Limite de escoamento

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Limite de escoamento, também chamado de tensão de cedência ou tensão de limite elástico (em Portugal), ou tensão de escoamento (no Brasil), ou ainda limite de elasticidade aparente, é a tensão máxima que o material suporta ainda no regime elástico de deformação, se houver algum acréscimo de tensão o material não segue mais a lei de Hooke () e começa a sofrer deformação plástica (deformação definitiva). Onde k é o módulo de elasticidade ou módulo de Young.[1][2]

O limite de escoamento é o ponto onde começa o fenômeno escoamento, a deformação irrecuperável do corpo de prova, a partir do qual só se recuperará a parte de sua deformação correspondente à deformação elástica, resultando uma deformação irreversível. Este fenômeno se situa logo acima do limite elástico, e se produz um alongamento muito rápido sem que varie a tensão aplicada em um ensaio de tração. Mediante o ensaio de tração se mede esta deformação característica que nem todos os materiais experimentam.

Até o ponto de escoamento o material se comporta elasticamente, seguindo a lei de Hooke, e portanto pode ser definido o módulo de Young. Nem todos os materiais elásticos tem um limite de escoamento claro, ainda que em geral seja bem definido na maior parte dos metais.

O fenômeno de escoamento se dá quando as impurezas ou os elementos de liga bloqueiam os deslocamentos da rede cristalina impedindo seu deslizamento, processo mediante o qual o material se deforma plasticamente.[3]

Alcançado o limite de escoamento se chegam a liberar os deslocamentos, produzindo-se uma deformação acentuada. A deformação neste caso também é distribuída uniformemente por toda a amostra, mas concentrando-se nas áreas que tenham sido feitas para liberar os deslocamentos (banda de Lüders). Nem todos os materiais exibem este fenômeno, no caso da transição a partir da qual a deformação elástica e plástica do material não seja vista claramente.[4][5]

É mostrado graficamente na curva tensão-deformação obtida após ensaio de tração: o período de escoamento se situa em 2.

Diagrama de tração de aço.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. John Wiley & Sons, Inc., 2002.
  2. GARCIA A.; "Ensaio dos materiais". Livros Técnicos e Científicos Editora, 2000.
  3. GLADMAN, T., The Physical Metallurgy of Microalloyed Steels. The Institute of Materials, London, pp. 47-56, 1997.
  4. S.L. Kakani; Material Science; New Age International, 2006. - books.google.com.br
  5. Eric J. Mittemeijer; Fundamentals of Materials Science: The Microstructure–Property Relationship Using Metals as Model Systems; Springer Science & Business Media, 2010. - books.google.com.br
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