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Líbia: diferenças entre revisões

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Um país democrático.
{{geocoordenadas|26_3_N_18_12_E_type:country_region:LY|19°-33° N, 9°-25° O}}
{{Ver desambig|a ninfa que deu o nome ao país|Líbia (mitologia)}}
{{Mais notas}}
{{Info/País|
|nome_nativo = ‏ليبيا‎<br /><small>(''Lībiyā'')</small>
|nome_longo_convencional = Líbia
|nome_pt =
|localização = Libya (orthographic projection).svg
|gentílico = Líbio;<br />líbico<ref>[http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=gentilicos&search=L%EDbia Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos]</ref>
|capital = [[Trípoli]]
|latitude = 32°54′N
|longitude = 13°11′E
|maior_cidade = [[Trípoli]]
|língua_oficial = [[Língua árabe|Árabe]]<ref name="">De acordo com o [http://www.servat.unibe.ch/icl/ly00000_.html Artigo 2º da Constituição da Líbia (texto em inglês)], a língua oficial do país é o árabe. O inglês e o italiano também são falados, mas são idiomas secundários.</ref>
|tipo_governo = [[Revolta na Líbia em 2011|Disputado entre:]]
|título_líder1 = [[Jamairia|Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia]]
|nome_líder1 = [[Muammar al-Gaddafi]]
|título_líder2 = [[Conselho Nacional Líbio]]
|nome_líder2 = [[Mustafa Mohamed Abud Al Jeleil]]
|evento_tipo = [[Independência]]
|evento_nota = da [[Itália]]
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|evento_data1 = [[24 de dezembro]] de [[1951]]
|fuso_horário = [[EET]]
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|população_estimada_ano = [[2008]]
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|demog_densidade = 4
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|IDH_categoria = {{elevado}}<!-- Nova Metodologia no cálculo do IDH --><ref name=IDH2010>{{citar web|url=http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3600&lay=pde|titulo=Ranking do IDH 2010|acessodata=4 de novembro de 2010|publicado=PNUD}}</ref>
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|moeda = [[Dinar líbio|Dinar]]
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|preposição = da
}}
A '''Líbia''' (em [[Língua árabe|árabe]] ليبيا, [[Transliteração|transl.]] ''Lībiyā'', no [[árabe líbio]] ''Lībya''; [[Línguas berberes|berbere]] [[Ficheiro:Libya amazigh.svg|40px|ⵍⵉⴱⵢⴰ]]) é um país do norte de [[África]], limitado a norte pelo [[Mar Mediterrâneo]], a leste pelo [[Egito]] e pelo [[Sudão]], a sul pelo [[Chade]] e pelo [[Níger]] e a oeste pela [[Argélia]] e pela [[Tunísia]]. Sua capital é [[Trípoli]]. É o país com o maior IDH da [[África]] (0,755) e um dos poucos do continente que apresentam [[IDH]] alto.<ref name=IDH2010/>

A partir de 2011 a Líbia passou a não ter governo definitivo, visto que até então o único governo que o país tinha reconhecido como legítimo era a [[Jamairia|Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia]], mas em 2011 a [[França]] reconheceu a [[Conselho Nacional de Transição|República Líbia]] como o governo oficial, resultando então numa [[Revolta na Líbia em 2011|disputa]] entre os dois governos.<ref name=>{{citar web |url=http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?tl=1&id=1099946&tit=Medo-assola-Tripoli-e-Kadafi-perde-controle-do-leste-da-Libiatadmidia-src420780 |título=Medo assola Trípoli e Kadafi perde controle do leste da Líbia |acessodata=24-2-2011 |autor=Gazeta do Povo}}</ref>

== História ==
{{artigo principal|[[História da Líbia]]}}
Antigo assentamento de povos tão díspares quanto os [[fenício]]s, os [[Roma Antiga|romanos]] e os [[turco]]s, a Líbia recebeu seu nome dos colonos gregos, no [[Século II a.C.|século II antes da era cristã]].

Durante grande parte de sua [[história]], a Líbia foi povoada por [[árabes]] e [[nômade]]s [[berberes]], e somente na costa e nos [[oásis]] estabeleceram-se [[colônias]]. [[Fenícios]] e [[Grécia Antiga|gregos]] chegaram ao país no [[século VII a.C.]] e estabeleceram colônias e cidades. Os fenícios fixaram-se na [[Tripolitânia]] e os gregos na [[Cirenaica]]. Os [[Cartago|cartagineses]], herdeiros das colônias fenícias, fundaram na Tripolitânia uma província, e no [[século I a.C.]] o [[Império Romano]] se impôs em toda a região, deixando monumentos admiráveis (''[[Leptis Magna]]'').

