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'''Ophiuroidea''' (do grego ''ophis'', serpente + ''oura'', cauda + ''eidos'', forma + ''ea'', caracterizado por) é uma classe de [[equinodermo]]s conhecidos como '''ofiuroides'''. O corpo dos ofiuroides é composto por um disco central, rodeado por cinco pernas flexíveis, que podem chegar aos 60 cm de comprimento. Há cerca de 1200 espécies descritas, distribuídas por todos os oceanos, dos polos ao equador. Estão presentes em todas as profundidades mas a maior [[biodiversidade]] do grupo encontra-se abaixo dos 500 metros. Os ofiúros surgiram no [[Ordovícico|Ordovícico inferior]]. O grupo taxonómico já foi designado como '''Ophiodea'''.
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O [[exosqueleto]] dos ofiúros é composto por ossículos de [[carbonato de cálcio]], fundidos no disco central (calix) e articulados entre si nas patas. Esta característica faz com que as patas por vezes se desintegrem, o que lhes confere o nome alternativo de estrelas quebradiças.
O [[exosqueleto]] dos ofiúros é composto por ossículos de [[carbonato de cálcio]], fundidos no disco central (calix) e articulados entre si nas patas. Esta característica faz com que as patas por vezes se desintegrem, o que lhes confere o nome alternativo de estrelas quebradiças.

Revisão das 20h02min de 24 de abril de 2014

Como ler uma infocaixa de taxonomiaOphiuroidea
Ocorrência: Ordoviciano - Recente
"Ophiodea" do livro, de Ernest Haeckel, Kunstformen der Natur de 1904.
"Ophiodea" do livro, de Ernest Haeckel, Kunstformen der Natur de 1904.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Echinodermata
Classe: Ophiuroidea
Gray, 1840
Ordens
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edche3l bgrhbv23.,nbfv,23fbv ,mban,vnb asdvnab sdfmqb,dfmvbq,menrfb ,mvbOphiuroidea (do grego ophis, serpente + oura, cauda + eidos, forma + ea, caracterizado por) é uma classe de equinodermos conhecidos como ofiuroides. O corpo dos ofiuroides é composto por um disco central, rodeado por cinco pernas flexíveis, que podem chegar aos 60 cm de comprimento. Há cerca de 1200 espécies descritas, distribuídas por todos os oceanos, dos polos ao equador. Estão presentes em todas as profundidades mas a maior biodiversidade do grupo encontra-se abaixo dos 500 metros. Os ofiúros surgiram no Ordovícico inferior. O grupo taxonómico já foi designado como Ophiodea.

O exosqueleto dos ofiúros é composto por ossículos de carbonato de cálcio, fundidos no disco central (calix) e articulados entre si nas patas. Esta característica faz com que as patas por vezes se desintegrem, o que lhes confere o nome alternativo de estrelas quebradiças.

Ao contrário das estrelas do mar (classe Asteroidea), todos os órgãos vitais dos ofiúros encontram-se confinados ao disco central. A boca é rodeada por cinco placas mandibulares. O sistema digestivo é básico e composto por um esófago curto e um estômago amplo, que ocupa a maior parte da cavidade do animal. Os ofiúros não têm intestinos nem ânus. O sistema nervoso é igualmente simples e composto por um nervo anelar que rodeia a cavidade do calix. A partir deste centro, há um nervo em cada braço que permite ao ofiúro sentir o ambiente em seu torno. Estes animais não têm olhos nem cérebro.

Fóssil de ofiúro do Jurássico de Inglaterra

Os ofiúros têm a capacidade de regenerar braços perdidos e fazem-no muitas vezes depois de encontros com predadores, em especial neste caso, ele promove a autotomia (auto-amputação), para fins de escapar do predador. A locomoção destes animais é feita através de movimentos com os braços flexíveis.

Ordens

  • Oegophiurida - Não possuem bursas. Não existem escudos ventral e dorsal nos braços, e o madreporito situa-se na borda do disco. Existem glândulas digestivas que se estendem para dentro das porções proximais dos braços. Conhece-se apenas uma única espécie vivente.
  • Ophiurida - Bursas presentes. Escudos dorsais e ventrais dos braços presentes e usualmente bem desenvolvidos, com braços não ramificados incapazes de enrolar-se verticalmente. Possui madreporito na superfície oral e glândulas digestivas inteiramente confinadas ao disco central. Inclui a vasta maioria das serpentes do mar viventes.
  • Phrynophiurida - Possuem bursas. Os escudos ventrais dos braços são rudimentares e os dorsais geralmente ausentes. Os seus braços podem ser ramificados ou não, podendo enrolar-se verticalmente. Há a presença de madreporito na sua superfície oral e glândulas digestivas restritas ao disco dorsal. Essa ordem inclui algumas serpentes do mar primitivas.

