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Lobby pró-Israel: diferenças entre revisões

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A despeito de majoritariamente composto por indivíduos de origem judaica, o lobby também inclui não-judeus, sobretudo protestantes fundamentalistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Nos EUA, a principal organização do lobby pró-Israel é o AIPAC - American Israel Public Affairs Commitee (Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel). É considerado uma das organizações mais influentes da política norte-americana.
A despeito de majoritariamente composto por indivíduos de origem judaica, o lobby também inclui não-judeus, sobretudo protestantes fundamentalistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Nos EUA, a principal organização do lobby pró-Israel é o AIPAC - American Israel Public Affairs Commitee (Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel). É considerado uma das organizações mais influentes da política norte-americana.


Nos EUA, alguns influentes políticos e jornalistas são os principais porta-vozes dos interesses do ultra-nacionalismo judaico. Destacam-se o ex-vice-presidente Dick Cheney; o ex-embaixador dos EUA na ONU, John Bolton; o ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz; Richard Armitage; Elliott Abrams; Richard Perle, enre outros.
Nos EUA, alguns influentes políticos e jornalistas são os principais porta-vozes dos interesses do ultra-nacionalismo judaico. Destacam-se o ex-vice-presidente Dick Cheney; o ex-embaixador dos EUA na ONU, John Bolton; o ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz; e lobistas como Richard Armitage, Elliott Abrams, Richard Perle, entre outros.
Entre os jornalistas, William Safire, A.M. Rosenthal, David Brooks e Thomas Friedman, do [[The New York Times]], e Robert Kagan e Charles Krauthammer, do [[Washington Post]].
Entre os jornalistas, William Safire, A.M. Rosenthal, David Brooks e Thomas Friedman, do [[The New York Times]], e Robert Kagan e Charles Krauthammer, do [[Washington Post]].
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==Críticos do lobby==
==Críticos do lobby==
Uma ativa organização judaica que se opõe às ações do lobby e aos postulados do sionismo em geral é a ''Neturei Karta - Judeus contra o sionismo'' (www.nkusa.org). Sua oposição ao sionismo e ao Estado de Israel se assenta em dois fundamentos. O primeiro é religioso, argumentando que não é pela força das armas e do lobby político que os judeus têm direito de expulsar a população autóctone da Palestina e estabelecer um país em moldes do antigo apartheid sul-africano. Segundo esses judeus anti-sionistas, é somente em paz e com as bênçãos de Deus que os judeus voltarão a se reunir na Terra Santa. O segundo fundamento de sua oposição ao [[Estado de Israel]] é humanitário, pois a expulsão dos palestinos de sua terra ancestral e sua contínua opressão e humilhação ao longo das seis décadas, desde a criação de Israel, em 1948, só tem gerado ódio e [[antissemitismo]] em todo o mundo.
Uma ativa organização judaica que se opõe às ações do lobby e aos postulados do sionismo em geral é a [[Neturei Karta]] - Judeus contra o sionismo (www.nkusa.org). Sua oposição ao sionismo e ao Estado de Israel se assenta em dois fundamentos. O primeiro é religioso, argumentando que não é pela força das armas e do lobby político que os judeus têm direito de expulsar a população autóctone da Palestina e estabelecer um país em moldes do antigo apartheid sul-africano. Segundo esses judeus anti-sionistas, é somente em paz e com as bênçãos de Deus que os judeus voltarão a se reunir na Terra Santa. O segundo fundamento de sua oposição ao [[Estado de Israel]] é humanitário, pois a expulsão dos palestinos de sua terra ancestral e sua contínua opressão e humilhação ao longo das seis décadas, desde a criação de Israel, em 1948, só tem gerado ódio e [[antissemitismo]] em todo o mundo.


