Maria Deolinda dos Santos
Maria Deolinda Gomes dos Santos | |
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Maria Deolinda dos Santos em 1962 | |
Nascimento | século XX |
Morte | 1968 Salvador, BA, Brasil |
Filho(a)(s) | Altamira Cecília dos Santos |
Cargo | Ialorixá do Casa Branca do Engenho Velho |
Religião | Candomblé Queto |
Maria Deolinda Gomes dos Santos (m. Salvador, 1968),[1] mais conhecida como Papai Oquê (Papai Oké), Mamãe Oquê (Mamãe Oké) ou Iuindejá (Iwindejá), foi uma importante candomblecista soteropolitana, na Bahia, que serviu como a sexta ialorixá da Casa Branca do Engenho Velho (Ilê Axé Iá Nassô Ocá).
Vida
[editar | editar código-fonte]Maria Deolinda Gomes dos Santos,[2][3] popularmente chamada Papai Oquê (Papai Oké),[4] Mamãe Oquê (Mamae Oké) ou Iuindejá (Iwindejá),[5] nasceu em data incerta ao longo do século XX. Professava o Candomblé Queto (rito dos orixás) e pertencia ao terreiro Casa Branca do Engenho Velho (Ilê Axé Iá Nassô Ocá), no qual assumiu, em 1963, a posição de ialorixá (mãe-de-santo) em sucessão de Maximiana Maria da Conceição, a Tia Massi. Era a sexta na sucessão da Casa Branca e sua gestão transcorre até 1968, quando faleceu.[6] Sua sucessora foi Marieta Vitória Cardoso, a Oxum Niquê, durante cuja administração a Casa Branca foi tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[7][8] Era mãe de Altamira Cecília dos Santos, a Mãe Tatá Oxum Tomilá, que igualmente seria ialorixá desse terreiro entre 1985 e 2019.[4] O seu orixá de predileção era Oxaguiã.[9]
Ver também
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Precedido por Maximiana Maria da Conceição (Tia Massi) |
Ialorixá do Casa Branca do Engenho Velho 1963 — 1968 |
Sucedido por Marieta Vitória Cardoso (Oxum Niquê) |
Referências
- ↑ Santos 1994, p. 80.
- ↑ Lopes 2014.
- ↑ Morim 2014.
- ↑ a b Galedes 2019.
- ↑ Barbosa 2015, p. 121.
- ↑ Moura 2004, p. 91.
- ↑ Serra 2005, p. 182-183.
- ↑ IPHAN.
- ↑ Santana 1998, p. 26.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barbosa, Silvia Maria Silva (2015). Que Poder é Esse? Um estudo da constituição e das relações de poder no Ilê Asé Ogum Omimkayê (PDF). Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
- «Morre aos 96 anos Mãe Tatá de Oxum, ialorixá do Terreiro Casa Branca». Portal Galedés. 2019
- «Terreiro Casa Branca do Engenho Velho - Salvador (BA)». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
- Lopes, Nei (2014). «Ilê Axé Iá Nassô Oká». Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro
- Morim, Júlia (2014). «Terreiro Casa Branca / Ilê Axé Iyá Nassô Oká». Pesquisa Escolar - Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)
- Moura, Clóvis; Moura, Soraya Silva (2004). «Casa Branca». Dicionário da escravidão negra no Brasil. São Paulo: Edusp. ISBN 85-314-0812-1
- Santana, Alice (1998). Candomblé afro-brasiliano. Macumba, magia, riti, cerimonie. Roma: Hermes Edizioni
- Santos, Deoscoredes Maximiliano dos (1994). História de um terreiro nagô - crônica histórica. São Paulo: Carthago & Forte
- Serra, Ordep (2005). «Monumentos Negros: Uma Experiência». Afro-Ásia. 33: 169-205