Junonia evarete

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaOlho-de-pavão-diurno

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Gênero: Junonia
Espécie: J. evarete
Nome binomial
Junonia evarete
(Cramer, 1779)

Junonia evarete (Cramer, 1779), popularmente conhecida como Olho-de-pavão-diurno, é uma borboleta neotropical da família dos Ninfalídeos (Nymphalidae). Habita as planícies tropicais, áreas arbustivas e de matagal, ilhas, florestas primárias e secundárias, habitats urbanizados[1] e suburbanizados e manguezais. Sua distribuição vai do sul da América do Norte[2] à América do Sul,[3][4] ocorrendo também nas Ilhas Caribenhas,[5] em clima tropical e sub-tropical. Possuem manchas características de olhos nas asas, que possuem uma envergadura entre 4,5 e 6,5 cm. De vôo muito rápido e baixo, a Olho-de-pavão-diurno prefere os lugares abertos (descampados) e ensolarados. Essa espécie é muito confundida com a espécie Junonia genoveva. As duas espécies possuem muitas subespécies e variações, o que torna difícil sua identificação ou diferenciação.[5] A única forma de diferenciar Junonia evarete de Junonia genoveva é através da observação da porção ventral das antenas. Em J. evarete, a ponta das antenas varia entre cinza-claro e cinza-escuro, e é uniforme com o resto da antena. Em J. genoveva a superfície ventral da ponta das antenas é escura, marrom ou preta, e contrasta com a cor mais clara do restante da antena.[2]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Os machos, geralmente, ficam pousados na vegetação ou no solo à espera de fêmeas receptivas, até mesmo o dia inteiro. A fêmea deposita seus ovos, individualmente, sob as folhas das plantas. É observado dimorfismo sexual no tamanho, com fêmeas frequentemente maiores que os machos.[6]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Os adultos são nectarívoros. As larvas alimentam-se das folhas, preferentemente das plantas Gervão-cheiroso (Verbena Lacinata), Gervão (Stachytarpheta cayennensis) ou Mangue-branco (Laguncularia racemosa).[7][8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Soares, G. R.; Oliveira, A. A. P.; Silva, A. R. M. (2012). «Borboletas (Lepidoptera: Papilionoidea e Hesperioidea) de um parque urbano em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil» (PDF). Biota Neotropica. 12 (4) 
  2. a b Calhoun, John C. (2010). «The Identities of Papilio evarete Cramer and Papilio genoveva Cramer (Nymphalidae), with Notes on the Occurrence of Junonia evarete in Florida» (PDF). News of the Lepidopterists' Society. 52 (2): 47-51 
  3. Neild, A. F. E. (2008). «The butterflies of Venezuela. Part 2: Nymphalidae II (Acraeinae, Libytheinae, Nymphalinae, Ithomiinae, Morphinae). A comprehensive guide to the identification of adult Nymphalidae, Papilionidae, and Pieridae.». Meridian Publishing. ISBN 978-0-9527657-1-4 
  4. Marchiori, M. O.; Romanowski, H. P. (2006). «Borboletas (Lepidoptera, Papilionoidea e Hesperioidea) do Parque Estadual do Espinilho e entorno, Rio Grande do Sul, Brasil» (PDF). Revista Brasileira de Zoologia. 23 (4): 1029–1037 
  5. a b R. R. Askew and P. A. van B. Stafford, Butterflies of the Cayman Islands (Apollo Books, Stenstrup 2008) ISBN 978-87-88757-85-9, pp. 46-51
  6. Martins, D. S.; Romanowski, H. P. (2014). «Variação fenotípica de Junonia evarete (Lepidoptera; Nymphalidae)» (PDF). XXVI Salão de Iniciação Científica UFRGS 
  7. Beccaloni, G. W.; Hall, S. K.; Viloria, A.; Robinson, G. S. (2008). Catalogue of the Hostplants of the Neotropical Butterflies/ Catálogo de las Plantas Huésped de las Mariposas Neotropicales. [S.l.: s.n.] 
  8. Warren, A. D.; Davis, K. J.; Stangeland, E. M.; Pelham, J. P.; Grishin, N. V. (2017). «Illustrated Lists of American Butterflies (North and South America) 21-XI-2017»