José Maria Nepomuceno

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José Maria Nepomuceno, em retrato de 1884.[1]

José Maria Nepomuceno (Nasceu em Lisboa em agosto de 1836 - morreu em Lisboa em junho de 1895). Filho de Manuel Joaquim Nepomuceno, membro da Academia da Marinha e de Gertrudes Magna das Dores Corrêa Lobo Nepomuceno, descendente de família nobre de Alpiarça. Foi um arquiteto, colecionador e bibliógrafo[2] português. Diplomado em 1858 no curso de arquitetura da Academia de Belas-Artes de Lisboa[3] desenvolveu desde 1865 extensa atividade no Ministério das Obras Públicas."

"Da sua responsabilidade são usualmente mencionados o restauro revivalista do Convento da Madre de Deus (1872), o projecto da Escola Médico-Cirúrgica[4] ou Faculdade de Ciências Médicas,[5] e, no Hospital Miguel Bombarda, o Pavilhão de Segurança (1892-1896), (raro imóvel vanguardista a nível internacional, pelos seus amplos arredondamentos sistemáticos e generalizados de arestas, precursor do design e arquitectura modernista dos anos 1920 e 1930, e um dos seis edifícios pan-ópticos existentes no mundo), o Edifício das Enfermarias em Poste Telefónico (1885-1894), (o primeiro do mundo com essa tipologia e funcionalidade, anterior ao edifício de Fresnes, Paris, de 1898), os dois enormes mas elegantes Telheiros (1894) em ferro, madeira e telha destinados ao passeio diário de homens e de mulheres, o edifício das Oficinas para Doentes (1894) e a Escadaria em ferro fundido (c. 1894) do Edifício Principal do Hospital,[6] todos em Lisboa.[4]

Foi proprietário da Igreja do extinto Convento de Santa Iria, em Santa Maria dos Olivais (Tomar).[7]

Esposa: Olinda Júlia Teixeira Nepomuceno, filha de Martinho José Baptista Teixeira.

Teve 7 filhos (todos Teixeira Nepomuceno): Maria Amélia, Jayme Augusto, Maria Júlia, Maria Virginia, Fernão Gustavo, Maria Palmyra, e Maria Ernestina. Maria Palmyra casou em Lisboa, passou a se chamar MARIA PALMYRA NEPOMUCENO GUIMARÃES, se mudou para o Brasil, onde faleceu em 1954.

Referências

  1. Freire, Vítor Albuquerque (2009). Panóptico, Vanguardista e Ignorado. O Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda. Lisboa: Livros Horizonte. pp. pag. 9 do anexo de imagens. 
  2. [1]
  3. Um ano trágico: Lisboa em 1836, Luís Varela Aldemira, Department La Bécarre, E. de Moraes, p. 254
  4. a b Museu Miguel Bombarda, Associação Portuguesa de Arte Outsider
  5. Faculdade de Ciências Médicas, C. M. de Lisboa
  6. Freire, Vítor Albuquerque (2009). Panóptico, Vanguardista e Ignorado. O Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda. [S.l.: s.n.] 
  7. Convento e Igreja de Santa Iria - Cronologia, 15 de Fevereiro de 2009

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Panóptico, Vanguardista e Ignorado, O Pavilhão de Segurança do Hospital Miguel Bombarda, por Vitor Albuquerque Freire, Livros Horizonte, 2009