José Ramos Bandeira
José Ramos Bandeira | |
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Nascimento | 18 de agosto de 1906 Faro, Algarve Portugal |
Morte | 28 de outubro de 1991 (85 anos) Coimbra |
Ocupação | Médico e professor |
Especialidade | Farmacologia |
Alma mater | Universidade de Coimbra Universidade do Porto |
Prémios relevantes | Ordem do Mérito da República Italiana |
José Ramos Bandeira OMRI (Faro, Algarve, 18 de Agosto de 1906 - Coimbra, 28 de Outubro de 1991) foi um médico e professor português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e educação[editar | editar código-fonte]
José Ramos Bandeira nasceu na cidade de Faro, em 18 de Agosto de 1906, filho de José Gonçalves Bandeira e Ana de Jesus Ramos Bandeira.[1] Fez os seus primeiros estudos ainda em Faro[2], e depois frequentou a Universidade de Coimbra, onde se matriculou na Faculdade de Farmácia em 25 de Outubro de 1923 e em Ciências em 10 de Outubro de 1924.[1] Licenciou-se em Farmácia em 19 de Novembro de 1927, e em Ciências em Outubro de 1933.[1] Esteve depois na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, onde se doutorou em 20 de Fevereiro de 1945.[1]
Carreira profissional[editar | editar código-fonte]
José Ramos Bandeira começou a trabalhar ainda quando estudava em Coimbra, tendo sido assistente provisório na cadeira de Bacteriologia em 1928, e nas de Biologia e Bioquímica entre 1929 e 1931.[1] Ocupou depois a posição de professor agregado nas cadeiras de Toxicologia e Análises Toxicológicas entre 1934 e 1936, Criptogamia e Fermentações entre 1934 e 1938, Química Biológica entre 1936 e 1937, e Análises Bioquímicas entre 1936 e 1937.[1] Foi professor extraordinário nas cadeiras de Criptogamia e Fermentações entre 1938 e 1970, Farmácia Galénica entre 1940 e 1970, Higiene entre 1968 e 1970, e Microbiologia Aplicada entre 1968 e 1970.[1] Exerceu como professor catedrático nas cadeiras de Farmácia Galénica entre 1970 e 1973, Higiene entre 1970 e 1974, Criptogamia e Fermentações entre 1970 e 1975, e Microbiologia Aplicada entre 1970 e 1975.[1]
Também na Universidade de Coimbra, foi director do Laboratório de Farmácia Galénica em 1940, secretário da Escola de Farmácia de 1941 a 1944 e em 1947, director do Laboratório de Criptogamia e Fermentações em 1944, bibliotecário da Escola de Farmácia e em 1948, director da Escola de Farmácia em 1963, director da Faculdade de Farmácia entre 1970 e 1975,[1] e director do Centro de Estudos Farmacêuticos no Instituto de Alta Cultura da Faculdade de Farmácia.[2]
Também atingiu o posto de professor catedrático na Universidade do Porto em 1970.[2]
Fez viagens de estudo a França, Espanha, Itália, Alemanha e Suíça, de forma a aprofundar os seus conhecimentos sobre medicina.[2]
Foi nomeado para farmacêutico no quadro de Saúde de Moçambique, embora não tenha chegado a exercer esta função porque pediu a sua exoneração em 1933.[1] Também fez parte da comissão de honra de várias jornadas e congressos, e foi membro de várias instituições cientificas, incluindo sócio efectivo do Instituto de Coimbra desde 6 de Dezembro de 1943, vogal da Comissão Permanente da Farmacopeia Portuguesa e do Formulário Galénico Nacional, e sócio da Sociedade Farmacêutica Lusitana, da Sociedade Broteriana, da Academia Nacional de Farmácia do Brasil, da Associação dos Farmacêuticos Brasileiros[1]
Também foi editor da revista Notícias Farmacêuticas entre 1934 e 1941, periódico onde publicou muitas das suas obras.[1] Posteriormente também foi editor do Boletim da Escola de Farmácia.[1]
Falecimento[editar | editar código-fonte]
José Ramos Bandeira morreu na cidade de Coimbra, em 28 de Outubro de 1991.[2]
Homenagens[editar | editar código-fonte]
José Ramos Bandeira recebeu uma comenda da Ordem do Mérito da República Italiana em 1972[1][2] O seu nome foi colocado numa rua na Freguesia de São Pedro do concelho de Faro.[2]
Obras publicadas[editar | editar código-fonte]
José Ramos Bandeira deixou uma obra muito vasta, em diversas áreas, especialmente sobre economia e medicina farmacêutica.[2] Além de vários livros, também publicou um grande número de artigos em revistas científicas, e diversas comunicações e conferências.[1]
- Universidade de Coimbra - Edifícios do corpo central e Casa dos Melos (2 volumes) (1943-1947)
- Alguns Comentários à Farmacopia Portuguesa
- A Farmácia e o Império Português
- Universidade, Investigação e Medicamento
- A Colaboração da Indústria nas Publicações de Carácter Científico
- Bosquejo Histórico do Ensino da Farmácia em Portugal
- Ácêrca da inquinação de um produto farmacêutico industrializado (1934)
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8