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Mãe Carmem: diferenças entre revisões

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MÃE CARMEN DO GANTOIS
[[Ficheiro:MAECARMEM VIP.jpg|thumb|200px|Mãe Carmem.]]
'''Carmen Oliveira da Silva''', conhecida por '''Mãe Carmem do Gantois''' ou '''Mãe Carmem de Oxalá''' é a [[Iyalorixá]] do [[Candomblé]], do [[Terreiro do Gantois]], na cidade de [[Salvador (Bahia)|Salvador]], [[Bahia]], [[Brasil]].


Carmen Oliveira da Silva – Mãe Carmen do Gantois, funcionária aposentada do Tribunal de Contas do Estado, seguiu por alguns anos em sua carreira de contadora, mas o seu destino já havia sido traçado pelos orixás, e foi convocada para assumir o trono do Gantois. Filha caçula de Mãe Menininha, Mãe Carmen de Oxaguian foi iniciada aos 7 anos de idade, nasceu e cresceu dentro da Casa do Candomblé, e viveu grande parte de sua vida como Iyalaxé do Gantois. É mãe de 02 filhas, Ângela Ferreira (Iyakekerê) e Neli Cristina (Iyadagan); tem 03 netos, sendo todos iniciados no candomblé, e 01 bisneta. Desde 2002, está no comando do Candomblé do Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé – Terreiro do Gantois, quando assumiu o posto de Iyalorixá.
É a filha mais nova de [[Mãe Menininha do Gantois]] e a irmã caçula de [[Mãe Cleusa Millet]]. Passou toda sua vida se dedicando ao candomblé com a mãe, já que a irmã não optou pelo caminho religioso, apesar de ter sido feita na religião. Carmem foi iniciada no Candomblé para [[Oxalá]], seu pai de cabeça, quando ainda era criança e desde então, não parou mais de se aprofundar nos estudos religiosos e fazer suas obrigações espirituais. Casou-se jovem e mesmo assim, continuou na religião e trouxe o marido para ela. Mesmo sua irmã não tendo se dedicado tanto a religião, ela só pôde tomar a frente do terreiro após a morte dela, Mãe Cleusa de Nanã, em 15 de Outubro de 1997 e aí sim assumiu o posto de Iyalorixá do Terreiro mais famoso do Brasil. Ela traz o segredo do Axé tendo ao seu lado suas duas filhas: Ângela de Oxum e Neli de Oxóssi.

Ao longo dessa trajetória, tem desempenhado um papel fundamental na preservação das tradições de sua família, que possui ancestralidade africana, dando seguimento com muito respeito, amor e firmeza à missão que os Orixás designaram.

Recebeu a Medalha 02 de Julho, pela Prefeitura Municipal do Salvador, entregue a personalidades baianas de destaque. E, pelo Governo do Estado, possui o título de Grã Mestre Comendadora. Em virtude de todo o trabalho que tem desenvolvido para preservação das tradições numa perspectiva de diálogo inter-religioso, Mãe Carmen foi agraciada com a “Medalha dos 5 Continentes ou da Diversidade Cultural”, comenda entregue pela Unesco, através Presidente do Conselho Executivo da Unesco e Delegado Permanente do Benin, Embaixador OlabiyiBabalola Joseph Yai, em maio de 2010. Além da comenda,Mãe Carmen recebeu do Embaixador as faixas da Sociedade Secreta Gueledés, por ser uma liderança que salvaguarda a ancestralidade de matriz africana em sua comunidade.

Participou da coletânea de textos para o livro “Recomeços”, da jornalista e escritora Lina de Albuquerque, pela Saraiva Editora, com um depoimento de vida, relatando a trajetória determinada pela ancestralidade.

Além da parte religiosa, Mãe Carmen também promove ações sócio-educativas junto a comunidade do Gantois, realizando, juntamente com a Associação de São Jorge Ebé Oxossi, benfeitorias para a circunvizinhança.

