José Barbosa (cenógrafo)
José Barbosa (1900 – 1977) foi um cenógrafo e figurinista português.
Biografia / Obra
[editar | editar código-fonte]José Barbosa marcou a evolução na cenografia Portuguesa, tendo projetado cenários e figurinos para todo o género de espetáculo teatral: revista e tragédia, bailado e ópera, comédia e teatro infantil. "Para todos os géneros soube encontrar a atmosfera, a forma, a cor, acrescida daquela criatividade e elegância que o torna diferente de todos, podendo bem ser considerado o maior desenhador teatral do séc.XX".[1]
Influenciado pela estética dos Ballets Russes de Diaghilev, os seus trabalhos pioneiros para o Teatro de Revista (como a revista Água-pé, 1927, onde pela primeira vez colaborou com Francis Graça e Frederico de Freitas) introduziram um gosto modernista na cenografia teatral portuguesa. Depois de um longo período dedicado sobretudo à revista, por volta de 1940 a sua atividade centrava-se sobretudo no teatro declamado. Na década de 1940 colaborou em diversas produções da Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio.[2][3][4]
O espólio do Museu Nacional do Teatro possui um vasto conjunto de maquetas de cenário de sua autoria.[3]
Alguns espetáculos[5]
[editar | editar código-fonte]Teatro de revista
[editar | editar código-fonte]- 1926 – Cabaz de Morangos (revista), Cine-teatro Éden, Lisboa.
- 1927 – Sete e Meio (revista), Teatro Apolo, Lisboa.
- 1928 – Carapinhada (revista).
- 1929 – Chá de Parreira (revista), Teatro Variedades, Lisboa.
- 1930 – Feira da Luz (revista), Teatro da Trindade, Lisboa.
- 1931 – Ai-ló (revista), Teatro Avenida, Lisboa.
- 1932 – Areias de Portugal (revista), Teatro Politeama, Lisboa.
- 1936 – A minha Terra (revista), Coliseu dos Recreios, Lisboa.
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Teatro[6]
[editar | editar código-fonte]- 1952 – Castro (encenação de Francisco Ribeiro), Teatro do Povo.
- 1952 – A Commedia dell’arte (encenação de Francisco Ribeiro), Teatro do Povo.
- 1954 – Tio Simplício (encenação de Francisco Ribeiro), Teatro do Povo.
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Outros espectáculos
[editar | editar código-fonte]- 1937-38 – Figurinos para as atuações de Francis Graça e Ruth Walden na tournée do Brasil.
- 1940 – Inês de Castro, Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio, Teatro da Trindade, Lisboa.
- 1948 – Nazaré e Três Danças, Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio, Teatro Nacional de S. Carlos, Lisboa.
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Referências
- ↑ Museu Nacional do Teatro. «A revista modernista». Consultado em 24 de agosto de 2013
- ↑ Santos, Vítor Pavão dos – Verde Gaio: Uma Companhia Portuguesa de Bailado (1940-1950). Lisboa: Museu Nacional do Teatro, 1999, p. 17, 18, 25, 38, 89, 91. ISBN 972-776-016-3
- ↑ a b Museu Nacional do Teatro. «Cenografia». Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ Cut City. «Parque Mayer: história dos 80 anos da Broadway portuguesa». Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ Santos, Vítor Pavão dos – Verde Gaio: Uma Companhia Portuguesa de Bailado (1940-1950). Lisboa: Museu Nacional do Teatro, 1999.
- ↑ Museu Nacional do Teatro. «O grande teatro do mundo ou os clássicos em Lisboa». Consultado em 24 de agosto de 2013