Filogenia

A origem da linhagem que inclui os Asteroides, Ofiuroides, Equinoides e Holoturoides envolveu a criação de outras formas de alimentação e utilizava o sistema aquífero principalmente para a locomoção. Esses animais tornaram-se mais ou menos errantes e, locomoviam-se com a superfície oral voltada para o substrato. A filogenia dessas classes é controversa e ainda não está bem consolidada.

Sistema Vascular Aquífero

O sistema vascular aquífero das serpentes do mar é semelhante àquele das estrelas-do-mar. Contudo, o madreporito, que é uma placa calcária em forma de botão, perfurada por numerosos poros e que serve para a entrada de água no sistema ambulacrário do mesmo, localiza-se na superfície oral do disco central em uma zona interambulacral específica, e toda a sua organização interna é modificada, diferindo das estrelas-do-mar. Em alguns Ofiuroides, como o Ophiuroderma appressun, o madreporito é reduzido a dois poros pequenos. O canal circular possui vesículas de Poli, que regulam a pressão interna do sistema ambulacral do animal, mas aparentemente faltam os corpúsculos de Tiedemann, que são órgãos arredondados, em forma de bolsa, achatados e moles Órgãos arredondados, em forma de bolsa, achatados e moles e que estão relacionados com a produção de celomócitos. O canal circular da origem aos cinco canais radiais usuais, mas também se ramificam em um emaranhado de pés ambulacrais orais ao redor da boca. Em Gorgoncéfalos, seus braços e canais radiais são ramificados. Os pés não possuem ventosas e são estruturas digitiformes muito flexíveis que secretam muito muco pegajoso. A priori são estruturas que agem na alimentação e para o indivíduo se enterrar, além de serem sensoriais.

Sustentação e Locomoção

Os seres dessa classe usam seus braços articulados, longos e flexíveis, a princípio, para rastejar ou agarrar-se. O arranjo do esqueleto dos seus braços permite um grande movimento lateral em um plano vertical ao eixo do corpo, mas seus braços quase não possuem nenhuma flexibilidade paralela ao eixo do corpo. E essa condição, junto com a fragilidade desses animais, faz com que eles se “quebrem” muito fácil. Os pés ambulacrais dos Ofiuroides não possuem ventosas e ampolas, mas possuem músculos bem desenvolvidos em suas paredes. Esses pés são capazes de se alongarem e se retraírem, além de se balançarem em movimentos arqueados. A combinação dessas ações dos braços e pés confere a esses animais a capacidade de escavar sedimentos macios.

Alimentação e Digestão

As Serpentes do mar possuem uma variada forma alimentar, com espécies predadoras, comedoras de carniça, de depósitos e de suspensão, e algumas com mais de uma forma alimentar. As formas predadoras utilizam estratégias suspensivoras para capturar presas de natação livres relativamente grandes. As espécies que se alimentam de depósitos, fazem a coleta seletiva pelos pódios e às vezes pelos espinhos dos braços, onde sua epiderme produz um muco no qual se adere material orgânico. A seguir os pés enrolam o muco com o material alimentar, formando uma “bola” de alimento. Perto da base de cada pé existe uma projeção em forma de aba, a escama tentacular, para onde a “bola” alimentar é transferida do pódio para depois ser dirigido à boca. A suspensivoria envolve um método de transporte alimentar similar a esse. As Serpentes que usam esse método geralmente possuem longos espinhos nos braços. A suspensivoria predadora de algumas espécies acontece essencialmente à noite, onde esses animais emergem de suas tocas e posicionam-se com seus braços ramificados em forma de leque na corrente de água, semelhante aos crinoides. Quando alguma presa entra em contato com o braço, o mesmo enrola-se e a captura, para só depois, ao amanhecer, ser levada à boca pelo braço. As presas variam de invertebrados, como poliquetas a crustáceos pelágicos. As formas predadoras ativas capturam o seu alimento por meio do enrolamento de um dos seus braços em torno da presa e depois levada à boca. Essas espécies usualmente possuem espinhos curtos que se posicionam justapostos aos braços. As Serpentes do mar comensais, como a Ophiothrix lineata, vivem no interior da grande esponja Callyspongia vaginalis, e emergem para se alimentar de detritos que se aderem na superfície externa da esponja, ou seja, há um benefício mútuo, pois enquanto o Ofiuroide se alimenta, mantém a esponja limpa de detritos, além de seu hospedeiro também lhe conferir proteção. O aparelho digestivo desses animais é incompleto, onde o intestino e o ânus foram perdidos, e o sistema digestivo está restrito ao disco central. A boca é seguida de um esôfago curto e um amplo estômago pregueado, que ocupa a maior parte do disco, reduzindo o celoma a uma fina câmara. É no estômago que ocorre a digestão e absorção.

