Saltar para o conteúdo

Mário Barradas: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Nunoni (discussão | contribs)
Linha 18: Linha 18:
Dirigiu cursos de formação de actores em inúmeras localidades do país.
Dirigiu cursos de formação de actores em inúmeras localidades do país.


Em Évora, fundou, com o encenador Luís Varela, a Escola de Formação Teatral do Cendrev.
Em Évora, fundou, com o encenador Luís Varela, a Escola de Formação Teatral do Centro Cultural de Évora.


Encenou e interpretou textos de Aristófanes, Molière, Corneille, Mérimée, Büchner, Marivaux, Shakespeare, Goldoni, Tchekov, Turrini, Dorst, Bernard-Marie Koltèz, de quem foi colega e amigo, Vinaver, Bond, Gil Vicente, Sá de Miranda, Chiado, Garrett, Raul Brandão e muitos outros.
Encenou e interpretou textos de Aristófanes, Molière, Corneille, Mérimée, Büchner, Marivaux, Shakespeare, Goldoni, Tchekov, Turrini, Dorst, Bernard-Marie Koltèz, de quem foi colega e amigo, Vinaver, Bond, Gil Vicente, Sá de Miranda, Chiado, Garrett, Raul Brandão e muitos outros.
Linha 33: Linha 33:
A morte inesperada impediu-o de realizar o último projecto em que, com grande entusiasmo, trabalhou: a encenação de «Troilus e Créssida», de Shakespeare, co-produção entre a Companhia Teatro de Almada, A Companhia de Teatro do Algarve e a Companhia de Teatro de Braga, cuja estreia estava prevista para 22 de Abril de 2010. Em sua substituição, e em homenagem a Mário Barradas, a peça será encenada pelo actor e encenador suíço Michel Kullemann, com cenografia e figurinos de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo. <ref>http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1427512&seccao=Teatro 22 Novembro 2009</ref>
A morte inesperada impediu-o de realizar o último projecto em que, com grande entusiasmo, trabalhou: a encenação de «Troilus e Créssida», de Shakespeare, co-produção entre a Companhia Teatro de Almada, A Companhia de Teatro do Algarve e a Companhia de Teatro de Braga, cuja estreia estava prevista para 22 de Abril de 2010. Em sua substituição, e em homenagem a Mário Barradas, a peça será encenada pelo actor e encenador suíço Michel Kullemann, com cenografia e figurinos de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo. <ref>http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1427512&seccao=Teatro 22 Novembro 2009</ref>


Foi sepultado no [[Cemitério do Alto de São João]], em Lisboa.
Foi cremado no [[Cemitério do Alto de São João]], em Lisboa.


Foi casado com Maria Joana de Faria Bento Pessoa, com quem teve três filhos.
Foi casado com Maria Joana de Faria Bento Pessoa, com quem teve três filhos.

Revisão das 12h50min de 5 de dezembro de 2009

Mário de Melo dos Santos Barradas (Ponta Delgada, 7 de Agosto de 1931Lisboa, 19 de Novembro de 2009) foi um encenador e actor, fundador na década de 1960 do Teatro Universitário de Moçambique e, mais tarde, do Centro Dramático de Évora, o CENDREV, de Évora. Foi uma das figuras mais marcantes do panorama teatal português após a Revolução dos Cravos.

Biografia

Mário Barradas, como tantos outros, começou a interessar-se pelo Teatro no Liceu Nacional Antero de Quental, em Ponta Delgada, onde nasceu.

De 1949 a 1954, licencia-se em Direito pela Universidade de Lisboa, e em 1954 assina a sua primeira encenação com a peça “O Mestre Escola” do grande poeta da Guiné Conacri Keita Fodeba, com tradução de Mário Pinto de Andrade. Entretanto dizia poemas em diversos locais, Barreiro, Coimbra, Casa dos Estudantes do Império e Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal.

Em 1956, como militar, partiu para Timor, e aí montou espectáculos, entre os quais “A Farsa de Mestre Pathelin” de autor anónimo do século XV.

