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[http://descomplicandoabiblia.webnode.pt/atualidades/ '''''Notícias Populares'''''], também conhecido simplesmente como '''''NP''''', foi um [[jornal]] que circulou em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] entre [[15 de outubro]] de [[1963]] e [[20 de janeiro]] de [[2001]]<ref name="fol 19-1-01">{{cite web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u14022.shtml |title=Jornal ''Notícias Populares'' pára de circular |accessdate=2008-03-10 |work=Folha Online}}</ref> e era conhecido por suas manchetes violentas<ref>{{cite web |url=http://www.studium.iar.unicamp.br/17/05.html |title=A estética da violência na fotografia do ''Notícias Populares'' |accessdate=2008-03-10 |work=Fabiano Silvestre, Unicamp}}</ref> e sexuais. É considerado até hoje "sinônimo de crime, sexo e violência.<ref>{{Referência a livro |
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| autor = Celso Unzelte |
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| título = Jornalismo Esportivo |
| título = Jornalismo Esportivo |
Revisão das 16h27min de 8 de março de 2011
Notícias Populares, também conhecido simplesmente como NP, foi um jornal que circulou em São Paulo entre 15 de outubro de 1963 e 20 de janeiro de 2001[1] e era conhecido por suas manchetes violentas[2] e sexuais. É considerado até hoje "sinônimo de crime, sexo e violência.[3] Seu slogan era "Nada mais que a verdade". O jornal era publicado pelo Grupo Folha, mesma empresa que publica os jornais Folha de S. Paulo e Agora São Paulo e publicava o jornal Folha da Tarde.
A decisão de extinguir o jornal foi tomada com o sucesso de programas de televisão como Aqui Agora, que usavam o mesmo estilo do jornal e reduziram o interesse do público pelo mesmo, e o Grupo Folha decidiu concentrar seu jornalismo popular no Agora São Paulo.[1]
História
O Notícias Populares foi criado por Jean Melle, imigrante da Romênia.
Polêmicas
O jornal Notícias Populares atraiu muitos desafetos dentro do meio jornalístico, que acusavam o veículo de exagerar nos noticiários e até inventar notícias.[4]
Bebê Diabo
Uma das mais famosas polêmicas em que o Notícias Populares esteve envolvido foi a série de reportagens sobre o "Bebê Diabo". Na ocasião, jornalistas do NP aproveitaram-se da notícia de que um bebê havia nascido com deformações para inventar uma série de reportagens que iam se desenrolando ao decorrer das edições.[4] Para os leitores os fatos inventados pela redação do periódico eram apresentados como se fossem verídicos.[4]
Desaparecimento de Roberto Carlos
Outra polêmica famosa foi quando o NP noticiou o desaparecimento do cantor Roberto Carlos, em 1968. O jornal havia recebido a informação de que um repórter da Rede Record não conseguia entrar em contato com o cantor, que estava em Nova York, fato que a redação do NP usou como pretexto para lançar, em letras garrafais, a manchete "Desapareceu Roberto Carlos". A manchete fez o jornal vender cerca de 20 mil exemplares a mais.[4] No dia seguinte, o NP voltou a aproveitar-se do mesmo tema ao lançar a manchete "Acharam Roberto Carlos".
Pelezão
História do indigente que virou "ídolo das madames" após ter sido "violentado" pela "psicóloga tarada de Perdizes", na madrugada de 28 de agosto de 1984. O caso Pelezão rendeu tantas manchetes quantas teve o "Bebê-Diabo", que, na metade da década de 1970, mexeu com os nervos e a imaginação dos leitores, seguindo o rastro do filme O Exorcista. [5]
Manchetes distorcidas
Uma das principais características do estilo NP era distorcer fatos de forma a criar manchetes polêmicas que atraíssem a atenção dos leitores. Algumas das polêmicas manchetes que o jornal publicou foram:
- "Bicha põe rosquinha no seguro"
- "Aumento de merda na poupança"
- "Broxa torra o pênis na tomada"
- "A morte não usa calcinha"
- "Churrasco de vagina no rodízio do sexo"
- "Traficantes derrubam avião no Jd. Ângela" (o avião no caso, é uma gíria para os garotos que repassam a droga entre o consumidor e o traficante)
Colunas mais famosas
- "Tudo Sobre Sexo" — coluna escrita por Rosely Sayão, uma das primeiras colunas a falar abertamente sobre sexo em periódicos brasileiros.
- "Voltaire de Souza" — coluna de contos que sempre envolviam mortes, sexo e outros fatos polêmicos.
- "Espaço Gay" — uma das primeiras colunas dedicadas ao público GLS em jornais brasileiros.
- "Histórias da Boca" — coluna com estórias estilo Nelson Rodrigues, escrita por vários jornalistas do NP.
Referências
- ↑ a b «Jornal Notícias Populares pára de circular». Folha Online. Consultado em 10 de março de 2008
- ↑ «A estética da violência na fotografia do Notícias Populares». Fabiano Silvestre, Unicamp. Consultado em 10 de março de 2008
- ↑ Celso Unzelte (2009). Jornalismo Esportivo. Relatos de uma paixão. São Paulo: Editora Saraiva. 21 páginas. ISBN 9788502086579
- ↑ a b c d "Espreme que sai sangue", Observatório da Imprensa, acessado em 11/12/2008
- ↑ "Psicóloga Pega na Marra e Violenta o Indigente", www.noticiaspopulares.blog.br, acessado em 29/08/2009