Nos EUA, são críticos importantes do lobby o ex-presidente [[Jimmy Carter]], autor do livro ''Palestine, Peace not Apartheid'' (Palestina, Paz não Apartheid); o embaixador Charles Freeman; [[Norman Finkelstein]], autor de ''A Indústria do Holocausto''; e os professores John J. Mearsheimer e Stephen M. Walt. Na França, destaca-se o filósofo francês [[Roger Garaudy]], autor de ''The founding myths of modern Israel'' (Os mitos fundadores do moderno Israel).
Nos EUA, são críticos importantes do lobby o ex-presidente [[Jimmy Carter]], autor do livro ''Palestine, Peace not Apartheid'' (Palestina, Paz não Apartheid); o embaixador Charles Freeman; [[Norman Finkelstein]], autor de ''A Indústria do Holocausto''; e os professores John J. Mearsheimer e Stephen M. Walt. Na França, destaca-se o filósofo [[Roger Garaudy]], autor de ''The founding myths of modern Israel'' (Os mitos fundadores do moderno Israel).





Revisão das 22h52min de 14 de julho de 2009

O lobby pró-Israel, também conhecido como lobby sionista, refere-se a um conjunto de grupos, organizações e indivíduos que influenciam os governos de países ocidentais no sentido de apoiar os objetivos do sionismo, ou ultra-nacionalismo judaico, em todo o mundo, mas especialmente na sustentação do Estado de Israel. O lobby é particularmente poderoso nos EUA e na Grã-Bretanha, como aponta o livro "The Israel Lobby and US foreign Policy" (O lobby pró-Israel e a política externa dos EUA), de autoria de dois prestigiados professores norte-americanos, John Mearsheimer (Universidade de Chicago) e Stephen Walt (Harvard).

A despeito de majoritariamente composto por indivíduos de origem judaica, o lobby também inclui não-judeus, sobretudo protestantes fundamentalistas nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Nos EUA, a principal organização do lobby pró-Israel é o AIPAC - American Israel Public Affairs Commitee (Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel). É considerado uma das organizações mais influentes da política norte-americana.

Nos EUA, alguns influentes políticos e jornalistas são os principais porta-vozes dos interesses do ultra-nacionalismo judaico. Destacam-se o ex-vice-presidente Dick Cheney; o ex-embaixador dos EUA na ONU, John Bolton; o ex-presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz; e lobistas como Richard Armitage, Elliott Abrams, Richard Perle, entre outros.

Entre os jornalistas, William Safire, A.M. Rosenthal, David Brooks e Thomas Friedman, do The New York Times, e Robert Kagan e Charles Krauthammer, do Washington Post.

Críticos do lobby

Uma ativa organização judaica que se opõe às ações do lobby e aos postulados do sionismo em geral é a Neturei Karta - Judeus contra o sionismo (www.nkusa.org). Sua oposição ao sionismo e ao Estado de Israel se assenta em dois fundamentos. O primeiro é religioso, argumentando que não é pela força das armas e do lobby político que os judeus têm direito de expulsar a população autóctone da Palestina e estabelecer um país em moldes do antigo apartheid sul-africano. Segundo esses judeus anti-sionistas, é somente em paz e com as bênçãos de Deus que os judeus voltarão a se reunir na Terra Santa. O segundo fundamento de sua oposição ao Estado de Israel é humanitário, pois a expulsão dos palestinos de sua terra ancestral e sua contínua opressão e humilhação ao longo das seis décadas, desde a criação de Israel, em 1948, só tem gerado ódio e antissemitismo em todo o mundo.

Nos EUA, são críticos importantes do lobby o ex-presidente Jimmy Carter, autor do livro Palestine, Peace not Apartheid (Palestina, Paz não Apartheid); o embaixador Charles Freeman; Norman Finkelstein, autor de A Indústria do Holocausto; e os professores John J. Mearsheimer e Stephen M. Walt. Na França, destaca-se o filósofo Roger Garaudy, autor de The founding myths of modern Israel (Os mitos fundadores do moderno Israel).