Mufli, o Eunuco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras acepções, veja Mufli.
Mufli, o Eunuco
Nacionalidade Califado Abássida
Ocupação General e governador

Mufli ou Muflih, apelidado o Negro/Alaçuade (al-Aswad) e o Eunuco/Alcadim (al-Khadim),[1] foi o eunuco cortesão chefe sob o califa abássida Almoctadir (r. 908–932) e Arradi (r. 934–940).

Vida[editar | editar código-fonte]

Dinar de ouro do califa Almoctadir (r. 908–932)

Por 922/923, Mufli ascendeu à uma posição de grande influência na corte, a apoiou a destituição do vizir Hamide ibne Alabas, que ele desgostava, em favor de Ali ibne Alfurate. Interveio, contudo, para salvar o representante de Hamide, Ali ibne Issa Aljarrá das torturas infligidas a ele pelo filho de ibne Alfurate, Muacim.[2]

Em setembro-outubro de 925, supervisionou, ao lado de Baxir Atamali, representante do governador do tugur Tamal Aldulafi, a troca de prisioneiros daquele ano com o Império Bizantino. A troca, conhecida como fidāʾ Mufliḥ nas fontes árabes, envolveu a troca de quase 4 000 muçulmanos homens e mulheres do cativeiro.[3][4][5] Segundo Alçuli, Mufli foi nomeado como governador de Jerusalém em 935, durante o califado de Arradi (r. 934–940).[6]

Referências

  1. Ayalon 1999, p. 297.
  2. Bowen 1928, p. 197ff., 218.
  3. Lilie 2013, Mufliḥ (#25434).
  4. Ayalon 1999, p. 117.
  5. Stern 1960, p. 222.
  6. Gil 1997, p. 315.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ayalon, David (1999). Eunuchs, Caliphs and Sultans: A Study in Power Relationships. Jerusalém: Hebrew University Magnes Press 
  • Bowen, Harold (1928). The Life and Times of ʿAlí Ibn ʿÍsà: The Good Vizier. Cambridge: Cambridge University Press 
  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt 
  • Stern, S. M. (1960). «The Coins of Thamal and of Other Governors of Tarsus». Journal of the American Oriental Society. 80 (3): 217–225. doi:10.2307/596170