Lacrimatório
Lacrimatório (em latim: lacrimatorius/a/um) é o nome atribuído aos pequenos vasos de vidro ou cerâmica encontrados em túmulos gregos tardios e romanos e que presume-se terem sido utilizados para recolher as lágrimas vertidas nos funerais.[1][2][3] O termo é anacronístico, não havendo evidências da Antiguidade que sugiram tal uso destes vasos cerâmicos e vítreos como "coletores de lágrimas".[4]
A disseminação na literatura moderna do termo lacrimatório deveu-se a assunção feita na tradução da Bíblia do Rei Jaime, bem como nos relatos contidos na obra de autores famosos, como na Antônio e Cleópatra de Guilherme Shakespeare.[5] Atualmente interpreta-se estes vasos greco-romanos como recipientes para armazenamento e distribuição de unguentos, dai que passaram a chamar-se unguentários ou balsamários. [6]
Referências
- ↑ «Lacrimatório». Aulete. Consultado em 22 de setembro de 2015
- ↑ «Lacrimatório». Priberam. Consultado em 22 de setembro de 2015
- ↑ «Lacrimatório». Infopédia. Consultado em 22 de setembro de 2015
- ↑ Anderson-Stojanovic 1987, p. 105-122.
- ↑ Shakespeare 1607, I.iii.6.
- ↑ Anderson-Stojanovic 1987, p. 105.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Anderson-Stojanovic, Virginia R. (1987). «The Chronology and Function of Ceramic Unguentaria». American Journal of Archaeology. 91
- Shakespeare, Guilherme (1607). Antônio e Cleópatra. [S.l.: s.n.]