Liga dos Ateus Militantes

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Liga dos Ateus Militantes
Liga dos Ateus Militantes
Cartão de sócio da Liga dos Ateus Militantes
Членский билет Союза воинствующих безбожников
Lema "A luta contra a religião é uma luta pelo socialismo"
Tipo Organização voluntária
Fundação 1929
Propósito Promoção do Ateísmo e o extermínio da religião e todas as suas formas de manifestações.
Sede União Soviética
Fundador(a) Emelian Iaroslavski
Voluntários 3,500,000

A Liga dos Ateus Militantes[1] (em russo: Союз воинствующих безбожников Soyuz voinstvuyushchikh bezbozhnikov); ou Sociedade dos Ateus (Общество безбожников Obshchestvo bezbozhnikov); ou União dos Ateus (Союз безбожников Soyuz bezbozhnikov), era uma organização ateísta e antirreligiosa, composta de trabalhadores e da intelligentsia, que se desenvolveu na Rússia soviética sob a influência das visões políticas ideológicas e culturais do Partido Comunista Soviético, de 1925 a 1947.[2] Era constituída de membros do Partido e do movimento juvenil Komsomol, trabalhadores, militares veteranos e de pessoas sem afiliação política específica.[3]

A Liga abraçou trabalhadores, camponeses, estudantes e a intelligentsia. Teve seus primeiros afiliados nas fábricas, usinas, fazendas coletivas (kolkhoz) e nas instituições de ensino. No início de 1941, ela possuía aproximadamente 3,5 milhões de membros de 100 nacionalidades e tinha cerca de 96.000 escritórios em todo o país. Guiada pelos princípios bolcheviques de propaganda antirreligiosa e pelas ordens do partido com relação à religião, a Liga tinha o objetivo de exterminar a religião em todas as suas formas de manifestações e de formar uma mentalidade científica antirreligiosa entre os trabalhadores. Ela disseminou o ateísmo e os progressos científicos, e conduziu o "trabalho individual" (um método de enviar tutores ateístas para se encontrarem com indivíduos crentes a fim de convencê-los do ateísmo, o que poderia ser seguido de assédio caso os crentes não concordassem).[4][5][6]

O slogan da Liga era "A luta contra a religião é uma luta pelo socialismo"[7], a qual pretendia impor suas visões ateístas na economia, política e cultura. Um dos slogans adotados no 2º congresso foi "A luta contra a religião é uma luta pelo Plano quinquenal"[8] A Liga possuía conexões internacionais, tendo sido parte da Internacional dos Livres Pensadores Proletários e, mais tarde, da União Mundial dos Livres Pensadores.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Burleigh, Michael. Sacred causes : the clash of religion and politics from the Great War to the War on Terror. 1st ed. New York: HarperCollins, 2007. (ISBN 006058095X)
  2. Richard Overy (2006), The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia, p. 271 ISBN 0-393-02030-4
  3. Burleigh (2007), p. 49
  4. Across the Revolutionary Divide: Russia and the USSR, 1861-1945 by Theodore R. Weeks, John Wiley & Sons, 1st edition, 2010: "Antireligious Campaigns"
  5. A Thousand Years of Christianity in Ukraine: An Encyclopedic Chronology by Osyp Zinkevych by Andrew Sorokowski (1988), Smoloskyp Publishers and the National Committee to Commemorate the Millenium of Christianity in Ukraine, p. 206: "At the same time, the League of Militant Atheists and Party activists wrecked churches and harassed believers. No religion was spared in the general onslaught."
  6. The History of Russia by Charles E. Ziegler (2009), p. 77
  7. Kemper, Michael. Conermann, Stephan. The Heritage of Soviet Oriental Studies. p. 66. Routledge, 2011. ISBN 9781136838545.
  8. Dimitry V. Pospielovsky. A History of Soviet Atheism in Theory, and Practice, and the Believer, vol 1: A History of Marxist-Leninist Atheism and Soviet Anti-Religious Policies, St Martin's Press, New York (1987) p. 52

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