A Líbia permaneceu como [[província romana]] até ser conquistada pelos [[vândalos]] em [[455|455 d.C.]] Após ser reconquistada pelo [[Império bizantino]], continuador do romano, a região passou a ser dominada pelos [[árabes]] em [[643]]. Os árabes estenderam a área cultivada em direção ao interior do [[deserto do saara]].

Durante pouco mais de três séculos, os [[berberes]] [[almôadas]] mantiveram o domínio sobre a região tripolitana, enquanto a Cirenaica esteve sob o controle [[Egito|egípcio]].

Em [[1551]], [[Solimão I]], o Magnífico, incorporou a região ao Império Otomano<ref>Enciclopédia do Mundo Contemporâneo 3ª Ed., 2002, Publifolha, Editora do Terceiro Milênio, p. 384 ou http://www.guiadelmundo.org.uy/cd/</ref>, estabelecendo o poder central em [[Trípoli]]. A autoridade turca, entretanto, mal passava da região para além da costa.

Dois séculos mais tarde, o reinado da dinastia [[Karamanli]], que dominou Trípoli durante 120 anos, contribuiu para assentar mais solidamente as regiões de [[Fezã]], [[Cirenaica]] e [[Tripolitânia]], e conquistou maior autonomia, sendo apenas nominalmente pertencente ao Império Otomano, a região servia de base para [[corsário]]s, o que motivou [[Intervenções norte-americanas|intervenção norte-americana]], a primeira [[Guerra Berbere]] ocorreu entre [[1801]] e [[1805]].

Em [[1835]], o Império Otomano restabeleceu o controle sobre a Líbia, embora a confraria [[Islamismo|muçulmana]] dos [[sanusis]] tenha conseguido, em meados do século, dominar os territórios da [[Cirenaica]] e de [[Fezã]] (interior do país).

[[Ficheiro:Zeplin orta.jpg|thumb|150px|esquerda|[[Dirigível|Zepelins]] italianos bombardeando posições turcas em território líbio durante a ''Guerra ítalo-turca'' ([[1911]]-[[1912]]).]]
[[Ficheiro:Muammar al-Gaddafi-30112006.jpg|150px|esquerda|thumb|O coronel [[Muammar Khadafi]], presidente do país.]]

Em [[1911]], sob o pretexto de defender seus colonos estabelecidos na [[Tripolitânia]], a [[Reino da Itália|Itália]] declarou guerra ao [[Império Otomano]] e invadiu o país. Fato que iniciou a [[Guerra Ítalo-Turca]]. A seita puritana islâmica dos sanusis liderou a resistência, dificultando a penetração do Exército italiano no interior. A Turquia renunciou a seus [[direito]]s sobre a Líbia em favor da Itália no [[Tratado de Lausanne]] ou [[Tratado de Ouchy]] ([[1912]]). Em [[1914]] todo o país estava ocupado pelos italianos que, no entanto, como os turcos antes deles, nunca conseguiram afirmar sua autoridade plena sobre as [[tribo]]s sanusi do interior do [[deserto]].

Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], os líbios recuperaram o controle de quase todo o território, à exceção de alguns [[portos]]. Terminada a guerra, os italianos empreenderam a reconquista do país. Em 1939 a Líbia foi incorporada ao reino da Itália. A colonização não alterou a estrutura econômica do país, mas contribuiu para melhorar a [[infra-estrutura]], como a rede de estradas e o fornecimento de água às cidades.
{{Info/País
|nome_nativo = <big>الجماهيرية العربية الليبية الشعبية الإشتراكية العظمى</big><br><small>''Al-Jamāhīriyyah al-ʿArabiyyah al-Lībiyyah aš-Šaʿbiyyah al-Ištirākiyyah al-ʿUẓmā''</small>
|nome_longo_convencional = Grande [[Jamairia]] [[Socialismo|Socialista]] [[Árabes|Árabe]] do Povo Líbio
|nome_pt = Líbia
|imagem_bandeira = Flag of Libya.svg
|imagem_brasão = Coat of arms of Libya.svg
|hino = [[Allahu Akbar (hino)|Allahu Akbar]]<br />''God is great''
|tipo_governo = [[Jamairia]]
|título_líder1 = [[Anexo:Lista de chefes de Estado da Líbia|Líder e Guia da Revolução]]
|nome_líder1 = [[Muammar Gaddafi]]
|título_líder2 = [[Congresso Geral do Povo (Líbia)|Secretário-Geral do Congresso Geral do Povo]]
|nome_líder2 = [[Mohamed Abdul Quasim al-Zwai]]
|título_líder3 = [[Anexo:Lista de chefes de governo da Líbia|Secretário-Geral do Comitê Geral do Povo]]
|nome_líder3 = [[Baghdadi Mahmudi]]
}}

Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], o território líbio foi cenário de combates decisivos. Entre 1940 e 1943 houve a campanha da Líbia entre o [[Afrikakorps]] do general [[Alemanha Nazi|alemão]] [[Rommel]] e as tropas [[Inglaterra|inglesas]]. Findas as hostilidades, o [[Reino Unido]] encarregou-se do governo da [[Cirenaica]] e da [[Tripolitânia]], e a [[França]] passou a administrar [[Fezã]]. Essa nações mantiveram a Líbia sob forte governo militar até que a [[Assembleia Geral das Nações Unidas]] aprovou a independência do país no primeiro dia de [[1952]], data a partir da qual foi adotado o nome Reino Unido da Líbia. O líder religioso dos sanusis, o [[emir]] [[Sayyid Idris al-Sanusi]], foi coroado [[rei]] com o nome de [[Idris I da Líbia|Idris I]] ([[1951]]-[[1969]]).

Depois de sua admissão na [[Liga Árabe]], em [[1953]], a Líbia firmou acordos para a implantação de bases estrangeiras em seu território. Em [[1954]], houve a concessão de bases militares e aéreas aos [[EUA|norte-americanos]]. A influência econômica dos [[Estados Unidos]] e do [[Reino Unido]], autorizados a manter tropas no país, tornou-se cada vez mais poderosa. A descoberta de [[jazida]]s de [[petróleo]] em [[1959]] constituiu no entanto fator decisivo para que o governo líbio exigisse a retirada das forças estrangeiras, o que provocou graves conflitos políticos com aquelas duas potências e com o [[Egito]]. Em [[1961]] tem início a exploração do petróleo.

A nova [[história]] da Líbia começou em [[1969]], quando um grupo de oficiais radicais islâmicos derrubou a [[monarquia]] e criou a [[Jamairia]] (República) Árabe Popular e Socialista da Líbia, [[muçulmana]] [[militar]]izada e de organização [[socialista]]. O Conselho da Revolução (órgão governamental do novo regime) era presidido pelo coronel [[Muammar al-Khadafi]]. O regime de Muammar Khadafi, [[chefe de Estado]] a partir de [[1970]], expulsou os efetivos militares estrangeiros e decretou a nacionalização das empresas, dos [[banco]]s e dos recursos petrolíferos do país.

Em [[1972]], a Líbia e o [[Egito]] uniram-se numa Confederação de Repúblicas Árabes, que se dissolveu em [[1979]]. Em [[1984]], a Líbia e o [[Marrocos]] tentaram uma união formal, extinta em [[1986]].

Khadafi procurou desencadear uma revolução cultural, social e econômica que provocou graves tensões políticas com os [[Estados Unidos]], [[Reino Unido]] e países árabes moderados ([[Egito]], [[Sudão]]). Apoiado pelo [[Partido Político|partido]] único, a [[União Socialista Árabe]], aproveitou-se da riqueza gerada pela exploração das grandes reservas de petróleo do país para construir seu poderio militar e interferir nos assuntos dos países vizinhos, como o [[Sudão]] e o [[Chade]] ([[Tchad]]). O Chade foi invadido pela Líbia em [[1980]].

Depois da [[Guerra do Yom Kippur]], a Líbia levou seus parceiros árabes a não exportar petróleo para os Estados que apoiaram [[Israel]]. Opôs-se à iniciativa do presidente egípcio [[Anwar al-Sadat]], de restabelecer a paz com Israel, e participou ativamente, junto com a [[Síria]], da chamada "[[frente de resistência]]" em [[1978]]. Seu apoio à [[Organização para a Libertação da Palestina]] ([[OLP]]) se intensificou, e a cooperação com os [[palestinos]] se estendeu a outros grupos revolucionários de países não árabes, que receberam ajuda econômica líbia.