Em 1962 partiu para Moçambique, onde fundou o Teatro de Amadores de Lourenço Marques -TALM e onde, até Abril de 1969, montou e interpretou 19 textos de Teatro, entre os quais textos de Giraudaux, Cervantes, Lorca, O’ Casey, Albee, Ghelderode, Brecht, e outros. Exerceu advocacia nesse período.

Em Outubro de 1969, com uma bolsa da Fundação Gulbenkian, ingressou, como aluno, na Escola Superior de Arte Dramática do Teatro Nacional de Estrasburgo onde, em 1971, foi convidado para professor assistente. Em Junho de 1972, a convite da dra Madalena Perdigão, dirigiu o espectáculo final dos primeiros alunos da nova Reforma do Conservatório Nacional, tendo a partir de Outubro integrado a respectiva Comissão e passado a dirigir o mesmo Conservatório.

Ligou-se entretanto ao grupo de Teatro Independente Os Bonecreiros, onde encenou “A Mosqueta” de Ruzante, “A Grande Imprecação Diante das Muralhas da Cidade” de Dorst e “Noite de Guerra no Museu do Prado”, de Rafael Alberti., esta já depois do 25 de Abril.

A partir de Maio de 1974 iniciou, com Norberto Ávila, a preparação da primeira companhia da Descentralização Teatral em Portugal e em 2 de Janeiro de 1975 fundou o Centro Cultural de Évora, mais tarde Centro Dramático de Évora – Cendrev, com sede no já centenário Teatro Garcia de Resende.

Encenou entretanto espectáculos em Viana do Castelo, Porto, Braga, Vila Real de Trás os Montes, no Teatro da Beira da Covilhã, Coimbra, nos Açores, e em diversos outros locais. Dirigiu cursos de formação de actores em inúmeras localidades do país.

Em Évora, fundou, com o encenador Luís Varela, a Escola de Formação Teatral do Centro Cultural de Évora.

Encenou e interpretou textos de Aristófanes, Molière, Corneille, Mérimée, Büchner, Marivaux, Shakespeare, Goldoni, Tchekov, Turrini, Dorst, Bernard-Marie Koltèz, de quem foi colega e amigo, Vinaver, Bond, Gil Vicente, Sá de Miranda, Chiado, Garrett, Raul Brandão e muitos outros.

Fundou o Teatro da Malaposta com José Peixoto e José Martins.

Foi Presidente indigitado do IPAE, pelo Professor Manuel Maria Carrilho, em 1997, cargo de que se demitiu.

Foi director da revista ADÁGIO do Cendrev.

Com a sua acção, Mário Barradas deu um contributo activo e fundamental para o desenvolvimento do panorama teatral português nas últimas décadas. Recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Évora, a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura, e em 1987 foi agraciado pelo senhor Presidente da República com a comenda de Mérito Cultural.

A morte inesperada impediu-o de realizar o último projecto em que, com grande entusiasmo, trabalhou: a encenação de «Troilus e Créssida», de Shakespeare, co-produção entre a Companhia Teatro de Almada, A Companhia de Teatro do Algarve e a Companhia de Teatro de Braga, cuja estreia estava prevista para 22 de Abril de 2010. Em sua substituição, e em homenagem a Mário Barradas, a peça será encenada pelo actor e encenador suíço Michel Kullemann, com cenografia e figurinos de Christian Ratz, cenógrafo francês do Teatro Nacional de Estrasburgo. [1]

Foi cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Foi casado com Maria Joana de Faria Bento Pessoa, com quem teve três filhos.

Acaba a sua autobiografia [2], publicada no Jornal de Letras, com a frase "duas últimas observações. Partilho a ideologia Marxista-Leninista e tenho nojo daquilo em que Portugal se está a transformar. E sou um homem de Teatro, actor e encenador, mas nunca me misturei com o que considero o gosto do dinheiro, o facilitismo e a falta de rigor."

Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico.

References

  1. http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1427512&seccao=Teatro 22 Novembro 2009
  2. Jornal de Letras, 29 de Julho - 11 de Agosto de 2009