Nota escolar

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Nota escolar é a representação gráfica de um resultado de um método de avaliação de um professor para o esforço de um aluno nos diversos graus do sistema de ensino, com provas escritas e/ou orais, trabalhos de todos os tipos (em grupo, individual), pontos extras por comportamento, etc. Os métodos de avaliação e as escalas de classificação divergem conforme o país, onde a nota escolar pode ser representada por conceitos ou numerais.

Equivalência conceitual numeral[editar | editar código-fonte]

Equivalência entre os formatos das notas: conceitos e numéricas.[1]

NOTA CONCEITO NOTA NUMÉRICA
A 10,00
Excelente
Plenamente satisfatório
Satisfatório avançado
Atingiu todos os objetivos (F5)
Aprovado médio superior 9,00
A- / B+ 8,75
Ótimo
Muito bom
Aprovado médio
Aprovado médio inferior 8,00
B 7,50
Bom Atingiu os objetivos
Significativo
Habilitado
Promovido
Apto
Satisfatório Médio
Atingiu a maioria dos objetivos (F4)
B- / C+ 6,25
Regular para bom
C 5,00
Satisfatório
Regular
Suficiente
Progressão simples
Aprendizagem Satisfatória (AS)
Atingiu os objetivos essenciais (F3)
C- / D+ 3,75
Promovido parcialmente
Aprovado com dependência
Aprendizagem não Satisfatória
D 2,50
Sofrível
Necessita de intervenção
Atingiu parte dos objetivos essenciais (F2)
D- / E+ 1,25
E 0,00
Insatisfatório
Insuficiente
Reprovado
Não promovido
Progressão não avaliada
Não atingiu os objetivos essenciais (F1)

Angola[editar | editar código-fonte]

Em Angola, a escala de classificação utilizada no sistema de ensino é de 0 a 20 valores, igual à escala utilizada no ensino secundário e superior em Portugal.[2]

Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil não há uma classificação específica. A maioria das escolas brasileiras usam a escala de 0 - 10 ou 0 - 100. Na maioria dos colégios há 4 bimestres e o aluno precisa tirar no mínimo 6 para passar sem recuperação no bimestre e média final também 6 para não repetir o ano — porém há colégios com média 5, 7, 8, 9. Há casos de média 50 ou 70; também tem escolas com o ano dividido em semestres ou trimestres.

Algumas universidades e cursos usam a escala de A - E.

No Rio de Janeiro, as escolas estaduais adotam o sistema de média cumulativa. Por exemplo, o aluno faz uma prova valendo 5,0 pontos, dois trabalhos valendo 1,5 e uma nova avaliação de 2,0 pontos, fazendo um total de 10,0 pontos. A ideia é de que diluindo mais as avaliações tira-se o peso da tão famigerada "prova". Alguns criticam este sistema e usam como argumento os pífios resultados das escolas públicas do Rio em avaliações nacionais de desempenho nos últimos anos. Todavia, é fato que diversas escolas andam adotando este sistema.

Em Santa Catarina, a média é 7 de 10 pontos, porém para os exames finais, a média é de 14 pontos, mas sem máximo.

Classificações informais[editar | editar código-fonte]

  • Nota Vermelha ou Baixa: quando o aluno tira nota menor do a que a média.
  • Nota Mínima ou Média (popularmente “nota ufa”): quando o aluno tira na nota a média indicada pela escola para passar.
  • Nota Azul ou Alta: quando o aluno ultrapassa a nota média.

Em algumas escolas são notas assim: 1 etapa vale 30 pontos e o mínimo é 18, na 2 e na 3 etapa vale 35 pontos e o total é 100. Quando a pessoa não atinge a média, se diz que ela está "em recuperação". Segundo alguns teóricos, isso não é algo necessariamente ruim, mas uma etapa no processo de aprendizagem.

Alguns colégios adotam a recuperação paralela, ou seja, o aluno é submetido a um novo exame assim que não atinge a média para ver se consegue nota maior. Em alguns locais a recuperação se dá no meio do ano (ao final do 2° bimestre) ou ao final do ano letivo, meses de novembro ou dezembro. Tal recuperação pode ser um novo exame ou aulas seguidas de novos exames apenas para os alunos com notas baixas.

Já em outras escolas, o sistema de distribuição de notas pelo ano é: 1 e 2 etapas > Total: 30 pontos / Média: 18 (60 por cento) ou 19,5 (65 por cento) ou 21 (70 por cento) pontos; 3 etapa > Total: 40 pontos / Média: 24 (60 por cento) ou 26 (65 por cento) ou 28 (70 por cento) pontos.

