Trafaria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Morfacém)
Portugal Trafaria 
  Freguesia portuguesa extinta  
Vista panorâmica da Trafaria
Vista panorâmica da Trafaria
Vista panorâmica da Trafaria
Gentílico Trafarienses
Localização
Trafaria está localizado em: Portugal Continental
Trafaria
Localização de Trafaria em
Mapa
Mapa de Trafaria
Coordenadas 38° 40' 11" N 9° 14' 20" O
Município primitivo Almada
Município (s) atual (is) Almada
Freguesia (s) atual (is) Caparica e Trafaria
História
Extinção 2013
Características geográficas
Área total 5,83 km²
População total (2011) 5 696 hab.
Densidade 977 hab./km²
Outras informações
Orago São Pedro

Trafaria é uma vila portuguesa que foi sede da extinta Freguesia da Trafaria do Município de Almada, freguesia que tinha 5,73 km² de área e 5 696 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 994,1 habitantes/km².

A freguesia foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Caparica para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Caparica e Trafaria com sede em Caparica.[1]

A povoação de Trafaria foi elevada à categoria de vila em 1985.[2]

A Trafaria fica localizada na margem esquerda do rio Tejo entre o Bico da Calha e o Portinho da Costa. Na Cova do Vapor (uma localidade com casas em madeira, a maioria utilizada como segunda habitação) dá-se o encontro do rio Tejo com o Oceano Atlântico. Aos habitantes da Trafaria dá-se o nome de trafarienses.

População[editar | editar código-fonte]

Nº de habitantes [3]
1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
3 186 3 713 3 361 3 191 5 796 6 553 6 785 5 946 5 696

Criada pelo decreto-lei nº 12.432, de 07/10/1926, com lugares da freguesia da Caparica. Pelo decreto-lei nº 37.301, de 12/02/1949, foi criada a freguesia da Costa da Caparica com lugares desta freguesia

Distribuição da População por Grupos Etários
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 950 779 3 149 1 068 16,0% 13,1% 53,0% 18,0%
2011 895 709 2834 1258 15,7% 12,4% 49,8% 22,1%

História[editar | editar código-fonte]

Ao que tudo indica a origem da Trafaria remonta a um pequeno aglomerado de pescadores, sendo hoje aliás uma das actividades da população da Trafaria, se bem que em número reduzido.

Em 1565 (7 de agosto), o cardeal D. Henrique, mandou edificar um lazareto na Trafaria. No dia 20 de Dezembro de 1695, estabeleceu-se na Trafaria, um Lazareto destinado às quarentenas.

Em 23 de Janeiro de 1777, teve lugar, na Trafaria um episódio tristemente célebre. Um destacamento às ordens de Pina Manique e enviado pelo primeiro-ministro Marquês de Pombal (no reinado de D. José I) lançou fogo no aglomerado de cabanas, conhecido por "abarracamento", na Trafaria. A povoação da Trafaria foi entretanto reconstruída.

Entre a Trafaria e a Costa de Caparica existe um grande pinhal, de plantação relativamente recente (século XVIII), pertencente ao Estado, com o qual se pretendeu fixar as dunas da costa e com duas valas de drenagem enxugaram-se as terras pantanosas entre a Arriba Fóssil e o Oceano Atlântico.

Na Trafaria existem vários fortes desactivados, estavam incluídos no conjunto defensivo da barra e porto de Lisboa: Alpena, 1 e 2 e Raposeira (lugar da freguesia de Trafaria) 1 e 2.

Em 1873, estabeleceu-se na Trafaria, a fábrica de dinamite do engenheiro francês Combemale. No ano de 1901, a rainha D. Amélia (esposa do rei D. Carlos I) deslocou-se à Trafaria com o objectivo de inaugurar a primeira colónia balnear que existiu em Portugal.

Em 7 de Outubro é criada freguesia da Trafaria, com território desanexado da freguesia de Caparica. Na década de 1950, acentuou-se a recessão das areias do litoral da Cova do Vapor que irá fazer perder algumas centenas de hectares de praia e floresta de pinheiros. Em 1970, a Trafaria tinha 6 145 habitantes, para dez anos depois ter 6 489. Foi elevada a vila pela lei 79/85 de 26 de Setembro de 1985.

Vida económica[editar | editar código-fonte]

Na Trafaria, as principais actividades económicas são os serviços, o comércio e a pesca. Na pesca destaca-se a apanha de amêijoa a partir das "chatas" com recurso a uma "gadanha" que é alada por intermédio dum "gingarelho". Este tipo de pesca é ilegal, e o único meio de subsistência para muitos agregados familiares da região. Esta actividade, contudo é praticada por maioria das pessoas.

Feiras, festas e romarias[editar | editar código-fonte]

  • Festas populares (12, 24 e 29 de Junho)
  • Festa da vila (1 a 9 de Julho)
  • Festa do peixe e do marisco (Julho)
Festas de S. Pedro da Trafaria.

Património arquitectónico[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias). Acedido a 2 de fevereiro de 2013.
  2. «Lei n.º 69/85, de 26 de setembro». diariodarepublica.pt. Consultado em 24 de outubro de 2023 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Trafaria

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre freguesias portuguesas é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.