María Enriqueta Matute

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María Enriqueta Matute (1942 – 25 de agosto de 2013) foi uma activista dos direitos ambientais e indígenas das Honduras.[1] Ela fazia parte do povo indígena Tolupán.[2] Ela participou em protestos pacíficos contra a actividade ilegal de mineração e extracção de madeira em terras indígenas.[3]

No dia 25 de agosto de 2013 Matute foi morta juntamente com outros dois activistas enquanto participavam num protesto para bloquear uma estrada. O protesto estava em vigor desde 14 de agosto, envolvendo várias comunidades indígenas. Cerca de 150 activistas da tribo San Francisco de Locomapa bloquearam a estrada principal, protestando contra a mineração de antimónio nas suas terras.[4] À noite, dois homens aproximaram-se do grupo e abriram fogo, matando Armando Fúnez Medina e Ricardo Soto Fúnez. Matute fugiu para a sua casa, mas foi seguida pelos assassinos e morta a tiros.[2] Todas as três vítimas eram membros do Movimiento Amplio por la Dignidad y la Justicia (Movimento Amplo pela Dignidade e Justiça), ou MADJ. Os assassinos foram posteriormente identificados como Selvin Matute e Carlos Matute (sem parentesco), que foram contratados pela Bella Vista Mining Company.[5]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Dezoito membros do MADJ fugiram da área após o massacre. Em dezembro de 2013, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ordenou medidas de protecção para os activistas indígenas, que foram assinadas pelo governo das Honduras.[5]

Referências

  1. Mazzuca, C. R.; Mingorría, S.; Navas, G.; Del Bene, D. (2017). «Violencia contra mujeres tejedoras de resistencias» [Violence against women who weave resistance]. Ecología Política (em espanhol). 53: 104–107 
  2. a b «MARÍA ENRIQUETA MATUTE». Front Line Defenders. Consultado em 29 de julho de 2020 
  3. «Maria Enriqueta Matute». AWID. Consultado em 29 de julho de 2020 
  4. Cuffe, Sandra. «"We came back to Struggle"». Earth Island Journal. Consultado em 29 de julho de 2020 
  5. a b McCain, Greg (12 de março de 2014). «HONDURAS: INDIGENOUS TOLUPANES RETURN TO THEIR TERRITORY WITH IACHR ORDERS OF PROTECTION». Consultado em 29 de julho de 2020