Luís Álvares Pais

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Luís Álvares Pais, em grafia antiga Luiz Álvares Paes[1] (c. 1390 - a. 11 de Maio de 1475), foi um nobre português dos séculos XIV e XV.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Diogo Álvares Pais e de sua mulher Inês Álvares de Monterroso.[2]

Mestre-Sala de D. João I[1], de D. Duarte I e de D. Afonso V a 1 de Fevereiro de 1439 e Fidalgo do Conselho deste Rei antes de 1443.[2]

Senhor da Quintã de Calvos, em Loures a 23 de Julho de 1431, etc. A 23 de Julho de 1431, D. João I doou a Luiz Álvares, Cavaleiro, seu criado e Mestre Sala, a Quintã de Calvos, na Ribeira de Loures, com todas as suas pertenças e herdades, para si e seus descendentes.[2]

A 1 de Agosto de 1439, D. Afonso V confirma a doação a Luiz Álvares, Mestre Sala, enquanto sua mercê for, da renda régia do serviço velho e novo dos Judeus de Setúbal (inserta Carta de D. Duarte I de 6 de Setembro de 1434).[2]

A 6 de Abril de 1444, D. Afonso V nomeia João Vicente, morador na cidade de Lisboa, Escudeiro de Luiz Álvares, Mestre Sala e do seu Conselho, para o cargo de Tabelião Geral dos lugares do Ribatejo, em substituição de Fernando Álvares, que sofria de lepra.[2]

A 20 de Janeiro de 1445, D. Afonso V privilegia Vasco Rodrigues, besteiro do conto, autorizando-o a deixar de exercer essa função, a pedido de Luiz Álvares, Mestre Sala.[2]

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou com Teresa de Albuquerque (c. 1419 - d. 11 de Maio de 1475), Donzela da Rainha D. Leonor, a qual em 1437 era solteira e menor, mas já emancipada, filha de Gonçalo Vaz de Melo, Senhor da Castanheira, e de sua mulher Isabel de Albuquerque.[2] Isso aconteceu nos finais de 1438 ou início de 1439, ano em que teve em dote real de 2.600 coroas de ouro (312.000 reais de prata) e 1.000 coroas de ouro do noivo e 1.5000 coroas de arras. Enquanto não recebesse o dote, D. Afonso V deu-lhe a 8 de Abril de 1439 uma tença de 26.000 reais de prata.[2]

No início de 1439 já se documenta casado, pois a 20 de Fevereiro desse ano D. Afonso V privilegia Gonçalo Vasques, criado de Dona Teresa de Albuquerque, mulher de Luiz Álvares, seu Mestre-Sala e Cavaleiro da sua Casa, e a seu pedido, isentando-o de ter cavalo e besta.[2]

A 2 de Julho de 1443, D. Afonso V privilegia Mendo Afonso, tosador, morador na cidade de Lisboa, a pedido de Dona Teresa de Albuquerque, mulher de Luiz Álvares, do seu Conselho, isentando-o de servir nos encargos concelhios, de ir com presos e dinheiros, de ser Tutor e Curador, de ter ofícios do Concelho, bem como de ser posto por besteiro do conto.[2]

A 23 de Abril de 1450, D. Afonso V doa e confirmou a D. Tereza de Albuquerque, Donzela da Rainha D. Leonor, essa tença anual de 26.000 reais de prata, a quarta parte da tença de 2.000 coroas em ouro do cunho de França que teve por casamento com Luiz Álvares, Mestre Sala e do Conselho.[2]

A 11 de Maio de 1475, D. Afonso V doa a D. Tereza, mulher que foi de Luiz Álvares, Mestre Sala, uma tença de 90.000 reais de prata.[2]

Foram seus filhos:

Referências

  1. a b José Soares da Silva (1731). «XVIII». Memorias para historia de Portugal, que comprehendem o governo del rey d. Joaõ o i. II. [S.l.]: Lisboa Occidental. p. 555. Consultado em 16 de agosto de 2015 
  2. a b c d e f g h i j k l Manuel Abranches de Soveral, Ascendências Visienses. Ensaio genealógico sobre a nobreza de Viseu. Séculos XIV a XVII, Porto, 2004
  3. Retratos, e elogios dos varões, e donas, que illustraram a nação portugueza. ... tanto antigos, como modernos. [S.l.: s.n.] 1817. Consultado em 16 de agosto de 2015 

Fontes[editar | editar código-fonte]