Orlanda Amarílis

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Orlanda Amarílis Lopes Rodrigues Fernandes Ferreira, conhecida como Orlanda Amarílis (Assomada, Santa Catarina, Cabo Verde, 1924), é uma escritora cabo-verdiana.[1]

Considerada “uma notável contista” da ficção cabo-verdiana, dois temas marcantes das suas obras incluem perspectivas na área de literatura feminina,[2] retratos da vida da mulher cabo-verdiana, e também retratos da diáspora dos emigrados cabo-verdianos.[1]

Biografia

Amarílis é filha de Armando Napoleão Roiz Fernandes e de Alice Lopes da Silva Fernandes. Em 1945, Amarílis se casa com o escritor Manuel Ferreira[3] e o casal tem dois filhos, Sérgio Manuel Napoleão Ferreira (nascido em Cabo Verde) e Hernâni Donaldo Napoleão Ferreira (nascido em Goa). Amarílis pertence à uma família de grandes figuras literárias, incluindo Baltazar Lopes da Silva e o seu pai, Armando Napoleão Roiz Fernandes, que publica o primeiro dicionário de língua crioula-portuguesa em Cabo Verde.[3]

Na cidade de Mindelo, ilha de São Vicente, Cabo Verde, Amarílis completa os seus estudos primários e, na mesma cidade, termina os estudos secundários no Liceu Gil Eanes.[3] Amarílis se muda para Goa, e vive na capital Pangim durante seis anos onde termina os estudos do Magistério Primário.[3] Anos depois, a escritora conclui dois cursos em Lisboa: o Curso de Ciências Pedagógicas (Faculdade de Letras), e o curso de “inspectores do ensino básico”.[3]

Por razões profissionais literários e também por razões de intervenções culturais, junto com o marido, Amarílis viaja a varios países, incluindo: Angola, Canadá, Egipto, Espanha, Estados Unidos, Goa, Moçambique, Nigéria, Sudão, etc....[3] A escritora viaja pelo mundo inteiro e se torna membro do Movimento Português Contra o Apartheid, do Movimento Português para a Paz e da Associação Portuguesa de Escritores (APE).[1].

Obras literárias

Amarílis começa a sua carreira com a sua colaboração na revista cabo-verdiana Certeza em 1944[3] onde “os seus contos foram sendo seleccionados para várias antologias de literatura cabo-verdiana”.[1] Depois do seu trabalho com Certeza, também contribui com contos para outras revistas, como por exemplo COLÓQUIO / Letras, África, Loreto 13 e vários contos da escritora são traduzidos para o holandês, húngaro, italiano e russo.[3]


Representação de Amarílis em antologias de contos em língua portuguesa

  • Escrita e Combate ( 1976)
  • Contos – O Campo da Palava (1985)
  • Fantástico no Feminino ( 1985)
  • Afecto às Letras – Obra Coletiva de Homenangem da Literatura Contemporânea a Jacinto do Prado Coelho ( 1988)


Representação de Amarílis em antologia de contos em língua alemã

  • Frauen in der Dritten Welt (1986)


Representação de Amarílis em antologias de contos em língua inglesa

  • Across the Atlantic : An Anthology of Cape Verdean Literature (1986).[3]
  • A New Reader’s Guide to African Literature (1983) [2]


Livros de contos


Livros para crianças

  • Facécias e Peripécias[1]


Referências

  1. a b c d e “Orlanda Amaríls” Infopédia. Porto Editora, 2003-2009. Web. 18 October 2009
  2. a b Biblos. Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa. Lisboa & São Paulo. 1995.
  3. a b c d e f g h i Ferreira, Manuel. Notícia Bibliográfica. Cais-do-Sodré té Salamansa by Orlanda Amarílis. 1ª ed. Lisboa: ALAC, 1974. p.7-8


Ver também


Ligações externas