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Padre: diferenças entre revisões

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==Celibato==
==Celibato==
Os padres católicos, especialmente os de rito ocidental, ao serem ordenados (consagrados), adotam um estilo de vida celibatário, que compreende a proibição do casamento e portanto de uma [[esposa]] (para que se dediquem inteiramente à Igreja), já que [[concubina|concubinas]] não são permitidas. O [[celibato]] no rito ocidental é imposto como condição ao assumir o cargo pretendido. Na Igreja Católica de rito oriental a opção dos padres pelo celibato é voluntária, podendo estes se casar, se assim o desejarem. A Igreja Católica reconhece tanto os padres celibatários como os casados. O celibato já existia como opção na Igreja Católica desde o ano 300 d.C, porém só se tornou obrigatório durante o [[Concílio de Trento]], realizado entre 1545-1563.
Os padres católicos, especialmente os de rito ocidental, ao serem ordenados (consagrados), adotam um estilo de vida celibatário, que compreende a proibição do casamento e portanto de uma [[esposa]] (para que se dediquem inteiramente à Igreja), já que [[concubina|concubinas]] não são permitidas. O [[celibato]] no rito ocidental é imposto como condição ao assumir o cargo pretendido. Na Igreja Católica de rito oriental a opção dos padres pelo celibato é voluntária, podendo estes se casar, se assim o desejarem. A Igreja Católica reconhece tanto os padres celibatários como os casados. O celibato já existia como opção na Igreja Católica desde o ano 300 d.C, porém só se tornou obrigatório durante o [[Concílio de Trento]], realizado entre 1545-1563.

===Pedofilia x Celibato===

Diversos casos de pedofilia têm surgido<ref>{{citar web|url=http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia-a-dia/2770/Pedofilia+e+culpa+do+celibato%3F|titulo=Diário de São Paulo - Pedofilia é culpa do celibato?}}</ref> mundialmente envolvendo padres, ainda que numericamente os abusadores sejam poucos - embora o número de vítimas seja grande, uma vez que o abusador geralmente faz mais de uma vítima - em relação ao contingente mundial de padres da Igreja Católica, os casos chocam e causam grande comoção à opinião pública, tanto local quanto mundial.

Não só no âmbito religioso, mas nos mais diversos segmentos da sociedade, tem crescido o número de crianças vítimas de pedofilia, e entre os principais abusadores encontram-se pais, tios, primos, irmãos, vizinhos, padrinhos, e até mesmo avós e amigos dos pais da vítima. Os abusadores tem perfil diferenciado, sendo casados ou mesmo solteiros, desde bem sucedidos profissionais (médicos, dentistas, professores, etc) a assalariados (zeladores, porteiros, pedreiros, etc). Geralmente os abusadores são pessoas que tem contato direto ou muito próximo com a vítima, conquistando sua confiança para depois cometerem os abusos. Entre os abusadores há tanto casados (e sexualmente ativos) quanto solteiros (sexualmente ativos ou não). Deste modo, o transtorno da pedofilia parece afetar pessoas de qualquer classe ou posição, tanto social como profissional, seja ela sexualmente ativa ou não.


==Em Portugal==
==Em Portugal==

Revisão das 21h43min de 1 de novembro de 2011

 Nota: Para outros significados, veja Padre (desambiguação).
Estátua de um padre na avenida Amazonas, em Belo Horizonte.

Um padre (do latim páter ou pátris, que significa "pai" ou "chefe da família")[1] refere-se a um presbítero, clérigo católico do sexo masculino que recebeu o sacramento da Ordem. Hierarquicamente, está acima dos diáconos e abaixo dos bispos.

O termo podia se referir ainda, no passado, aos autores gregos e latinos dos seis primeiros séculos do Cristianismo.

Pode, também, executar, entre outros atos de fé, a consagração do pão e do vinho na Liturgia Católica, conhecido por missa no ocidente. Possui essa investidura, concedida por Jesus Cristo, através da Igreja Católica.

O padre na Igreja Católica é responsável por uma paróquia, onde preside a Sagrada Eucaristia, bem como atende à confissão, aconselhamentos e outros. É um homem que doou sua vida à serviço do Evangelho e vive para servir a Deus e aos leigos por meio da evangelização.

No que diz respeito ao carisma, isto é, à especificidade do trabalho do padre, cabe-lhe dirigir a comunidade de como seu primeiro servidor. Portanto, não se aceita que padres exerçam o ofício de modo autoritário. Embora essa mentalidade tenha se difundido bastante depois do concílio Vaticano II (1962-1965), pesquisadores dizem que se pode observar facilmente a diferença entre os padres de idade média e os jovens, no sentido de que nestes o autoritarismo e os ares de arrogância se manifestam com força crescente.

O padre é, ademais, um ofício estável nas comunidades católicas hodiernas. Isso significa que, enquanto outros fiéis se deslocam dum serviço para outro, o fiel chamado de padre se mantém na função. Diferentemente, porém, de cinquenta anos atrás, quando ficavam quase toda a vida numa só paróquia, hoje os padres vivem grande rotatividade. Agrupam-se em territórios denominados "dioceses", "arquidioceses", "prelazias" ou "patriarquias". Embora na teoriam sejam distintas, na prática funcionam como se fossem uma só coisa. As dioceses (e as outras nomeadas acima) são governadas por um bispo com seu presbitério (conjunto de padres daquele território). Opinião minoritário, mas existente, defende que se deveria dizer que a Igreja católica é governada em vários níveis: em nível mais localizado, pelos coordenadores de comunidade; em nível um pouco maior, abrangendo geralmente a cidade inteira, em municípios menores, pelos citados coordenadores com seu padre; em nível um pouco mais geral, pelos padres de uma diocese com seu bispo; enfim, em nível global, pelos bispos com seu cabeça, o bispo de Roma, comumente chamado de "papa".

