Mendanha (Rio de Janeiro)

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Mendanha é um sub-bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Não é um bairro oficial da cidade.[1]

Vulcão[editar | editar código-fonte]

As pesquisas durante o século XX apresentam que, há aproximadamente 40 milhões de anos, dois vulcões entraram em erupção na proximidade de Nova Iguaçu: um na Serra do Mendanha em Campo Grande, denominado "Chaminé do Lamego", e o outro na Serra de Madureira em Nova Iguaçu, chamado do "Vulcão de Nova Iguaçu".[2] As rochas piroclásticas do Mendanha foram apresentadas em 1935 pelo geólogo Alberto Ribeiro Lamego, quando fazia a cartografia do antigo Distrito Federal.[2] Ele propôs a existência de bombas vulcânicas no morro Manuel José, um local próximo à Cachoeira do Mendanha, porém não apresentou as descrição geológica e litológicas do campo.[2] O arqueólogo Carlos Manes Bandeira opinou que existe a cratera do Vulcão do Mendanha na cabeceira do Rio Guandu-Sapê, porém não apresntou as descrições e provas. Segundo este documento, o vulcão pode ser visto da Estrada do Mendanha e da Avenida Brasil na altura de Campo Grande, sua altura é de aproximadamente 300 metros e sua cratera coberta teria 400 metros de diâmetro.[2] Entretanto, segundo o mapa topográfico do IBGE, Folha Santa Cruz, não existem tais morofologias. Além disso, essas opiniões não foram publicadas em revistas geológicas devidamente classificadas, sendo encontradas nos relatórios internos do Governo.[2]

Em 1980, os geólogos Victor de Carvalho Klein e André Calixto Vieira, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, propuseram um outro ponto de erupção vulcânica, agora na Serra de Madureira, nos limites entre os municípios de Nova Iguaçu e Rio de Janeiro, e que virou atração turística para aventureiros esportivos radicais. Esse ponto de erupção se denominou "Vulcão de Nova Iguaçu"[2].

Referências

  1. «Parceiro do Rj vai à praia de Campo Grande: a Cachoeira do Mendanha». G1. Consultado em 19 de agosto de 2012 
  2. a b c d e f sítio guiacamp.com.br. «O Vulcão do Mendanha». Consultado em 2 de Outubro de 2012. Arquivado do original em 13 de outubro de 2007 [carece de fonte melhor]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Projeto de Estruturação Urbana -PEU
  • Unidade Espacial de Planejamento de Campo Grande - IPlAN-RIO. Dezembro de 1985.
  • Ver documento SECPLAN - Secretaria de Programas de Governo - GB (Estado) - II Desenvolvimento Urbano/ Campo Grande - Governo Chagas Freitas - IPLAN/ RJ. 1974.
  • Os dados foram colhidos da monografia de Heleno Getúlio Paulo. Elementos do Processo de Ocupação Populacional na Zona Oeste do Rio de Janeiro 1980-1992. Faculdade de Filosofia de Campo Grande. Rio de Janeiro. 1994.
  • Sobre as culturas deste período verificar as observações de Hilda da Silva "Uma Zona Agrícola do Distrito Federal- O Mendanha". In Revista Brasileira de Geografia XX nº4 IBGE-1958 e Lúcia de Oliveira Aspectos Geográficos da Zona Agrícola do Rio da Prata. In "Revista Brasileira de Geografia". XXII nº 1 Rio de Janeiro. IBGE. Janeiro/março de 1960.
  • Sobre o período cafeeiro ver artigo "Campo Grande 323 anos de história" in Jornal Zona Oeste . Semana de 29/06 a 05/07/96. Nº 1054. Rio de Janeiro 1996.
  • Informações obtidas através dos documentos do IPLAN-Rio e do Jornal Zona Oeste. N° 1054. Rio de Janeiro. 1996.
  • Ver nos arquivos do IPLAN XVIII R. A. Campo Grande, 1976.
  • Há registros de que foi na década de 1920 que os migrantes portugueses se instalaram na região. Ver o trabalho de Lúcia de Oliveira Aspectos Geográficos da Zona Agrícola do Rio da Prata. In "Revista Brasileira de Geografia". XXII nº 1 Janeiro/março de 1960. P.58
  • Revista do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro – Tomo 36, II Parte, Rio, 1875, Pág. 51 – 126.
  • Há registros - no artigo "Campo Grande, dos laranjais à fumaça industrial"- que neste período ocorreu também a praga conhecida como " fumagia" que atingiu os laranjais de Campo Grande e contribuiu para o declínio das colheitas. Ver no Jornal Zona Oeste. Ed: 1049. 25 a 31/05/96. Pg.04.
  • Dados do IPLAN-RIO em referência a afirmações de Masumeci. In Campo Grande 1- Rio Cidade. (mimeo) s/d.
  • Revista Arte Plural - 7 de novembro de 1990.
  • Klein, V.C., Vieira, A.C. 1980. Vulcões do Rio de Janeiro: Breve geologia e perspectivas. Mineração Metalurgia, v. 419, p. 44-46.
  • Motoki, A., Sichel, S.E. 2006. Avaliação de aspectos texturais e estruturais de corpos vulcânicos e subvulcânicos e sua relação com o ambiente de cristalização, com base em exemplos do Brasil, Argentina e Chile. Revista Escola de Minas, v. 59-1, p. 13-23. [1]
  • Web of science de Thomson Reiters e no Scopus de Elsevier.
  • Motoki, A., Soares, R., Lobato, M., Sichel, E.S., Aires, J.R 2007. Feições intempéricas em rochas alcalinas félsicas de Nova Iguaçu, RJ. Revista Escola de Minas, v. 60-3, p. 451-458. [2]
  • Motoki, A., Soares, R., Netto, A.M., Sichel, E.S., Aires, J.R., Lobato, M. 2007. Forma de ocorrência geológica dos diques de rocha piroclástica no Vale do Rio Dona Eugênia, Parque Municipal de Nova Iguaçu, RJ. Revista Geociências, Rio Claro, v. 26-1, p. 67-82. [3][ligação inativa]
  • Motoki, A., Soares, R., Netto, A.M., Sichel, S.E., Aires, J.R., Lobato, M., 2007. Reavaliação do modelo genético do Vulcão de Nova Iguaçu, RJ: origem eruptiva ou intrusão subvulcânica ? Revista Escola de Minas, v. 60-4, p. 583-592. [4]
  • Motoki, A., Sichel, S.E., Soares, R.S., Aires, J.R., Savi, D.C., Petrakis, G.H., Motoki, K.F. 2008. Rochas piroclásticas de preenchimento de condutos subvulcânicos do Mendanha, Itaúna e Ilha de Cabo Frio, RJ, e seu processo de formação com base no modelo de implosão de conduto. Geociências, Rio Claro. v. 27-3, p. 451-467. [5][ligação inativa]
  • Motoki, A., Sichel, S.E., Soares, R.S., Aires, J.R., Savi, D.C., Petrakis, G.H., Motoki, K.F. 2008. Rochas piroclásticas de preenchimento de condutos subvulcânicos do Mendanha, Itaúna e Ilha de Cabo Frio, RJ, e seu processo de formação com base no modelo de implosão de conduto. Geociências, Rio Claro. v. 27-3, p. 451-467. [6][ligação inativa]
  • Homepage do Vulcão de Nova Iguaçu, arquivos científicos: [7] A página do arquivo científico, mostrando os trabalhos vulcanológicos e geológicos aprsentados nas comunidades científicas sobre a hipótese do Vulcão de Nova Iguaçu.