A rejeição a Israel, as manifestações anti-americanas e a aproximação com a [[União Soviética]], por parte da Líbia, geraram sérios conflitos na [[década de 1980]]. As relações da Líbia com os [[Estados Unidos]] se deterioraram quando, em [[1982]], os Estados Unidos impuseram um embargo às importações de petróleo líbio. Em resposta a vários atentados contra soldados americanos na [[Europa]] e às acusações de que o governo líbio patrocinava ou estimulava o [[terrorismo]] internacional, o presidente [[Ronald Reagan]] ordenou, em abril de [[1986]], um bombardeio da aviação americana a vários alvos militares em Trípoli e Bengazi, em que pereceram 130 pessoas. Kadhafi, que perdeu uma filha adotiva quando sua casa foi atingida, manteve-se como chefe político, mas sua imagem internacional deteriorou-se rapidamente.

Para tirar o país do isolamento [[Diplomacia|diplomático]], no início da [[década de 1990]] o chefe líbio dispôs-se a melhorar o relacionamento com as potências ocidentais e com as nações vizinhas. Em [[1989]], a Líbia associou-se à [[União de Magreb]], um acordo comercial dos Estados do norte da África. Em [[1991]], durante a [[Guerra do Golfo Pérsico]], a Líbia adotou uma posição moderada, opondo-se tanto à invasão do [[Kuwait]] quanto ao posterior uso da força contra o [[Iraque]]. Apesar de sua neutralidade no conflito, a Líbia se manteve sob crescente isolamento internacional até meados da década. Em [[1992]] os [[Estados Unidos]], o [[Reino Unido]] e a [[França]], com a aprovação do [[Conselho de Segurança da ONU|Conselho de Segurança]] das [[Nações Unidas]], impuseram pesados embargos ao [[comércio]] e ao tráfego aéreo líbio, porque o governo se negava a [[extradição|extraditar]] os dois líbios suspeitos de terem colocado uma [[bomba]] num avião de passageiros norte-americano que explodiu sobre [[Lockerbie]], na [[Escócia]], em [[1988]], e matou 270 pessoas ([[Atentado de Lockerbie]]). Este tipo de sanção repetiu-se nos anos seguintes, mas Khadafi desrespeitou o bloqueio aéreo militar viajando para [[Nigéria]] e [[Níger]], bem como enviando peregrinos a [[Meca]] em aviões de [[Bandeira da Líbia|bandeira líbia]].

Em [[1993]] a Líbia rompeu relações com o [[Irão]], reagindo contra o crescimento do [[fundamentalismo islâmico]]. Em [[1994]], os líbios retiram-se do [[Chade]]. As relações de Khadafi com os [[palestinos]] se deterioraram, à medida que estes se mostraram dispostos a negociar uma paz com [[Israel]], e em setembro de [[1995]] o dirigente líbio anunciou a expulsão de 30 mil palestinos que trabalhavam na Líbia. A medida foi suspensa depois da [[deportação]] de 1500 pessoas, e em outubro de [[1996]] Khadafi anunciou que estas seriam [[Indenização|indenizadas]]. O regime líbio tem enfrentado uma crescente resistência de parte de grupos religiosos islâmicos, e em [[1997]] seis oficiais do exército foram [[Fuzilamento|fuzilados]], acusados de [[espionagem]]. Tentando melhorar sua imagem internacional, Khadafi admitiu a possibilidade de conceder a extradição dos dois agentes acusados do [[atentado de Lockerbie]], desde que não sejam [[Julgamento|julgados]] nos [[Estados Unidos da América]] ou no [[Reino Unido]].
{{Info/País
|nome_nativo = الجمهورية الليبية<br><small>''al-Jumhūriyya al-Lībiyya''</small>
|nome_longo_convencional = República da Líbia
|nome_pt = Líbia
|imagem_bandeira = Flag of Libya (1951).svg
|lema = ''[[Liberdade]], [[Justiça]], [[Democracia]]''
|tipo_governo = [[Governo provisório]]
|título_líder1 = [[Anexo:Lista de chefes de Estado da Líbia|Presidente do Conselho Nacional de Transição]]
|nome_líder1 = [[Mustafa Abdul Jalil]]
|título_líder2 = [[Anexo:Lista de chefes de governo da Líbia|Chefe da Equipe Executiva]]
|nome_líder2 = [[Mahmoud Jebril]]
}}