Celibato

Os padres católicos, especialmente os de rito ocidental, ao serem ordenados (consagrados), adotam um estilo de vida celibatário, que compreende a proibição do casamento e portanto de uma esposa (para que se dediquem inteiramente à Igreja), já que concubinas não são permitidas. O celibato no rito ocidental é imposto como condição ao assumir o cargo pretendido. Na Igreja Católica de rito oriental a opção dos padres pelo celibato é voluntária, podendo estes se casar, se assim o desejarem. A Igreja Católica reconhece tanto os padres celibatários como os casados. O celibato já existia como opção na Igreja Católica desde o ano 300 d.C, porém só se tornou obrigatório durante o Concílio de Trento, realizado entre 1545-1563.

Em Portugal

Em Portugal em 1970 existiam 4443 sacerdotes do clero diocesano, um número que se reduziu para 2871 em 2007.

No que respeita às ordens religiosas, existiam 945 presbíteros em 1970 e 1025 em 2007.

Em 1970 existiam 7100 candidatos ao sacerdócio. Em 2007, esses pretendentes eram 1253. [2]

Termologia

Padre é o título com que, no Brasil, são chamados os fiéis católicos cuja função é, em primeiro lugar, segundo o concílio Vaticano II, pregar a Palavra de Deus contida, pelo cristianismo de denominação católica, na coleção de setente e dois (ou setenta e três, conforme a divisão) livros à qual dão o nome de "Bíblia" ou "Escritura".

Não há consenso sobre qual seria o melhor termo para se se referir àquele que é intitulado padre. Alguns julgam melhor chamá-lo de "sacerdote", porquanto está ligado às coisas do sagrado. Outros já preferem a denominação "presbítero", que provém do grego e significa "ancião". Os que empregam mais o termo sacerdote têm, geralmente, a opinião de que o principal elemento distintivo do padre em relação aos demais fiéis católicos é o estar em posição de mediação entre Deus e os homens. Na ordenação presbiteral isso fica claro no rito de entrega do pão e do vinho pelo bispo ao novo padre: "Recebe a oferenda do povo para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que vais celebrar, conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor."

Os que, por sua vez, se inclinam à palavra "presbítero" entendem o padre como o ancião. Não no sentido de idade, mas no sentido de que é um homem experiente na intimidade com Deus e, por isso, fala com autoridade quando diz publicamente uma palavra em nome de seu Senhor, Jesus, que pela fé católica e de outras denominações cristãs é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade.

"Presbítero" ou "sacerdote", aquele que é usualmente tratado como padre (padre Aloísio, padre Geraldo, padre Joaquim) é, no catolicismo, sempre um indivíduo do sexo masculino. Embora existam objeções ao interdito às mulheres de que sejam "sacerdotisas" ou "presbíteras", na Igreja romana essa possibilidade nunca existiu e, pela mentalidade atual de seus dirigentes em escala global (o colégio dos bispos, presidido pelo bispo de Roma, o papa), jamais poderá se estender às mulheres, pois se trata, segundo eles, duma vontade do próprio Jesus. Este teria instituído, para seus discípulos mais íntimos, doze homens. Os doze fizeram o mesmo quando, percebendo que cedo ou tarde morreriam e era preciso oferecer aos pósteros a possibilidade de conhecer a palavra de Deus em Jesus, fizeram o mesmo, ordenando apenas homens para o ofício.

Mulheres

As objeções a recusa de que as mulheres sejam ordenadas são muitas. Tem-se, por exemplo, a opinião de as mulheres poderiam, sim, celebrar as ordens sacras porque, do tempo de Jesus até hoje, as culturas evoluíram e, no ocidente, onde o cristianismo tem maior alcance, já se caminha para o reconhecimento da plena igualdade de direitos entre homens e mulheres em todas as instâncias da vida. Outra objeção que se coloca é de caráter teológico. Afirma que o Espírito Santo assiste continuamente a Igreja para que ela possa perseverar no caminho da verdade. Logo, a Igreja de hoje não precisa ser cópia da Igreja de ontem. A tarefa mesma dos presbíteros seria, para os que assim pensam, ajudar o povo (sobretudo seus líderes gerais, isto é, o papa e os demais bispos) a entender a ordenação de mulheres como algo que não fere a vontade do Senhor.

Requisitos

Os requisitos mínimos para que um fiel da Igreja Católica se torne padre são: ter pelo menos 25 anos de idade; ser do sexo masculino; ter cursado teologia em alguma faculdade autorizada pelo bispo e na maioria dos casos também filosofia; ter sido ordenado diácono; ser solteiro e assim desejar permanecer por toda a vida.

Todo padre católico pode ser, a partir da idade de 35 anos e pelo menos cinco anos de ordenação presbiteral, nomeado bispo. Isso, porém, ocorre com uma minoria, escolhida, na atual disciplina da Igreja, pelo bispo de Roma.

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Referências