Média A-F[editar | editar código-fonte]

Nota Porcentagem
A 10 - 9
B 8 - 7
C 6 - 5
D 4 - 3
E 2 - 1
F reprovado

Cabo Verde[editar | editar código-fonte]

Em Cabo Verde, a escala de classificação utilizada no sistema de ensino é de 0 a 20 valores, igual à escala utilizada no ensino secundário e superior em Portugal.[2]

Espanha[editar | editar código-fonte]

Em Espanha, a escala de classificação utilizada no sistema de ensino básico e no secundario é IN, SU, BI, NT e SB (Insuficiente, suficiente, bien, notable e sobresaliente)

Guiné-Bissau[editar | editar código-fonte]

Na Guiné-Bissau, a escala de classificação utilizada no sistema de ensino é de 0 a 20 valores, igual à escala utilizada no ensino secundário e superior em Portugal.[3]

Macau[editar | editar código-fonte]

Na Região Administrativa Especial de Macau, as escolas básicas, secundárias e superiores usam a escada de 0 a 100 notas. Nas escolas básicas e secundárias, a nota mínima é geralmente 60. As universidades usam a nota mínima de 50 valores, com as classificações de A, B, C, D e F, semelhante ao sistema educativo nos Estados Unidos da América.

Moçambique[editar | editar código-fonte]

Em Moçambique, a escala de classificação utilizada no sistema de ensino é de 0 a 20 valores, igual à escala utilizada no ensino secundário e superior em Portugal.[2]

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal, no ensino básico é usado um sistema de classificação na escala de 1 a 5: [4]

  • 5 (Muito Bom, Excelente ou Satisfaz Muito Bem) é a nota mais elevada (90-100%),
  • 4 (Bom ou Satisfaz Bem ) (70-89%),
  • 3 (Suficiente ou Satisfaz) indica um desempenho "médio" (50-69%),
  • 2 (Insuficiente ou Não Satisfaz ) (20-49%),
  • 1 (Não Satisfaz ou Fraco) é a nota mais baixa (0-19%).

No ensino secundário e superior é utilizada uma escala de 0 (zero) a 20 valores. Fica aprovado numa unidade curricular o aluno que nela obtenha uma classificação não inferior a 10.[5]

Classificação Qualificação
20

19,5
Excelente
19,4

17,5
Muito Bom
17,4

13,5
Bom
13,4

9,5
Suficiente
9,4

3,5
Insuficiente
3,4

0
Fraco

São Tomé e Príncipe[editar | editar código-fonte]

Em São Tomé e Príncipe, os sistemas de classificação do ensino básico, secundário e superior são iguais aos portugueses.[3]

Suécia[editar | editar código-fonte]

Na Suécia o sistema de notas compreende as classificações A-B-C-D-E-F.
A corresponde à melhor prestação, e F à pior.
A-B-C-D-E significam aprovação, e F reprovação. Para alunos com numerosas faltas, será atribuído um "traço" - streck.
Este sistema entrou em vigor em 2011-2012, fazendo parte do novo Plano de Estudos - o Lgr11, segundo o qual serão atribuídas notas a todos os alunos do 6.º ao 9.º anos da escola básica assim como do 1.º ao 3.º anos do ginásio. [6] [7]

Timor-Leste[editar | editar código-fonte]

Em Timor-Leste, os sistemas de classificação do ensino básico, secundário e superior são iguais aos portugueses. Entre 1975 e 2002, em virtude da sua anexação pela Indonésia, no território timorense adotou-se a escala de 1 a 10 da classificação indonésia.[3]

Referências

  1. TABELA DE EQUIVALÊNCIA ENTRE CONCEITOS E NOTAS NUMÉRICAS (PDF). [S.l.]: IFSP. Resumo divulgativo 
  2. a b c Ministério da Educação. «Portaria n.º 224/2006 de 8 de março» (PDF) 
  3. a b c Ministério da Educação. «Portaria n.º 699/2006 de 12 de julho» (PDF) 
  4. Ministério da Educação e Ciência. «Despacho normativo n.º 24-A/2012» (PDF) 
  5. Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior. «Decreto lei nº 42/2005 de 22 de fevereiro» (PDF). Consultado em 24 de outubro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2016 
  6. Skolverket (Direção Geral das Escolas da Suécia). «En ny betygsskala (Uma nova escala de notas)». Consultado em 24 de junho de 2012. Arquivado do original em 22 de junho de 2012 
  7. Skolverket (Direção Geral das Escolas da Suécia). «Frågor och svar om kursplaner och betyg (Perguntas e respostas sobre Planos de Curso e Notas)». Consultado em 24 de junho de 2012. Arquivado do original em 11 de maio de 2012