Movimento Salve Uganda

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O Movimento Salve Uganda (em inglês: Save Uganda Movement, abreviado SUM) foi um grupo militante de oposição de Uganda que lutou contra o governo do presidente Idi Amin de 1973 a 1979. Descrito como "especialistas em sabotagem"[1] pelo jornalista John Darnton, tentou derrubar Amin travando uma campanha de guerrilha de ataques bombistas, raides e assassinatos. O movimento operou principalmente a partir do Quênia e da Tanzânia. Ao contrário de grande parte da oposição ugandense na época, o Movimento Salve Uganda não tinha uma ideologia firme e era descentralizado, consistindo em diferentes grupos com objetivos semelhantes. Cooperou com as forças leais ao ex-presidente Milton Obote durante a Guerra Uganda-Tanzânia (1978-1979) e posteriormente se juntou à Frente Nacional de Libertação de Uganda, que formou os governos pós-Amin do país.

Ideologia[editar | editar código-fonte]

O Movimento Salve Uganda não tinha uma posição ideológica forte. [2][3] Seus membros foram descritos como ugandenses nacionalistas por Honey[3] e pelo pesquisador A.B.K. Kasozi. [4] Catherine Thomas descreveu-o como "tanto anti-Obote quanto anti-Amin". [5] No final de fevereiro de 1979, lançou um manifesto que afirmava que seus objetivos eram "organizar, unir e mobilizar todos os ugandeses para a derrubada do regime fascista de Idi Amin com o intuito de restaurar um sistema democrático de governo, lei e ordem, e o estado de direito."[6] Afirmava que uma vez que Amin fosse deposto, o movimento apoiaria o estabelecimento de um governo de transição até que um permanente pudesse ser eleito. O documento declarou ainda que o Movimento Salve Uganda não tinha base étnica ou denominacional e que o movimento não era um partido político.[6]

Referências

  1. Darnton, John (24 de março de 1979). «Leaders of Uganda Exiles Meeting As Invasion Effort Seems to Wane». The New York Times. p. 4 
  2. Avirgan & Honey 1983, p. 74.
  3. a b Honey, Martha (17 de fevereiro de 1979). «Tanzania Reports New Fighting, Claims Ugandan Planes Downed». The Washington Post 
  4. Kasozi 1994, p. 124.
  5. Thomas 1985, p. 100.
  6. a b «SUM Manifesto». Africa Research Bulletin. 16. 28 de fevereiro de 1979 

Obras citadas[editar | editar código-fonte]