=== Revolução contra o actual regime ditatorial ===
{{Artigo principal|[[Protestos na Líbia em 2011]]}}
Em fevereiro de [[2011]], manifestações contra o governo de [[Muammar al-Gaddafi]] provocaram a morte de dezenas de civis. A comunicação por telefone é difícil e o país cortou por completo o acesso dos computadores com a [[internet]]. A [[embaixada]] de diversos países, incluindo [[Brasil]] e [[Portugal]] tem tomado medidas para retirar cidadãos de seus respectivos países de solo Líbio. A imprensa internacional não foi autorizada a entrar no país e o aeroporto de [[Tripoli]] teve suas pistas bombardeadas, dificultando aterrisagens e decolagens, tornando a situação muito crítica do país. Relatos provenientes de testemunhas que falaram por telefone à estação de televisão britânica [[BBC]], contam que atiradores abrem fogo indiscriminadamente a pessoas que não representam nenhuma ameaça. 'Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas. (Os atiradores) não são humanos, não sei o que são. Vi uma mulher ser morta apenas por ter ido à varanda de sua casa. Ela não estava fazendo nada, não estava protestando. Apenas olhou pela sua varanda. E minha esposa ouviu o barulho de aviões bombardeando as pessoas"<ref>http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=27760014</ref>

== Geografia ==
[[Ficheiro:Tripoli_cityscape.jpg|thumb|Centro de [[Trípoli]], a capital do país.]]

{{Ver artigo principal|[[Geografia da Líbia]]}}

A Líbia situa-se no [[Norte de África]], banhada pelo [[mar da Líbia]], uma parte (reentrância) do [[mar Mediterrâneo]] e ladeado pelo [[Egito]] a leste e pela [[Tunísia]] e [[Argélia]] a oeste. Ao sul limita-se com o [[Níger]] e [[Chade]] e, a sudeste, um pequeno trecho com o [[Sudão]]. Divide-se em três regiões geográficas: a [[Cirenaica]], a [[Tripolitânia]] e o [[Fezzan]]. Ao longo da costa, o clima é mediterrânico, mas o interior é o deserto muito seco do [[Deserto do Saara|Saara]], de onde por vezes sopra um siroco quente, seco e carregado de poeira (conhecido no país como ''ghibli''). No deserto também são comuns [[Tempestade de areia|tempestades de poeira]] de areia. Os recursos naturais principais do país são o [[petróleo]], [[gás natural]] e [[gesso]].

== Demografia ==
<!-- {{artigo principal|[[Demografia da Líbia]]}} -->
Total: 6 milhões (2008), sendo árabes líbios 97%, berberes, africanos e turcos 3% (1996).
Densidade: 3,15 hab./km2.
População urbana: 78% (2008).
População rural: 22% (2008).
Crescimento demográfico: 2% ao ano (2008).
Fecundidade: 3,5 filhos por mulher (2008).
Expectativa de vida M/F: 72/76 anos (2008).
Mortalidade infantil: 18 por mil nascimentos (2008).
Analfabetismo: 15,8% (2007).
IDH (0-1): 0,847 (2007).

== Subdivisões ==
{{Ver artigo principal|[[Subdivisões da Líbia]]}}

A Líbia se subdivide em 32 municipalidades (em árabe ''Sha'biyah'', plural ''Sha'biyat'').