Circulação e trocas gasosas

A circulação interna é realizada em grande parte pelos celomas periviscerais principais, maximizada pelos sistemas vascular aquífero e hemal derivados do celoma. O sistema hemal é um conjunto complexo de canais e lacunas principais mergulhadas em canais celômicos denominados seios periemais. O sistema está arranjado radialmente, correndo paralelamente ao sistema vascular aquífero, consistindo de um anel hemal oral e outro aboral, ambos com extensões radiais, onde eles se ligam por um seio axial. O sistema hemal ajuda na distribuição dos nutrientes absorvidos do trato digestivo, mas sua função não é totalmente conhecida. Para as trocas gasosas os Ofiuroides têm órgãos internos para tais finalidades. Eles possuem dez invaginações no corpo, as bursas, que se abre para o meio externo por fendas ciliadas. A água circula através das bursas pelos cílios, e também pode ser por bombeamento muscular dos sacos bursais internos. Então os gases são trocados entre a água que flui e os líquidos corpóreos. Em algumas espécies de Ofiuroides, há a presença de hemoglobina nos celomócitos.

Excreção

Os resíduos nitrogenados, como a amônia, são difundidos pela superfície do corpo para o meio externo. Nos Ofiuroides provavelmente os celomócitos carreguem os resíduos metabólicos até as bursas, onde então são eliminados.

Sistema nervoso e órgãos dos sentidos

Possuem um sistema nervoso descentralizado, difuso, e sem gânglio cerebral. Há três redes neurais principais integradas. Essas redes são: o sistema ectoneural (oral); o sistema hiponeural (oral profundo) e o sistema entoneural (aboral). O ectoneural é essencialmente sensorial, mesmo possuindo fibras motoras. O hiponeural é principalmente motor. O entoneural é bem reduzido com funções motoras e sensoriais.

Reprodução e desenvolvimento

Possuem reprodução sexuada e assexuada. Os Ofiuroides com frequência autotomizam braços inteiros ou pedaços deles quando se sentem perturbados, mas depois regeneram estas partes perdidas. Essa perda voluntária de um braço ou parte dele também é vista em algumas estrelas do mar. A reprodução assexuada ocorre em alguns Ofiuroides pelo processo de fissiparidade, onde o disco central divide-se em dois e cada metade forma um animal inteiro por regeneração. A maioria dos equinodermos é dioica, principalmente os Ofiuroides. Com um sistema reprodutor relativamente simples e intimamente associado com derivações do celoma, suas gônadas são abrigadas em seios genitais revestidos por peritônio. Esses animais possuem de uma a muitas gônadas, presas no peritônio de cada bursa próximo às suas aberturas. Os gametas são liberados nas bursas e, em seguida, liberados para o meio externo pelas suas aberturas. A incubação dos ovos é comum entre os Ofiuroides. Os ovos com desova livre geralmente são isolécitos, com pouco vitelo. Sua clivagem é radial, holoblástica e inicialmente igual ou subigual, resultando em uma celoblástula oca. Posteriormente essa celoblástula torna-se ciliada e se liberta da membrana de fertilização como um embrião livre-natante. Após as transformações internas, a maior parte das estruturas larvais é perdida, e o animal jovem adota uma vida bentônica.

Bibliografia

  • Richard C. Brusca, Gary J. Brusca: INVERTEBRADOS; com ilustrações de Nancy Haver; [coordenador da tradução Fábio Lang da Silveira; tradução Alvaro Esteves Migotto... et al]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
  • RUPPERT, E. E. FOX, R. S. BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. 7. ed. Roca: São Paulo, 2005.
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