Maria Josefa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Josefa Barreto
Nome completo Maria Josefa da Fontoura Pereira Pinto
Nascimento 1775
Viamão
Morte 9 de novembro de 1837 (62 anos)
Porto Alegre
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cônjuge Manoel Inácio Barreto
Ocupação Poetisa, escritora, professora e jornalista

Maria Josefa da Fontoura Pereira Pinto (Viamão, 1775 — Porto Alegre, 9 de novembro de 1837) foi uma poetisa, escritora, professora e jornalista brasileira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Considerada a primeira jornalista brasileira, a data de seu nascimento é incerta. Uns dão conta de 1775, outras fontes informam que teria sido entre 1786 e 1788. Foi abandonada pelos pais, ou como se dizia à época, exposta à porta da casa de Teodósio Rodrigues de Carvalho e Josefa Joaquina da Conceição, em Viamão, sendo por eles adotada e criada.

Casou-se com Manoel Inácio Barreto, de quem adotou o sobrenome, e que exercia o cargo de carcereiro da cadeia de Porto Alegre. Mais viria a se tornar soldado e depois comandante de prisão em Porto Alegre, sendo acusado, certa ocasião, de facilitar a fuga de um condenado à morte. Manoel Inácio Barreto fugiu à acusação e desapareceu sem deixar vestígios e deixando desamparada sua mulher Maria Josefa.

Em 1833, lutando pela sobrevivência, Maria Josefa fundou dois jornais legalistas: "A Idade D'Ouro", junto com Manuel dos Passos Figueroa, e "Bellona Irada Contra os Sectários de Momo". Reza a lenda que seu nome é citado em 14 artigos ou verbetes de sua época, nos quais, porém, somente foi encontrado um soneto: "Aos 55 anos do Sr. Dom João VI", que foi publicado no Almanaque de 1867 do doutor César Marques.

Obra[editar | editar código-fonte]

"Aos 55 anos do senhor D. João VI"
(escrito em 1822)
"Lá onde o Tejo undoso ufano pisa,
Dos brilhantes lauréis já despojada,
De fúnebre cipreste a fronte ornada,
Lísia envolvida em pranto se divisa.
Na saudade cruel que a penaliza,
Invejosa suspira, consternada,
Quando América assaz afortunada
A glória de João imortaliza.
No seu erguido trono brasileiro,
Fundador de uma nova monarquia,
Qual de Ourique Afonso, Rei primeiro,
Ditando sábias leis, já neste dia
De onde lustros o giro vê inteiro
O grande filho da imortal Maria."

Referência[editar | editar código-fonte]

  • JUNG, Roberto Rossi. A gaúcha Maria Josefa, primeira jornalista brasileira. Martins Livreiro, Porto Alegre, 2004.
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.