Julián Ríos

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Julián Ríos
Nascimento 1947 (77 anos)
Vigo, Espanha
Género literário Romance, conto
Movimento literário Pós-modernismo

Julián Rios (Vigo, 1941) é um escritor espanhol classificado entre os mais vanguardistas de sua geração, de quem o romancista mexicano Carlos Fontes disse que se trata do «mais inventivo e criativo» dos escritores de sua nacionalidade.[1][2][3] Os seus dois primeiros livros foram elaborados a meias com o escritor mexicano Octavio Paz. A sua obra mais conhecida, de corte experimental, fortemente influída pela inventiva verbal de James Joyce, foi publicada em 1983 com o título de Larva.[4]

Mais desconhecido, ainda que não menos importante, é seu trabalho editorial, que desenvolveu sobretudo nos anos 70, na Editorial Fundamentos de Madrid, onde criou a colecção Torque, com que publicou Thomas Pynchon, John Barth, Severo Sarduy e muitas outras figuras da literatura hispanoamericana e internacional. Durante uns poucos números existiu também a publicação periódica Torque/Revista.

Elsa Dennehin, da Universidade Livre de Bruxelas, define o seu trabalho: «O texto-palimpsesto como mosaico de uma transtextualidade alegre, inesgotável, jogos de palavra e de talento de toda a índole, um polilinguismo babélico.» Por outra parte, a obra de Rios acha-se inscrita na "tradição da ruptura", expressão de Octavio Paz. «'A tradição da ruptura', que encabeça o ensaio Los hijos del limo (1974), define, segundo Paz, a modernidade poética, qualificada também de polémica e heterogénea: caracteriza-se por seu culto ao novo, ou seja, à mudança, e por sua 'paixão crítica' que implica 'uma sorte de autodestrução criadora'. Tal tradição que, segundo Roland Barthes, vai em procura de um 'texto impossível', começa com o gongorismo das Soledades, vai moldando-se a partir do romantismo através de uma longa sucessão de ismos e culmina no surrealismo, 'decisivo' tanto para Paz como para Rios.»[5]

O seu último romance tem o título de Puente de Alma (2009).

Julián Rios vive e trabalha habitualmente em França, nos subúrbios de Paris.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Puente de Alma. Galaxia Gutenberg/Círculo de Lectores, 2009
  • Quijote e hijos, Ed. Galaxia Gutenberg, 2008
  • Larva y otras noches de Babel. Antología. Ed. F.C.E., 2008
  • Cortejo de sombras, Galaxia Gutenberg, 2008
  • Nuevos sombreros para Alicia, Seix Barral, 2001
  • La vida sexual de las palabras, Ed. Seix Barral, 2000
  • Solo a dos voces, Ed. F.C.E., 1999
  • Monstruario, Seix Barral, 1999
  • Epifanías sin fin, Ed. Literatura y ciencia, 1995
  • Amores que atan o Belles letres, Siruela, 1995
  • Chapéus para Alice - no original Sombreros para Alicia, Muchnik Editores, 1993
  • Impresiones de Kitaj (La novela pintada), Mondadori, Madrid, 1989
  • Poundemonium, Ed. Llibres del Mall, 1985
  • Larva. Babel de una noche de San Juan, Ed. Llibres del Mall, 1983

Referências