Livraria Oscar Wilde

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Vista exterior da fachada da Christopher Street da livraria, em 2007

A Livraria Oscar Wilde (inicialmente Livraria Memorial Oscar Wilde) foi fundada por Craig Rodwell em 24 de novembro de 1967. Quando foi inaugurada localizava-se no número 291 da Mercer Street,[1][2][3][4] mas em 1973 mudou-se para a esquina da Christopher Street com a Gay Street, no bairro de Greenwich Village, em Nova Iorque.[5]

A livraria fechou em 29 de março de 2009, indicando como causa a crise financeira e a concorrência das livrarias online.[6]

História[editar | editar código-fonte]

Como membro e vice-presidente da Mattachine Society, Rodwell procurou aumentar a visibilidade da Mattachine para os gays e para a sociedade em geral, abrindo uma loja para servir a comunidade gay local.

Publicidade à livraria publicado na revista Queen's Quarterly em 1968. Na foto estão Fred Sargeant (L.) e Craig Rodwell.

Rodwell não se considerava um livreiro, mas sim uma pessoa que aos 13 anos se propôs a ajudar a mudar a visão do mundo sobre os gays e a perceção que os gays tinham de si próprios.[7] Apesar de dispor de uma seleção limitada de materiais por altura da inauguração da livraria, Rodwell recusou-se a vender pornografia, preferindo apostar na literatura de autores gays e lésbicas.[8][9]

Em março de 1968, a livraria começou a publicar um boletim informativo mensal intitulado HYMNAL.[1]

Rodwell vendeu a livraria em março de 1993 a Bill Offenbaker, três meses de morrer com cancro no estômago.[10] Em junho de 1996, Offenbaker vendeu a loja a Larry Lingle. Em janeiro de 2003, Lingle anunciou o fecho da livraria devido a dificuldades financeiras.[11] Deacon Maccubbin, o proprietário das livrarias Lambda Rising, comprou a livraria para evitar o encerramento de uma livraria historicamente tão importante.[12][13] Em 2006, a livraria foi comprada pelo seu gerente de longa data, Kim Brinster.

A livraria acabou por fechar definitivamente em 29 de março de 2009, devido à quebras de vendas de dois dígitos, provocadas pela crise económica e financeira, e pela feroz competição dos livreiros online, de acordo com Brinster.[14] O encerramento da livraria Oscar Wilde foi mais um dos encerramentos de livrarias LGBT norte-americanas do início do século XXI, nomeadamente a Lambda Rising, de Washington, e a A Different Light, de Los Angeles e San Francisco.

Referências

  1. a b Howard Smith's Scenes column, Village Voice, March 21, 1968, Vol. XIII, No. 23 (21 de março de 1968 – republicado em 19 de abril de 2010) Arquivado em 2010-06-30 no Wayback Machine Acedido em 16 de junho de 2010.
  2. Craig Rodwell Papers, 1940-1993, New York Public Library (1999). Acedido em 25 de julho de 2011.
  3. Tobin, pg. 65
  4. Marotta, pg. 65
  5. "Last Minute Oscar Wilde Reprieve" Gay City News. January 31 – February 6, 2003. Vol. 2 – Issue 5. Acedido em 3 de janeiro de 2011.
  6. "Venerable Gay Bookstore Will Close" The New York Times. February 3, 2009. Acedido em 8 de agosto de 2015.
  7. Downs, pg. 65
  8. Duberman, pg. 164–166
  9. Pobo, Kenneth. Journalism and Publishing Arquivado em 2008-09-28 no Wayback Machine, GLBTQ Encyclopedia (October 13, 2007). Acedido em 23 de setembro de 2008.
  10. Craig L. Rodwell, 52, Pioneer for Gay Rights New York Times obituaries (June 20, 1993). Acedido em 25 de Julho de 2011.
  11. Santor, Marc "Hard Words for a Bookshop: The End." New York Times. January 7, 2003. Acedido em 3 de janeiro de 2011.
  12. Santora, Marc "Plot Twist for a Gay Bookstore: The Last Chapter Actually Isn't" New York Times February 4, 2003 Acedido em 3 de janeiro de 2011.
  13. Neff, Lisa. The importance of being open: Oscar Wilde Bookshop purchased by Deacon Maccubbin of Lambda Rising, The Advocate (18 de março de 2003). Acedido em 6 de maio de 2010.
  14. Chan, Sewell. "Venerable Gay Bookstore Will Close." New York Times. February 3, 2009.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]