Na parte cultural, empreendeu ações voltadas para acessibilidade à memória da religiosidade de matriz africana na Bahia, com cursos de ritmos e toques, dança, bordados tradicionais, dentre outros, intercâmbio com instituições culturais do Brasil e do exterior, principalmente África, Cuba, França e EEUU, que possuem eixos de trabalho e pesquisa voltados para a problemática do negro e de sua religiosidade.Com o tombamento do Gantois, em 2002, também voltou-se para os cuidados com a questão patrimonial material e imaterial existente no Memorial Mãe Menininha, cujo resultado pode ser conferido com a obra “Memorial Mãe Menininha do Gantois – Seleta do Acervo”, da qual é autora e que foi lançada em julho de 2010. Ainda no campo artístico, Mãe Carmen foi homenageada com a composição da música “A Força do Gantois”, composta pelo sambista Nelson Rufino, lançada em agosto de 2011. Em março de 2013 retornou ao cargo de Presidente da Associação de São Jorge Ebé Oxossi, entidade mantenedora da Casa do Gantois, tendo sido eleita pelos associados integrantes e pela comunidade-terreiro.
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Revisão das 15h32min de 9 de março de 2014

MÃE CARMEN DO GANTOIS

Carmen Oliveira da Silva – Mãe Carmen do Gantois, funcionária aposentada do Tribunal de Contas do Estado, seguiu por alguns anos em sua carreira de contadora, mas o seu destino já havia sido traçado pelos orixás, e foi convocada para assumir o trono do Gantois. Filha caçula de Mãe Menininha, Mãe Carmen de Oxaguian foi iniciada aos 7 anos de idade, nasceu e cresceu dentro da Casa do Candomblé, e viveu grande parte de sua vida como Iyalaxé do Gantois. É mãe de 02 filhas, Ângela Ferreira (Iyakekerê) e Neli Cristina (Iyadagan); tem 03 netos, sendo todos iniciados no candomblé, e 01 bisneta. Desde 2002, está no comando do Candomblé do Ilé Iyá Omi Asé Iyamasé – Terreiro do Gantois, quando assumiu o posto de Iyalorixá.

Ao longo dessa trajetória, tem desempenhado um papel fundamental na preservação das tradições de sua família, que possui ancestralidade africana, dando seguimento com muito respeito, amor e firmeza à missão que os Orixás designaram.

Recebeu a Medalha 02 de Julho, pela Prefeitura Municipal do Salvador, entregue a personalidades baianas de destaque. E, pelo Governo do Estado, possui o título de Grã Mestre Comendadora. Em virtude de todo o trabalho que tem desenvolvido para preservação das tradições numa perspectiva de diálogo inter-religioso, Mãe Carmen foi agraciada com a “Medalha dos 5 Continentes ou da Diversidade Cultural”, comenda entregue pela Unesco, através Presidente do Conselho Executivo da Unesco e Delegado Permanente do Benin, Embaixador OlabiyiBabalola Joseph Yai, em maio de 2010. Além da comenda,Mãe Carmen recebeu do Embaixador as faixas da Sociedade Secreta Gueledés, por ser uma liderança que salvaguarda a ancestralidade de matriz africana em sua comunidade.

Participou da coletânea de textos para o livro “Recomeços”, da jornalista e escritora Lina de Albuquerque, pela Saraiva Editora, com um depoimento de vida, relatando a trajetória determinada pela ancestralidade.

Além da parte religiosa, Mãe Carmen também promove ações sócio-educativas junto a comunidade do Gantois, realizando, juntamente com a Associação de São Jorge Ebé Oxossi, benfeitorias para a circunvizinhança.

Na parte cultural, empreendeu ações voltadas para acessibilidade à memória da religiosidade de matriz africana na Bahia, com cursos de ritmos e toques, dança, bordados tradicionais, dentre outros, intercâmbio com instituições culturais do Brasil e do exterior, principalmente África, Cuba, França e EEUU, que possuem eixos de trabalho e pesquisa voltados para a problemática do negro e de sua religiosidade.Com o tombamento do Gantois, em 2002, também voltou-se para os cuidados com a questão patrimonial material e imaterial existente no Memorial Mãe Menininha, cujo resultado pode ser conferido com a obra “Memorial Mãe Menininha do Gantois – Seleta do Acervo”, da qual é autora e que foi lançada em julho de 2010. Ainda no campo artístico, Mãe Carmen foi homenageada com a composição da música “A Força do Gantois”, composta pelo sambista Nelson Rufino, lançada em agosto de 2011. Em março de 2013 retornou ao cargo de Presidente da Associação de São Jorge Ebé Oxossi, entidade mantenedora da Casa do Gantois, tendo sido eleita pelos associados integrantes e pela comunidade-terreiro.

Mãe Carmem.
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