{| border="0" width="100%"
| colspan="2" | As 32 municipalidades são:|| rowspan="17" width="322" style="vertical-align: middle;" |
[[Ficheiro:Libya New Municipalities.png|300px]]
|-
| width="25%" | <small>1</small> [[Ajdabiya (municipalidade)|Ajdabiya]] || width="35%" | <small>17</small> [[Ghat (municipalidade)|Ghat]] ||
|-
| <small>2</small> [[Al Butnan]] || <small>18</small> [[Gadamés (municipalidade)|Gadamés]]
|-
| <small>3</small> [[Al Hizam al Akhdar]] || <small>19</small> [[Gharyan (municipalidade)|Gharyan]]
|-
| <small>4</small> [[Al Jabal al Akhdar]] ([[Al Bayda' (Líbia)|Al Bayda]]) || <small>20</small> [[Murzuq (municipalidade)|Murzuq]]
|-
| <small>5</small> [[Al Jifarah]] || <small>21</small> [[Mizdah (municipalidade)|Mizdah]]
|-
| <small>6</small> [[Al Jufrah]] || <small>22</small> [[Misratah (municipalidade)|Misratah]]
|-
| <small>7</small> [[Al Kufrah]] || <small>23</small> [[Nalut (municipalidade)|Nalut]]
|-
| <small>8</small> [[Al Marj (municipalidade)|Al Marj]] || <small>24</small> [[Tajura Wa Al Nawahi AlArba']]
|-
| <small>9</small> [[Al Murgub]] || <small>25</small> [[Tarhuna Wa Msalata]]
|-
| <small>10</small> [[An Nuqat al Khams]] || <small>26</small> [[Tarabulus (municipalidade)|Tarabulus]] ([[Tripoli]])
|-
| <small>11</small> [[Al Qubbah (municipalidade)|Al Qubbah]] || <small>27</small> [[Sabha (municipalidade)|Sabha]]
|-
| <small>12</small> [[Al Wahat]] || <small>28</small> [[Surt (municipalidade)|Surt]]
|-
| <small>13</small> [[Az Zawiyah (municipalidade)|Az Zawiyah]] || <small>29</small> [[Sabratha Wa Surman]]
|-
| <small>14</small> [[Banghazi (municipalidade)|Banghazi]] || <small>30</small> [[Wadi Al Hayaa]]
|-
| <small>15</small> [[Bani Walid (municipalidade)|Bani Walid]] || <small>31</small> [[Wadi Al Shatii]]
|-
| <small>16</small> [[Darnah (municipalidade)|Darnah]] || <small>32</small> [[Yafran]]
|}

== Economia ==
{{artigo principal|[[Economia da Líbia]]}}

A economia da Líbia depende basicamente do sector [[petróleo|petrolífero]], preenchendo cerca de 30% do [[Produto Interno Bruto]], além de ser responsável por 95% das exportações<ref>http://www2.mre.gov.br/deaf/daf_3/libia2.htm</ref>. Os rendimentos proporcionados pelo petróleo, e o facto de a população ser reduzida, faz com que este país tenha um dos maiores [[rendimento per capita|rendimentos per capita]] da [[África]]. Contudo, há uma deficiente distribuição desses rendimentos, vivendo as classes mais baixas que chegam a apresentar dificuldades na obtenção de alimentos, devido, também, a restrições nas importações.

== Cultura ==
{{artigo principal|[[Cultura da Líbia]]}}
[[Ficheiro:Libyan Cuscous.jpg|thumb|Cuscous, uma tradicional refeição líbia popular.]]

=== Gastronomia ===
A cozinha Líbia é uma mistura de [[árabe]] e [[Mediterrâneo]], com uma forte influência [[Itália|italiana]]. O legado da Itália de quando a Líbia era uma colônia italiana pode ser visto na popularidade das [[massa]]s nos seus cardápios, particularmente [[macarrão]].

=== Esporte ===
Embora sempre tenha existido grande paixão do povo local pelas tradições árabes, naturalmente, tem crescido no país um movimento de inclusão e difusão de diversos esportes pela população nativa. Exemplos são a [[Liga da Líbia]], de basquete, que embora com pouca projeção vem crescendo, e a [[Supertaça Líbia de Futebol]], principal fonte de atletas para a seleção de futebol.

== {{Ver também}} ==
* [[África]]
* [[Anexo:Missões diplomáticas da Líbia|Missões diplomáticas da Líbia]]
* [[Mundo Árabe]]
* [[Protestos na Líbia em 2011]]

{{referências}}

== {{Ligações externas}} ==
{{Commonscat|History of Libya}}
* [http://www.libinet.jeeran.com/photos.htm Fotos de Líbia]
* [http://www.freeworldmaps.net/africa/libya/map.html Mapa Líbia]

{{Líbia/Tópicos}}
{{bloco de navegação
|África
|UA
|UMA
|liga árabe
|OPEP}}

[[Categoria:Líbia| ]]

{{Bom interwiki|no}}
{{Bom interwiki|sv}}
{{Link FA|af}}
{{Link FA|hr}}

[[ace:Libya]]
[[af:Libië]]
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[[hi:लीबिया]]
[[hif:Libya]]
[[hr:Libija]]
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[[ht:Libi]]
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[[kw:Libi]]
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Revisão das 19h31min de 18 de março de 2011

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