, refugiando-se na província da Frísia no período final do conflito. Serviu como sargento no exército canadense de libertação, na qualidade de intérprete.

Após a guerra, desiludido seguiu como andarilho em direção ao Marrocos, de onde retornou juntou a uma caravana de ciganos. Imigrou para o Brasil em 1953 a convite da comitiva brasileira presente em Amsterdam para o congresso internacional de história da arte em 1952.

No Brasil expôs duas vezes no Museu de Arte Moderna, na galeria Louvre e na Bienal de São Paulo.

Morou de 1961 a 1999 no Vale do Paraíba, em São José dos Campos, onde criou e dirigiu de 1962 a 1970 a Faculdade de Belas Artes. Sua obra pode ser dividida em duas grandes fases: a de expressionismo figurativo, da década de 1930 a 1969; e expressionismo abstrato, de 1969 a 2000.

Críticas[editar | editar código-fonte]

"Dentro do expressionismo, múltiplas são as tendências. Há um expressionismo caracteristicamente alemão, como há um expressionismo francês, menos doloroso e mais místico, ou um expressionismo suíço, voltado para o monumental. Na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo tivemos, com as obras de Permeke, uma amostra do expressionismo flamengo que se poderia classificar como telúrico, tão ligado se acha à terra pastosa e fecunda dessa região da Holanda e da Bélgica que nos deu pintores exuberantes, gravadores e poetas de força e audácia. Nessa mesma tradição se coloca a arte de Johann Gutlich (...) Sua pintura alia o amor as formas possantes à sensualidade pesada, do colorido, tudo numa intenção por assim dizer simbólica de afirmação humana e cósmica. Seu expressionismo não tem por fim a exaltação mística nem a crítica social. Aspira apenas exprimir a vida no seu complexo de alegria e luta, tenacidade na conquista da terra, no domínio do mar, na resistência aos fenômenos da natureza. É a pintura de um homem solidamente fincado no solo, braços abertos para o seu mundo".

EXPRESSIONISMO no Brasil: heranças e afinidades. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1985.

Exposições[editar | editar código-fonte]

1943 - Roterdã (Holanda) - Individual, no Museu Boymans 1944 - Roterdã (Holanda) - Individual, no Museu Boymans 1949 - Amersfoort (Holanda) - Individual 1949 - Amsterdã (Holanda) - Individual 1952 - Amsterdã (Holanda) - Individual, na Galeria Van Lier 1953 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP 1957 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP 1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia 1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo - Sala Especial Expressionismo no Brasil - Heranças e Afinidades, na Fundação Bienal  1986 - São José dos Campos SP - Mostra, na Galeria Entreartes 1992 - São José dos Campos SP - Mostra, na Galeria Volpi 1996 - São José dos Campos SP - Mostra, na Galeria Volpi 1997 - São José dos Campos SP - Expressionismo Figurativo, na Prefeitura Municipal

Ligações externas[editar | editar código-fonte]